Mosquito Aedes aegypti
Imagem capturada na Internet para fins ilustrativo
Fonte: BBC Brasil
Se já não bastasse as epidemias contínuas da dengue no país, o Brasil – no momento –
enfrenta uma nova epidemia, a do Zica
vírus (ZIKV), cujo principal vetor
(agente transmissor) é o mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue, a febre chikungunya e a febre
amarela. Os seus hospedeiros,
ou seja, os agentes ou organismos que abrigam o vírus, podem ser os macacos e o
homem.
Embora, o principal modo de transmissão do vírus seja pelo mosquito Aedes aegypti, de acordo com a literatura científica, este pode ocorrer por transmissão ocupacional em laboratório de pesquisa, perinatal (antes ou depois do nascimento) e sexual, além das possibilidades por transfusão de sangue.
Embora, o principal modo de transmissão do vírus seja pelo mosquito Aedes aegypti, de acordo com a literatura científica, este pode ocorrer por transmissão ocupacional em laboratório de pesquisa, perinatal (antes ou depois do nascimento) e sexual, além das possibilidades por transfusão de sangue.
E é, justamente, a transmissão perinatal que está preocupando as autoridades da área de Saúde,
como, também, a Organização Mundial de
Saúde (OMS) e a Organização
Pan-Americana de Saúde, que emitiram um alerta a nível mundial diante do surto da doença (Zica) e do aumento de
casos de bebês nascidos com microcefalia.
Estudos realizados pelo Instituto
Evandro Chagas, órgão do Ministério da Saúde, em Belém (Pará), comprovaram
a relação entre o zica vírus e os casos
de microcefalia, quando foi constatado a presença do vírus em um bebê
microcéfalo.
"Há uma conexão entre as duas coisas,
mas causalidade é uma outra
história.
Não
podemos dizer 100% que é só o zika vírus
a causa da microcefalia,
ela
pode ser atribuída a diversas questões.
Há
uma conexão porque há um evidente aumento
nos
casos de microcefalia no Brasil
ao
mesmo tempo em que há um surto de zika no país."
Dr.
Marcos Espinal
(Diretor do Departamento
de Doenças Comunicáveis
da Organização
Pan-Americana de Saúde)
Após a incidência dos casos na região Nordeste e de investigações sobre as possíveis causas para o
aumento de recém-nascidos encefálicos,
um levantamento entre os exames dos bebês e o histórico das mães revelou a associação do zica vírus com a microcefalia,
pois as mães – no início da gravidez (entre o 1˚ e o 4˚ mês) – apresentaram erupções
vermelhas na pele (relacionada à epidemia de Zica). Com isso, verificou-se que
os casos de tinham uma vinculação com infecção
congênita, quando o bebê é afetado por uma infecção da mãe.
Os exames realizados nos recém-nascidos, sempre deram
resultados negativos quanto à presença do vírus da Zica ou o da Chikungunya, provavelmente,
segundo os especialistas, porque ambas são doenças autolimitadas, ou seja, duram
pouco tempo (de 3 a 7 dias) e a infecção ocorrida entre mãe e filho se deu no
início da gestação.
A microcefalia é
uma doença em que a cabeça e, ao mesmo tempo, o cérebro da criança se
apresentam menores que o normal. Enquanto o bebê saudável apresenta o perímetro
cefálico (circunferência da cabeça em sua parte maior), variando entre
33 cm a 37 cm, o bebê com microcefalia apresenta medida menor que 32 cm.
Antes, a medida considerada era de 33 cm, mas desde 6ª feira passada (04/12), o Ministério da Saúde mudou os critérios de avaliação, classificando o bebê como tendo microcefalia, quando este apresentar um perímetro igual ou menor que 32 cm.
Antes, a medida considerada era de 33 cm, mas desde 6ª feira passada (04/12), o Ministério da Saúde mudou os critérios de avaliação, classificando o bebê como tendo microcefalia, quando este apresentar um perímetro igual ou menor que 32 cm.
Imagem capturada na Internet
Fonte: O Dia
Com o perímetro cefálico menor, o crescimento máximo do
cérebro também é afetado, pois não há o espaço suficiente para que ele se
desenvolva normalmente. Com isso, suas funções ficam comprometidas e,
dependendo da gravidade da microcefalia, esta pode causar como sequelas: atraso
mental, déficit intelectual, paralisia, convulsões, epilepsia, deficiência
visual, autismo, rigidez dos músculos, entre outras.
Neste caso específico (doença associada à infecção por Zica vírus), a microcefalia é classificada como sendo primária, isto é, quando
os ossos do crânio se fecham durante o período gestacional (até os 7 meses de
gravidez). Em geral, as sequelas no bebê são mais graves.
A chamada microcefalia secundária ocorre quando os ossos do
crânio se fecham no período final da gravidez ou após o nascimento do bebê.
Infelizmente, em razão de sua gravidade e por não ter cura, a criança
com microcefalia pode necessitar de cuidados da família por toda a sua vida e,
também, de profissionais específicos, como – por exemplo - os fisioterapeutas e outros.
Mãe e filho com microcefalia
Fonte: BBC Brasil
Febre
Zica
A doença é descrita como uma febre aguda, com sintomas similares aos da dengue, porém mais
brandos. Com isso, além da febre, seus sintomas são dores de cabeça e no corpo,
bem como manchas avermelhadas na pele.
Em geral, sua taxa de hospitalização é baixa e, tal como a
dengue e a febre chikungunya, a febre Zica é autolimitada,
podendo durar de 3 a 7 dias, quando
– em geral – seus sintomas desaparecem naturalmente.
Em muitas situações, o paciente é diagnosticado com uma virose
(embora seja provocada por um vírus), ficando sem saber que teve o zika vírus.
O mosquito é infectado ao picar um indivíduo doente, ou seja,
portador do vírus, seja este humano ou alguma espécie de macaco, durante os três
primeiros dias de doença.
Seu nome se refere à
floresta Zica, localizada na Uganda, no continente africano, onde o vírus surgiu e foi identificado pela primeira vez.
Ele já foi encontrado na Ásia, na Oceania e, neste ano, nove
países latino-americanos confirmaram a doença. Além do Brasil, Chile (ilha de
Páscoa), Colômbia, El Salvador, Guatemala, México, Paraguai, Suriname e
Venezuela.
No Brasil, a epidemia de Zika (e, ao mesmo tempo, da microcefalia) começou na região Nordeste, mas como
ele é um vírus novo em nosso país, seu alastramento é certo ocorrer em todo o
território nacional, em caráter epidêmico, alertam os especialistas.
De acordo com os últimos dados oficiais, divulgados nas
mídias, 18 estados brasileiros já têm registro da doença, como o Rio de Janeiro.
E, com isso, a preocupação e medidas preventivas se tornam necessárias em
decorrência não só quanto à epidemia da febre Zica, mas – sobretudo – às mulheres
gestantes quanto aos riscos eminentes dos fetos desenvolverem microcefalia.
Até o final do mês de novembro foram registrados 1.248 casos de microcefalia em 14 Unidades Federativas do país, sendo em 13 estados e no Distrito Federal.
Não devemos esquecer que parte da responsabilidade a este quadro evolutivo da doença e da proliferação do mosquito Aedes aegypti se deve à população, uma vez que o mosquito, geralmente, se desenvolve em água parada e limpa, na maioria das vezes, localizadas no interior e/ou no quintal das residências.
Até o final do mês de novembro foram registrados 1.248 casos de microcefalia em 14 Unidades Federativas do país, sendo em 13 estados e no Distrito Federal.
Não devemos esquecer que parte da responsabilidade a este quadro evolutivo da doença e da proliferação do mosquito Aedes aegypti se deve à população, uma vez que o mosquito, geralmente, se desenvolve em água parada e limpa, na maioria das vezes, localizadas no interior e/ou no quintal das residências.
Por isso, devemos cooperar, eliminando os possíveis focos das larvas do inseto, evitando o acúmulo de água em pratos de plantas, caixas de água destampadas, garrafas
e pneus largados a céu aberto, sem
proteção, entre outras medidas.
Mas, não restam dúvidas que o Governo brasileiro, em suas três instâncias, federal, estadual e municipal, falhou em termos de programas e campanhas de combate ao mosquito Aedes aegypti.
O país já sofre com a epidemia da dengue há anos, inclusive, com um número de óbitos altíssimo. Só para se ter uma ideia, os dados oficiais deste ano, até o final do mês de março, contabilizam cerca de 130 mil pessoas mortas em decorrência das complicações com a dengue. A febre chikungunya acometeu o país mais no ano passado (2014), mas seus sintomas são mais brandos, não levando o doente ao óbito (eu mesma fui vítima do seu vírus).
Por isso e, sobretudo, em razão do vetor transmissor de ambas ser o mesmo da Febre Zica, o governo tinha a obrigação de adotar medidas preventivas, antes, durante e depois, ou seja, de forma contínua, sem interrupções, de combate ao mosquito Aedes aegypti.
Quem mais sofre é a população que, por sua vez, precisa ser mais consciente quanto aos perigos de se criar ambientes propícios ao desenvolvimento do mosquito, a partir de suas larvas, eliminando os focos de água parada.
Mas, não restam dúvidas que o Governo brasileiro, em suas três instâncias, federal, estadual e municipal, falhou em termos de programas e campanhas de combate ao mosquito Aedes aegypti.
O país já sofre com a epidemia da dengue há anos, inclusive, com um número de óbitos altíssimo. Só para se ter uma ideia, os dados oficiais deste ano, até o final do mês de março, contabilizam cerca de 130 mil pessoas mortas em decorrência das complicações com a dengue. A febre chikungunya acometeu o país mais no ano passado (2014), mas seus sintomas são mais brandos, não levando o doente ao óbito (eu mesma fui vítima do seu vírus).
Por isso e, sobretudo, em razão do vetor transmissor de ambas ser o mesmo da Febre Zica, o governo tinha a obrigação de adotar medidas preventivas, antes, durante e depois, ou seja, de forma contínua, sem interrupções, de combate ao mosquito Aedes aegypti.
Quem mais sofre é a população que, por sua vez, precisa ser mais consciente quanto aos perigos de se criar ambientes propícios ao desenvolvimento do mosquito, a partir de suas larvas, eliminando os focos de água parada.
Os especialistas orientam às mulheres que estão tentando
engravidar e que vivem em áreas consideradas endêmicas (Zica vírus), que o
melhor é evitar, enquanto o número de ocorrências for elevado. E, também, até que
medidas preventivas possam surtir efeitos, com a redução dos mosquitos e,
consequentemente, da epidemia.
Agora, para as mulheres grávidas são indicadas medidas de
proteção à picada do mosquito, como o uso de repelentes apropriados, mosquiteiro
na cama, telas na janelas e outras ligadas à eliminação de focos das larvas do
inseto, assim como seja evitada viagens a áreas com epidemia da Zica.
Fontes de Pesquisa
. Febre pelo vírus Zika: uma revisão narrativa sobre a
doença. Boletim Epidemiológico, Volume
46 N° 26, 2015 - Secretaria de Vigilância em Saúde − Ministério da Saúde –
Brasil (disponível em PDF)
. O que se sabe (e o que falta saber) sobre relação entre zika
vírus e microcefalia
. OMS emite alerta global sobre zika vírus e reconhece relação
com microcefalia
. Perguntas e Respostas: Microcefalia - Portal da Saúde
. Zica: Descrição da Doença - Portal da Saúde
. Zika, o vírus da doença misteriosa – Dr. Drauzio
. Zika pode ser ameaça maior que a dengue; saiba como se
proteger
. Zika vírus já está em 9 países da América Latina e em 18
Estados brasileiros
Esses casos de microcefalia estão aumentando a cada dia. Um grande cuidado é para as gestantes pois se o mosquito morder uma gestante a criança é que vai sofrer as consequências pois os efeitos na microcefalia é que se o mosquito Aedes aegypty morder uma gestante a criança que nascer vai ter microcefalia e os efeitos é que a criança vai nascer com a cabeça achatada. Então muito cuidado para as gestantes cuidado com o mosquito pois ele pode ser fatal obrigado pela atenção esse foi meu comentário
ResponderExcluirNome:Edcarlos de Carvalho Soares
Opa minha turma é 1803 desculpe.
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