Imagem capturada na Internet (Fonte: Diário de um Bobo da Corte)
Entre os diferentes recursos cartográficos, não resta dúvida
que os mapas são de grande importância ao ensino de Geografia, uma vez que eles
consistem em uma das formas de representação espacial mais adequada do espaço
geográfico, bem como de fenômenos naturais e/ou sociais.
Além desta sua relevância em termos de representação
espacial e de conhecimentos diversos sobre o espaço cartografado e tematizado,
não podemos nos esquecer do seu valor estratégico como instrumento de
poder (político, militar e econômico) tão enfatizado na obra de Yves Lacoste, “A
Geografia – Isso Serve, em Primeiro Lugar, Para Fazer a Guerra” (1989, Papirus,
SP).
Daí, a importância da Cartografia, como ferramenta
imprescindível no âmbito do ensino da Geografia. No entanto, o que se observa
muito no ambiente escolar, sobretudo, no Ensino Médio é uma grande deficiência em
termos de leitura cartográfica, de conhecimentos básicos sobre as diferentes informações
cartografadas e de localização geográfica.
Esta dificuldade e deficiência residem, justamente, na falta
de atrelamento do estudo geográfico à representação cartográfica.
Embora, no contexto de sua obra, sua análise se coloque de
forma crítica à suposta “neutralidade” do ensino da geografia escolar, Lacoste enfatiza
a importância dos mapas e afirma (op. Cit.), “ (...) É então que o papel do
geógrafo-cartógrafo se torna essencial ...”
E, neste aspecto, não resta dúvida que os diferentes
recursos cartográficos, sobretudo os mapas, são de grande importância no âmbito
do estudo e do ensino da ciência Geográfica.
Ensinar Geografia sem mapa é o mesmo que ensinar a nadar sem água ou, como o referido autor afirma, "Cartas, para quem não aprendeu a lê-las e utilizá-las, sem dúvida, não têm qualquer sentido, como não teria uma página escrita para quem não aprendeu a ler" (1989, pag. 38).
Ensinar Geografia sem mapa é o mesmo que ensinar a nadar sem água ou, como o referido autor afirma, "Cartas, para quem não aprendeu a lê-las e utilizá-las, sem dúvida, não têm qualquer sentido, como não teria uma página escrita para quem não aprendeu a ler" (1989, pag. 38).
Por isso, torna-se imprescindível trabalhar com mapas, a sua
leitura e interpretação no Ensino Fundamental para que os alunos alcancem, pelo
menos, o mínimo de compreensão da representação cartografada e tematizada quando estiverem no
Ensino Médio.
Eu mesma pude comprovar esta deficiência, assim que comecei
a dar aula no Ensino Médio, em 2011.
Eu
sei que este quadro não é algo generalizado, uma vez que muitos de nós, professores,
temos matrículas tanto no Ensino Médio quanto no Ensino Fundamental, mas não há
como negar que a deficiência de conhecimentos e de trabalhar com mapas ou
qualquer outra representação gráfica vem de anos anteriores, prejudicando o
andamento das aulas no Ensino Médio.
Só para se ter uma ideia, na primeira prova do Saerjinho
deste ano (1ª Série) caiu uma questão com mapa do Brasil dividido por regiões
(IBGE), cujo objetivo principal era a leitura e localização geográfica das regiões
referenciadas no texto.
Dos 32 alunos presentes no dia da prova apenas 6 (seis)
acertaram a referida questão, sendo que um deles, alegou que chutou a resposta,
após eu tê-los parabenizado em sala de aula. Vejam a referida questão abaixo:
Cliquem para ampliar a imagem
Volto a salientar a importância de se trabalhar sempre com
mapas, gráficos e dados estatísticos, tanto no Ensino Fundamental quanto no
Ensino Médio, de forma a amenizar e/ou reparar possíveis deficiências de anos
escolares anteriores.
Aproveitando esta postagem, já prometida aos alunos desde quando
comentei sobre esse problema referente às dificuldades de localização
geográfica e de leitura e interpretação cartográfica, estou compartilhando dois
vídeos que, também, apresentei na Plataforma do curso de Formação Continuada em
Geografia do CECIERJ.
Tirem as suas próprias conclusões...
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