Imagem capturada na Internet
Fonte: Blog Robson Pires
Aproveitando o conteúdo abordado em sala de aula com os
últimos acontecimentos no Brasil...
Como já expliquei em sala de aula e, também aqui, neste
espaço, o Brasil se encontra localizado em uma zona de estabilidade tectônica,
tendo em vista que o nosso território está situado, mais ou menos, no meio da
placa Sul-americana, ou seja, está numa região “intraplaca”, distante de ambas as
bordas da placa tectônica. Daí não termos abalos sísmicos (terremotos) de
grandes intensidades e nem vulcões ativos.
No entanto, somos submetidos esporadicamente a tremores de
terra (sismos) devido aos efeitos das acomodações das camadas internas da Terra
e/ou da movimentação convergente de placas tectônicas, próximas, que podem
repercutir em nosso território. Mas, estes tremores são sempre de baixa
intensidade e magnitude.
A placa Sul-americana está em movimentação no sentido
divergente da placa Africana, ou seja, caminhando para o Oeste. Contudo, na porção
Oeste da América do Sul, esta vai de encontro à placa Nazca, em movimento
convergente, o que imprimi à região uma dinâmica de grande instabilidade
tectônica, marcada por abalos sísmicos, atividades vulcânicas e ocorrência de
dobramento moderno.
Nas bordas das placas tectônicas que se convergem ocorrem os
maiores e mais violentos terremotos. O movimento convergente entre as
placas tectônicas pode ocorrer de três formas: por colisão, subducção e
deslizamento lateral.
No caso do encontro da nossa placa tectônica com a placa Nazca,
ocorre a subducção desta última que, por ser mais pesada, mergulha abaixo da placa
Sul-americana que, por ser mais leve, sofre dobramento. Esse movimento
convergente das placas Nazca e Sul-americana, por subducção, deu origem à
Cordilheira dos Andes.
Vale ressaltar, ainda, que a movimentação das placas
tectônicas continua. Elas estão permanentemente em movimento, algumas no
sentido divergente, outras, convergentes. A placa Nazca, por exemplo, mergulha
abaixo
da placa sul-americana a uma velocidade de 70 mm por ano, segundo Apolo 11.
Isso explica, também, o fato do nosso país não ter – hoje –
vulcões ativos e nem a ocorrência desta estrutura geológica em seu território,
isto é, os dobramentos modernos (montanhas dobradas recentes).
Mas, o Brasil não está livre de ocorrência
de terremotos. Tanto é que vários ocorrem naturalmente, seja por efeitos das
acomodações das camadas internas da Terra seja pela ocorrência de sismos em
áreas próximas, cujas propagações das ondas sísmicas chegam
até ao nosso território, com baixa intensidade.
Já tivemos uma vítima de terremoto... Isso aconteceu, em
novembro de 2007, na cidade de Itacarambi (Minas Gerais), quando a parede de um
quarto caiu em cima de uma criança, de 5 anos, que dormia na cama, no exato
momento. Segundo reportagem na época, o material de construção era de baixa
qualidade.
O referido terremoto foi de 4,9 graus na escala Richter. Além
dessa perda humana, outras vítimas ficaram feridas, sem e com gravidade, causando
também muitas perdas materiais, como 6 casas, em um total de 76 residências
afetadas, que foram destruídas.
Neste início de ano (2018), pelo que eu tomei conhecimento, já
foram cinco terremotos registrados em nosso país.
O primeiro tremor de terra foi sentido no estado de Mato
Grosso, no dia 31 de janeiro, entre os municípios de Rondonópolis e o de Pedra
Preta, a 243 km da capital, Cuiabá. O terremoto de magnitude 3,5 graus na
escala Richter, não causou danos materiais ou vítimas.
De acordo com especialistas na área de Sismologia, a causa do
abalo sísmico foi uma falha geológica.
O segundo foi sentido no Nordeste, em alguns bairros de Maceió, capital do estado de Alagoas, no dia 03 de março. O tremor de terra foi de
2,5 graus na escala Richter, considerado também de
baixa magnitude.
Apesar desta magnitude não ser perceptível pela população e
não causar danos ou perdas materiais, em diversos bairros de Maceió houve
registro de rachaduras em imóveis e em ruas, causando pânico na população.
O terceiro terremoto deste ano, considerado moderado, ocorreu
no dia 15 de março, a 89 km da cidade de Tarauacá, no Acre, a 587 km de
profundidade. Sua magnitude foi de 4,5 graus na escala Richter.
De acordo com o site Apolo 11, as causas seriam a proximidade
da região de subducção da placa Nazca com a placa sul-americana.
Neste mês de abril, o país já sofreu mais dois tremores de
terra. O primeiro, no início do mês (02/04), foi em consequência do terremoto
ocorrido na Bolívia, país sul-americano que faz fronteira com o Brasil, o qual
foi sentido em diferentes estados das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul.
O terremoto de magnitude 6,8 graus na escala Richter teve o
seu epicentro no Sul da Bolívia, a uma profundidade de 557 km, a 13 km da
região de região de Carandayti. O sismo também foi sentido em regiões mais ao
norte do país. Não houve registro de danos materiais e nem
vítimas neste episódio tectônico.
O segundo tremor de terra deste mês e, até o momento, o quinto do ano,
ocorreu na última 6ª feira (13/04), em Santa Catarina, na região Sul do país. A
diferença deste é que o sismo ocorreu na plataforma continental do estado de
Santa Catarina, a cerca de 65 Km da capital, Florianópolis, que é uma ilha.
Os tremores foram sentidos tanto nas regiões Norte e Sul da ilha
quanto em São João Batista, município localizado no continente e que faz parte
da Grande Florianópolis.
Como podemos constatar, apesar do nosso país estar localizado
numa zona de estabilidade tectônica, eventos desta natureza não são raros, pelo
contrário! Mas, devido a sua localização geográfica em uma região intraplaca,
os tremores de terra são de baixa magnitude, o que nos deixa - de certa forma - mais aliviados.
Fontes de Pesquisa
. Terremoto
com epicentro na Bolívia é sentido em diversas cidades do Brasil
. Terremoto
de 4.5 pontos é registrado a 89 km de Tarauacá, AC - Apolo 11
. Tremor
de terra de magnitude 3,5 é registrado em Rondonópolis (MT)
. Tremor
de terra derruba casas e mata criança em MG - Portal G1
. Tremor
de terra de 2,5 graus atinge Maceió, diz UFRN - Exame
O Brasil mesmo estando numa região digamos assim‚de estabilidade está sofrendo terremotos de baixa magnitude sofre bastante terremotos.
ResponderExcluirExiste chance do Brasil sofrer um terremoto de grau 7 para cima?
O Brasil também anda sofrendo muito com problemas com o mar‚ como o da praia da Macumba e o da ciclovia. Há chance de o mar subir mais e encobrir alguma região?
Luan Gonçalves(C.E.Prof° Regina Scudese.T:2002
Professora ouvi boatos de que em São Paulo teve tremores mínimos. Isso é verdade?🤔
ResponderExcluirE.M Dilermando Cruz
Thaís R. da Silva
Turma:1.801
Isso realmente é uma situação que muitas pessoas não sabem e que quando acontecem não sabem o que fazer, como reagir,sentem mais medo do que o normal, será que teria como avisamos essas pessoas? Passar um pouco desse conhecimento para as pessoas que realmente não sabem ligar?
ResponderExcluirNome: Jennifer Moreira Paiva
Turma: 1802
Escola: Dilermando Cruz
Luan Gustavo, boa noite! Desculpe-me pela demora em responder-lhe.
ResponderExcluirCom relação a sua pergunta, eu desconheço, mas o Brasil já sofreu tremores de terra de magnitude 6,1 graus na Escala Richter, na Região Norte, no ano de 2009.
O nosso país se encontra localizado numa região intraplaca, ou seja, mais ou menos no meio da placa Sul-americana. Isso faz com os
tremores sejam mais suaves e menos intensos, pois está longe das bordas da mesma.
Terremotos desta magnitude e acima são comuns em áreas de encontro de placas tectônicas, o que não condiz com a nossa posição, graças a Deus, não?
Um grande abraço!