Reprodução do Folder do Projeto (MGEO UFRJ - BG Brasil)
Tal como mencionei na postagem anterior (dia 22 de setembro), as atividades programadas para o segundo e último dia do curso não se limitaram apenas aos cursos ministrados pelas professoras da Faculdade de Geologia da UFRJ, pois ainda tivemos uma palestra sobre "Operações de FPSOs", as apresentações das nossas oficinas no Laboratório e, por último, a visitação ao Museu da Geodiversidade.
A palestra foi realizada no Auditório Othon Henry Leonardos, localizado no próprio Instituto de Geociências da UFRJ, tendo aberto a programação a Prof.ª Dr.ª Cícera Neysi de Almeida, que felicitou a presença e participação do palestrante, sr. Valdir Pessoa, Gerente de Operações da BG Brasil.
Valdir Pessoa - Gerente de Operações da BG Brasil
Após as palavras iniciais de ambos, o sr. Valdir Pessoa iniciou a sua palestra sobre as "Operações de FPSOs".
Os FPSOs (Flooting Production Storage Offloading) em português, significa Unidades de Produção, Estocagem e descargamento de petróleo e gás.
Ou, conforme define a Petrobras, "Navio tanque que recebe o óleo dos poços produtores, processa o produto como se fosse uma plataforma de produção, armazena e abastece outros navios através de linhas flexíveis."
São navios-plataformas, de grandes portes, que ficam em local definido, presos através de estacas permanentes ("âncoras").
Como estes ficam parados por muitos anos no local da exploração de petróleo, cerca de 25 a 30 anos, isto é, o tempo de vida útil do campo petrolífero, eles não precisam do motor, que é retirado do navio. Isso foi visto durante a exibição de um vídeo sobre a conversão de um navio petroleiro, velho, para uma unidade flutuante (FPSO).
Segundo o mesmo, a maioria dos FPSO do mercado é construído à partir de petroleiros com cerca de 20 anos de idade.
As etapas seguintes à conversão do navio petroleiro para um FPSO são: integração (instalação de módulos), preparação (para a partida dos sistemas do FPSO) e, finalmente, instalação, quando este é ancorado no campo petrolífero e interligado a este através dos risers de produção.
A conexão entre os FPSOs e os poços de petróleos é realizada através de linhas chamadas de risers. O petróleo é trazido e processado nestes navios-plataformas, onde é feita a separação do petróleo em óleo, gás e água, sendo esta última tratada e devolvida ao mar.
O palestrante detalhou toda a operação realizada nos FPSOs, assim como os equipamentos envolvidos na exploração, produção e estocagem.
O óleo produzido fica armazenado em tanques e são transferidos, posteriormente, para a terra através de navios aliviadores.
O sr. Valdir Pessoa ainda mencionou sobre os principais sistemas de produção e de utilidade nos FPSOs, como é o trabalho nestas unidades em termos de segurança de trabalho, a jornada de trabalho (14 dias embarcado e 14 dias de folga, em terra), as refeições diárias, a modalidade de transporte (helicóptero) para entrar e sair das unidades, tendo como pontos referenciais o Rio de Janeiro, Campos, Macaé ou Cabo Frio, a infraestrutura existente e o tipo de profissionais que trabalham nos FPSOs.
O vídeo abaixo é o mesmo que foi exibido durante a palestra. Ele mostra, passo a passo, as etapas de adaptação de um navio petroleíro em um FPSO, com destaque para as etapas pertinentes à conversão, integração e preparação.
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