Principais atores revolucionários
Karl Marx, Friedrich Engels e Vladimir Lênin
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Fonte: Causa Operária
Hoje, 07 de novembro -
pelo calendário gregoriano - comemora-se o centenário da Revolução Russa,
a primeira revolução comunista marxista do século XX, que deu o poder
aos bolcheviques (um dos grupos do Partido Operário Social-Democrata
Russo) e tornou a Rússia, o primeiro país socialista do mundo.
Também conhecida como Revolução
de Outubro (pelo calendário juliano), esta consistiu na segunda fase de um processo revolucionário, iniciado em fevereiro de 2017, período
em que o governo czarista de Nicolau II foi derrubado, sendo estabelecido
um Governo Provisório no país, sob a
direção de Aleksander Kerensky.
Esse Governo Provisório, por sua vez, perdeu
apoio popular e teve a oposição do Partido Bolchevique, tanto pelo fato da permanência da
Rússia na I Guerra Mundial quanto pela falta de tomada de medidas efetivamente
revolucionárias por parte do governo.
Sob essa conjuntura, a segunda
fase desse processo que culminou com a Revolução Russa, o Governo Provisório vigente
foi também derrubado, levando ao poder o Partido Bolchevique, liderado por
Vladimir Lênin, o qual instituiu um governo socialista.
Vladimir Lênin
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Fonte: Mundo ao Minuto
Após a Revolução de
Outubro (novembro) ocorreu na Rússia uma Guerra Civil (1918-1922) e, em 1922,
a criação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URRS),
integrando 15 Repúblicas, sendo a Rússia a maior e a mais poderosa delas.
Faziam parte da antiga
União Soviética (extinta em 1991): a Armênia, Azerbaijão, Belarus, Estônia, Geórgia, Letônia,
Lituânia, Moldova, Rússia e Ucrânia, no continente europeu. Já por parte da
Ásia, o Cazaquistão, Quirguistão, Rússia (porção asiática), Tadjiquistão,
Turcomenistão e Uzbequistão.
Com a morte de
Vladimir Lênin, em 1924 e a vitória do dirigente soviético Joseph
Stálin, a União Soviética (URSS) passou a ser uma ditadura stalinista. O
Governo, juntamente com os burocratas do Partido Comunista, passou a tomar as
decisões políticas e econômicas de forma autoritária, inclusive, detendo
privilégios materiais sobre a população.
O Governo soviético passou
a controlar os diversos setores da produção, decidindo o que produzir, a
quantidade a ser produzida, a qualidade do produto, o preço de venda, o salário
do trabalhador, entre outros aspectos. Tudo planificado e centralizado pelo
Estado (governo).
Esta nova forma de
política de governar, imposta e contrária ao Socialismo Utópico e do
Socialismo Científico (Marxismo), ficou conhecido como Socialismo Real,
tornando-se uma forma de ditadura por parte do governo tanto na URSS quanto em
outros países socialistas.
Sendo assim, a URSS foi
marcada pela falta de democracia, por um governo autoritário controlado pelo Partido
Comunista (PC), o qual direcionava fortes investimentos aos setores industrial
e bélico.
Ao longo de sua
trajetória histórica, a II Guerra Mundial eclodiu (1939-1945) e, após o final
desta, a duas grandes potências que passaram a responder pela Nova Ordem Mundial instituída foram os EUA
(Capitalista) e a URSS (Socialista). Ambas passaram a disputar a hegemonia
política, econômica e militar no mundo.
Sob esse contexto e, sobretudo, por suas orientações ideológicas e políticas antagônicas (Capitalismo versus Socialismo) deu-se início ao enfrentamento de um conflito indireto entre ambas as superpotências mundiais, o qual ficou conhecido como Guerra Fria (1947-1991).
Durante a Guerra Fria
era bastante comum a exposição de arsenais bélicos, inclusive, nucleares em
desfiles militares em ambos os lados, visando a exposição do poder
bélico de cada um. Além da corrida armamentista, esse período também foi
marcado pelo desenvolvimento de tecnologias de ponta, a corrida espacial,
sendo também marcado pela “caça às bruxas” e das redes de espionagem, como a
CIA (Agência Central de Inteligência/1947- até hoje) e a KGB (Comitê de
Segurança do Estado/1954-1991).
No final dos anos 80
(século XX), o Socialismo Real já começava a dar sinais de esgotamento,
assinalando a crise no sistema. Não havia mais recursos financeiros para
investir, a economia estava estagnada e as máquinas industriais se encontravam
obsoletas. Não havia mais capital, inclusive, para
expandir e aprimorar o seu arsenal bélico ao ponto de enfrentamento e/ou
ameaças ao bloco capitalista, liderado pelos EUA.
Em face do autoritarismo
por parte do governo e, consequentemente, a falta de liberdade, o nível de insatisfação
da população também só aumentava. Era o
prenúncio do fim do Socialismo.
Em 1991, o Tratado de
Assistência Mútua da Europa Oriental, mais conhecido como Pacto de Varsóvia
(1955) foi dissolvido, assim como foi extinta a rede de
espionagem soviética, criada em 1954, a KGB (Comitê de Segurança do
Estado).
Neste mesmo ano, sob
esta conjuntura, acrescentada pelo processo de reformas políticas e
econômicas, iniciado em 1985, pelo então presidente soviético Mikhail
Gorbatchov, o fim do Socialismo, a fragmentação política e a extinção da União
das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URRS) foram inevitáveis. Assinalou-se
não só o fim da URSS como o da Guerra Fria.
Hoje, segundo as principais notícias sobre as comemorações de um século da Revolução Russa, a capital do país não apresentou grandes eventos neste sentido, cabendo uma atenção efetiva na cidade de São Petersburgo (segunda
maior cidade do país, considerada a capital dos czares russos).
Não me ative em aprofundar esse texto sob o contexto histórico da Revolução Russa, em termos de seus antecedentes, mas acerca desses aspectos e outros que tratam dos mesmos, eu sugiro os sites abaixo. Basta clicar sobre os títulos.
por que, no lugar da celebração da revolução, foi criado um novo feriado, em 2005: o Dia da Unidade Popular, em 4 de novembro? O dia lembra a expulsão dos poloneses de Moscou, em 1612, e, com ela, o fim do período conhecido como Tempo de Dificuldades e o começo do domínio da dinastia Romanov ??!!!!
ResponderExcluirAbraços : Karolina Maria
achei muito interessante,gostei desse conteudo
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