Imagem capturada na Internet (Fonte: Em.com.br/Notícias)
O meu interesse, em especial, em tratar este tema neste espaço decorre do fato que, recentemente, eu mesma estive muito doente, estando sob suspeita de dengue ou desta mais nova doença em nosso país, a febre Chikungunya (Chicungunha).
Ainda não peguei o resultado do exame sorológico, que vai
confirmar ou não se foi dengue, mas tanto o hospital da rede privada quanto o
Posto de Saúde da rede pública, na qual fiz o referido exame, me alertaram que
muitas pessoas estão apresentando os mesmos sintomas do dengue, mas o resultado
da sorologia dá negativo.
E, com isso, sem descartar a possibilidade de ter sido uma
virose, uma doença provável é a febre Chikungunya, que vem crescendo em números
em nosso país e apresenta sintomas similares aos do dengue.
Levando em consideração critérios clínico-epidemiológicos,
eu tenho quase certeza que não foi uma simples virose, mas só o exame
laboratorial poderá confirmar ou não, se foi dengue. E, em caso negativo, não
saberei, também, se foi a febre Chikungunya.
Por este meu quadro clínico, febre alta, cansaço, dores de
cabeça e no corpo (sobretudo, nos membros inferiores), eu estive afastada de
tudo. Ainda sinto minhas pernas inseguras (tenho a sensação de fraqueza) e minhas
mãos mais trêmulas, mas já retornei as minhas atividades normais.
Como muitos alunos nunca ouviram falar da Febre Chikungunya e, sobretudo,
por eu não ter domínio de maiores informações sobre a mesma, aproveitei para
pesquisar e apresentar – aqui – um resumo acerca da mesma.
. Nome
da doença: Febre Chikungunya (Chicungunha);
. Origem: Ela é citada como doença afro-asiática.
O vírus da febre Chikungunya foi identificado, pela primeira vez, na década de 50 (Século XX), durante uma epidemia na Tanzânia (África Oriental), mas há registros mais antigos de casos de infecção similar, com febres e dores nas articulações, já no final do século XVIII (1770). Em 1953 houve um surto na Tailândia (Ásia).
Desde então, outros surtos ocorreram em outros países do continente africano (especificamente, da África Subsaariana), nas ilhas do oceano Índico e do Pacífico, na Índia e no Sudeste Asiático.
Em 2007, foram identificados os primeiros casos de transmissão na Europa, no norte da Itália. E, em dezembro de 2013, o vírus da febre Chikungunya chegou no continente americano, mais especificamente, nas ilhas do mar do Caribe (América Central Insular) e na Guiana Francesa (américa do Sul).
No entanto, há registro da doença em nosso país em 2010 (três casos) e, neste ano, o registro já ultrapassa mais de 300 pacientes infectados.
Imagem capturada na Internet (Fonte: Wikipédia)
. Características e Transmissão: A febre Chikungunya é uma doença viral, causada pelo vírus CHIKV, do gênero Alphavirus, cuja transmissão é feita por meio de mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus, os seus principais vetores.
. Sintomas: O quadro clínico da doença é muito semelhante ao da dengue, causando muitas vezes dúvidas em seu diagnóstico. Daí, a importância de exames laboratoriais, específicos, para se certificar quanto a sua ocorrência.
Os sintomas da doença aparecem de 3 a 7 dias após o paciente ter sido picado pelo mosquito contaminado. E, se durante os primeiros cinco dias dos sintomas, o mesmo for picado novamente por um Aedes aegypti, ele transmitirá o vírus para o mosquito.
O período de incubação da febre Chikungunya varia de 2 a 12 dias. E os seus principais sintomas são:
- Febre alta (acima de 39 graus);
- Dores nas articulações;
- Dores nas costas;
- Dores de cabeça.
Podendo, ainda, ocorrer:
- Erupções cutâneas;
- Cansaço (fadiga);
- Enjoos;
- Vômitos;
- Dores musculares.
- Cansaço (fadiga);
- Enjoos;
- Vômitos;
- Dores musculares.
Embora, os sintomas da febre Chikungunya sejam similares aos
da dengue, há certas peculiaridades que os distinguem entre si, como por
exemplo:
- As dores musculares e nas articulações são mais fortes do
que as do dengue (que se caracteriza mais por dores no corpo todo);
- Ela não é tão letal como é a dengue, porque ela não
apresenta a forma hemorrágica (há registro de mortes, mas associada à idade e/ou
associada a outras enfermidades pré-existentes);
- A febre Chikungunya, diferentemente da dengue, que tem
quatro subtipos, só tem um tipo de vírus (CHIKV). Com isso, após a sua
recuperação, o paciente se torna imune à doença, enquanto que com a dengue, ela
ainda pode contrair os outros subtipos;
- As febres têm uma periodicidade menor que as ocorrentes em
caso de dengue;
- Em alguns casos, o paciente fica curado, mas as dores
articulares permanecem por meses e até um ano, sendo necessário – inclusive –
tratamento de fisioterapia.
.
Brasil: Os primeiros casos da doença foram registrados em 2010 e,
neste ano (2014), a propagação da mesma já é considerada uma epidemia, por
exemplo, em Feira de Santana, na Bahia (estado com maior registro da doença).
Em 2010, os três casos da doença foram considerados “importados”,
uma vez que os pacientes haviam viajado e contraído o vírus em países com registro
da doença (duas vítimas de São Paulo e uma do Rio de Janeiro).
Os registros deste ano já se mostram preocupantes, tanto em termos de número quanto da origem da doença...
De acordo com o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, até o dia 11 do mês em curso (outubro), 337 pessoas contraíram a Febre Chikungunya em nosso país, sendo 87 dos casos confirmados por exame laboratorial e 250 por diagnóstico clínico-epidemiológico.
Deste total de pacientes infectados, 38 são considerados casos importados, isto é, pessoas que viajaram para países com registro da doença, enquanto a maior parte deles (299) contraiu a mesma em nosso território (casos autóctones). E, dentre esses casos, chamados de autóctones, 274 foram registrados no município de Feira de Santana (BA), 17 no município de Oiapoque (AP), sete em Riachão do Jacuípe (BA) e 1 em Matozinhos (MG).
Os registros deste ano já se mostram preocupantes, tanto em termos de número quanto da origem da doença...
De acordo com o boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, até o dia 11 do mês em curso (outubro), 337 pessoas contraíram a Febre Chikungunya em nosso país, sendo 87 dos casos confirmados por exame laboratorial e 250 por diagnóstico clínico-epidemiológico.
Deste total de pacientes infectados, 38 são considerados casos importados, isto é, pessoas que viajaram para países com registro da doença, enquanto a maior parte deles (299) contraiu a mesma em nosso território (casos autóctones). E, dentre esses casos, chamados de autóctones, 274 foram registrados no município de Feira de Santana (BA), 17 no município de Oiapoque (AP), sete em Riachão do Jacuípe (BA) e 1 em Matozinhos (MG).
Dados extraídos do Portal da Saúde - SUS
E pior, por ser uma doença nova em nosso país, toda a
população brasileira se encontra suscetível a tê-la.
.
Tratamento: Não há tratamento específico para a febre Chikungunya.
As orientações se restringem a tomar
muito líquido para evitar a desidratação. Sendo necessário, em alguns casos, a
hidratação endovenosa (soro).
Muito descanso, até mesmo porque, as dores musculares e nas
articulações acabam debilitando o paciente.
Em caso de febre alta, o médico deverá prescrever algum
medicamento antitérmico, como por exemplo, a dipirona.
Para limitar a transmissão do vírus, os pacientes infectados
devem ser mantidos sob mosquiteiros, a fim de impedir que o mosquito Aedes
aegypti o pique, ficando também infectado.
É importante lembrar que todas as orientações em caso de
suspeita de febre Chikungunya, dengue ou qualquer outra enfermidade deve ser
prescrita por um profissional da Saúde (médico). A automedicação pode surtir
efeito contrário e piorar o quadro clínico da pessoa.
.
Prevenção: A prevenção deverá ser a mesma em relação a da dengue,
ou seja, combater os transmissores do vírus (o mosquito Aedes aegypti) e os
focos de sua reprodução. Por isso e, relembrando, as recomendações são:
- Evitar o acúmulo de
água em recipientes sem tampa, pneus velhos, a formação de poças de água no
quintal, manter as caixas d'água e cisternas cobertas;
- Manter limpa as calhas
e canos, a fim de evitar que um leve entupimento, com folhas, por exemplo,
possa criar reservatórios ideais para o desenvolvimento do Aedes aegypti.
- Cobrir
os pratos de plantas com areia, que mantém a umidade necessária
ao vegetal e, ao mesmo tempo, evita o acúmulo de água tão importante para a
reprodução do mosquito.
- Evite
jogar lixo na rua aleatoriamente, impedindo assim que valas,
valetas, córregos ou riachos fiquem obstruídos e acabem provocando enchentes.
- Evitar deixar
piscinas descobertas e/ou abandonadas, com água parada e sem tratamento
com cloro.
Essas são algumas sugestões...
Fontes
de Consulta
OLA PROFESSORA MARLI SOU O ALUNO LUAN SAAVEDRA DOS SANTOS DA TURMA 1901 ATRAVES DESSA POSTAGEM VOU TER MAIS CUIDADO COM A AGUA PARADA POR CAUSA DO AEDES AEGIPTY
ResponderExcluirOla professora sou o aluno João Guilherme Cedro da turma 1804. Parabéns por mais uma postagem Que nós faz ter mais cuidado com água parada em potes de plantas caixas d'água e muito mais. Vou ter mais cuidado com o Aedes Aegipty que pode causar um grande dano a vida humana...
ResponderExcluireu peguei chicungunha quando tinha 14 anos! :( foi numa viagem, mas a doença foi muito tensa! Fiquei cinco meses capenga e naum consiguia iscrever di tanta dor! ainda bem qui nãum tenho mais nada mais tenio trauma dessa chicungunha. Tive dois dias de febre e cinco meses de muita dor nas juntas e naum consiguia iscrever di tanta dor! eu naum tiv o rash (as manchas na pele), mais sofri muinto do meismo jeito.
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