terça-feira, 24 de maio de 2022

17 de Maio: Dia Internacional Contra a Homofobia

 

Imagem capturada na Internet
Fonte: Conselho Federal de Psicologia

Na 3ª feira passada, dia 17 de maio, comemorou-se o Dia Internacional Contra a Homofobia. E para quem desconhece, desde 2010, esta data comemorativa faz parte do calendário oficial do nosso país.   

A escolha do dia remonta a 17 de maio de 1990, data em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), isto é, a OMS a excluiu da lista internacional de doenças.  

Conhecida, também, como Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia, a celebração visa promover a conscientização da população mundial contra a discriminação aos homossexuais, transexuais e transgêneros  

Vale ressaltar aqui, que esta última referência (Dia Internacional de Luta Contra a Homofobia, Bifobia e Transfobia) foi criado em 2004 

Antigamente, muitos consideravam esses grupos (e ainda os consideram) como portadores de "comportamentos desviantes", isto é, com desvio de caráter. 

Não restam dúvidas que essa discussão é muito importante, quanto mais a conscientização coletiva acerca da diversidade, das discussões a respeito de gênero, da importância do respeito e da luta contra o preconceito existente na sociedade.  

Preconceito este tão presente no cotidiano escolar, entre os diferentes segmentos da Comunidade Escolar e, sobretudo, no ambiente familiar.  

Por envolver direta e/ou indiretamente a relação preconceito versus discriminação, não chega a ser novidade ou algo espantoso, que os níveis de violência contra este segmento da sociedade são elevados.  

Usando o termo certo, trata de formas de violência contra pessoas (ou comunidades) LGBT, cujas letras representam Lésbicas, Gays, Bissexuais e os Transgêneros/Travestis.  

Observação: Hoje, o termo empregado é mais amplo, isto é, LGBTQIA+, cujas letras representam as Lésbicas, os Gays, os Bissexuais, os Transgêneros/Travestis, os Queer, os Intersexuais e os Assexuais. O sinal de “+” é empregado para incluir outros grupos de gênero (sem ser os heterossexuais).  

Reconheço que o tema é um tanto polêmico aos moldes de uma sociedade conservadora, mas – mesmo assim - negar a sua existência e a necessidade premente de respeitarmos a diversidade é algo estarrecedor nos dias de hoje. Ainda mais para nós, educadores!  

Só para se ter uma noção da importância de seu tratamento nas escolas, por diversas vezes, me vi de “saia justa” por fazer uso de afirmativas tendenciosas, do tipo “já pode casar” (pelo fato da aluna ter feito um bolo) ou “vocês formam um belo casal” (desconhecendo o fato de o aluno ser homossexual) ou, ainda, o desabafo e o choro de um responsável (pai) que construiu uma identidade que não corresponde a que a filha possui.  

E, mais, a gravidade que esta questão traduz até hoje...  

Segundo dados estatísticos, o Brasil é o país que mais mata LGBTs no mundo (uma morte a cada 29 horas).  

De acordo com dados publicados nas mídias, com base nos levantamentos do Grupo Gay da Bahia (GGB), em 2021, foram registradas 300 mortes violentas de LGBTQIA+ no Brasil, sendo 276 casos de homicídios e 24 de suicídios.  

Em relação ao ano anterior (2020) houve um aumento de 8% nos números de casos.  

Somente levando essa questão ao patamar das discussões coletivas, do próprio sistema educacional e da democracia (igualdade e respeito) poderemos combater o preconceito, o medo e a violência contra estes grupos sociais.  

E, não podemos esquecer que, em nosso país, a Homofobia é CRIME!

 

Fontes de Consulta  

. Dia Internacional Contra a Homofobia – 17 de Maio. Faculdade Global  

. Mortes violentas de LGBT+ cresceram em 2021 e atingiram pelo menos 300 pessoas – Rede BrasilAtual/RBA  

. OLIVEIRA, Maryene. O que significa a sigla LGBTQIA+? Blog da Printi  

. 17 de Maio – Dia Internacional de Luta contra a LGBTfobia – Conselho Federal de Psicologia 

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