Mosquito Aedes aegypti Imagem capturada na Internet Fonte: Pixabay |
E o mosquito Aedes aegypti continua a nos dar preocupação, ainda mais com a proximidade do verão, que é a estação das chuvas e, também, a de maior risco da sua ação e proliferação.
Como todos sabem o Aedes aegypti é o vetor do vírus de várias doenças, como: a Dengue, a Zika, a Chikungunya e a Febre Amarela (urbana).
Na verdade, essa preocupação sempre foi uma constante e, agora, a apreensão das autoridades da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro se atêm à dengue tipo 4, tendo em vista que o seu último registro - em nosso município - foi em 2018, há cinco anos. E o mais recente caso, deste tipo de dengue (tipo 4), ao que tudo indica, aconteceu no final do mês de novembro.
Os diferentes tipos do vírus da dengue - tipos 1,2,3 e 4 - representam variações do micro-organismo causador da doença, o que aumenta a probabilidade de infecção humana, ou seja, havendo maior risco de contágio. Não se trata de um tipo de vírus ser pior do que o outro, mas do fator de fragilidade em face ao sistema imunológico do indivíduo.
Se não houvesse tantas variações, a pessoa que tivesse contraído dengue, uma vez, não a teria mais, pois devido ao seu sistema imunológico, ela não poderia ter dengue do mesmo tipo duas vezes na vida. Mas, não é este caso, pois – como se sabe - há os tipos 1,2,3 e 4.
O caso mais recente aconteceu com uma mulher, de 45 anos, moradora da capital fluminense (município do Rio de Janeiro). Ela começou a ter os sintomas da doença no dia 26 de novembro.
O seu diagnóstico (Dengue do tipo 4) só foi confirmado após a amostra do sangue, da referida paciente, passar por três testagens diferentes.
Os principais sintomas que a mesma teve e são apontados
pelos especialistas são:
- Febre;
- Dores de cabeça;
- Dores no corpo e nas articulações;
- Náuseas e vômitos;
- Manchas vermelhas na pele (por vezes, estas podem ocorrer).
Eu já tive dengue por duas vezes e temo em contrair novamente, pois - de acordo com os especialistas - os riscos aumentam conforme há as infecções subsequentes.
Em nosso estado, conforme informou a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, ainda não houve registro de dengue do tipo 3. No entanto, de acordo com Claudia Mello, nossa Secretária de Saúde, a o do tipo 4 é um pouco menos agressivo do que o do tipo 3 (ainda não visto em nosso estado).
Contudo, ela adverte para uma provável epidemia no estado, tendo em vista que a circulação simultânea de diferentes sorotipos aumenta a possibilidade de epidemias e a reinfecção da doença,
“Nos
últimos anos, notamos a circulação dos tipos 1 e 2.
A entrada de um novo sorotipo, como aconteceu
nesta semana em relação ao tipo 4,
nos deixa em alerta,
uma vez que parte da população
fica mais suscetível à infecção”
E confirma, ainda,
"Como
ele volta a circular em nosso território após 5 anos,
os
que nasceram após o ano de 2018
não
tiveram contato com o vírus e
não
desenvolveram imunidade contra ele,
o
que aumenta o risco de termos uma epidemia"
Diante dos riscos eminentes de uma epidemia, várias medidas precisam e devem ser implantadas tanto pelo Estado quanto pela Prefeitura do Rio de Janeiro. Mas, sem dúvida alguma, o papel principal no combate do mosquito transmissor da Dengue cabe à população fluminense, que deve ter a consciência de responsabilidade social, neste intento, evitando que seja criado e/ou mantido os criadouros do Aedes aegypti dentro ou fora de suas residências.
É de suma importância a participação e a colaboração de todos, uma vez que a maior parte destes criadouros se encontra dentro de imóveis (abertos e/ou fechados).
Imagem capturada na Internet Fonte: Prefeitura do Município de Jahu |
Só na cidade do Rio de Janeiro (capital fluminense), o número de casos de Dengue foi quase cinco vezes mais do que o quantitativo do ano passado (2022), quando houve o registro de aproximadamente 4,6 mil casos.
Este ano e, ainda na vigência do mês de dezembro, que não acabou, o município do Rio de Janeiro registrou mais de 20 mil casos da doença. Sendo o maior número desde 2016, quando a capital registrou cerca de 26 mil casos.
Em razão dos números deste ano, o Secretário Municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, reforçou o alerta e a importância do papel da população em evitar a proliferação do mosquito,
"Já é um sinal de
alerta para o próximo verão.
Por isso é muito
importante que todos estejam atentos
à eliminação do foco do
mosquito aedes aegypti.
De cada três pacientes que têm dengue
na cidade do Rio de Janeiro,
dois tiveram focos do mosquito dentro
do próprio domicílio do paciente.
O clima com mais chuvas
facilita a proliferação do aedes.
Por isso é muito importante que a gente esteja atento
à essa eliminação”.
Por estas razões, devemos promover ações preventivas, não esquecendo que
estas não se restringem apenas à estação do verão, mas ao longo de todo
o ano. E mais, se possível, convocar amigos, vizinhos, parentes e familiares
a se associar nesse combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti.
Imagem capturada na Internet Fonte: Fiocruz |
Exemplos de Medidas Preventivas ao combate
do mosquito Aedes aegypti
1. Evite água parada em recipientes que acumulem líquidos,
como “pratinhos” de vasos de plantas, garrafas, pneus etc.;
2. Coloque areia nos “pratinhos” de vasos de plantas, a fim de
que a água não fique acumulada e exposta;
3. Evite plantas aquáticas, mas se gosta de tê-las, lave os
vasos com água e sabão, toda semana. Não esquecendo da importância da troca a
água com frequência;
4. As plantas que apresentam reservatórios naturais de água,
como as bromélias, por exemplo, recomendam-se a rega da mesma, duas vezes por
semana, com uma solução doméstica feita com uma colher de sopa de água
sanitária em 1 litro de água limpa. Esse mesmo preparado pode servir para
inibir a formação de criadouros nos vasos de flores ou plantas com água
(Drauzio Varella);
5. Mantenha, totalmente fechadas, as cisternas, caixas d'água
e reservatórios provisórios, como tambores ou barris;
6. Os pneus velhos devem ser guardados em lugares cobertos,
protegidos das chuvas;
7. Latas e garrafas vazias devem ser guardadas emborcadas (de
cabeça para baixo) para não reter água e em lugares cobertos;
8. As tampas de garrafas devem ser jogadas fora em sacos de
lixo ou doadas para reciclagem;
9. Recipientes descartáveis como copos, pratos, travessas e
outras embalagens devem ser colocados em sacos de lixo fechados;
10. As calhas de telhados, marquises e rebaixos de banheiros e
cozinhas devem ser submetidas à limpeza, periodicamente;
11. Nas piscinas, o cloro da água deve estar sempre no nível
adequado;
12. Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira
sempre bem fechada;
13. Lixo solto jamais deve ser jogado em terrenos baldios, nas
ruas ou calçadas;
14. Os bebedouros de animais domésticos devem ser lavados
diariamente e a água trocada sistematicamente;
15. Quinzenalmente, deve-se jogar desinfetante nos ralos
externos das edificações e nos internos que são pouco utilizados;
16. Depositar areia ou pó de pedra em poços desativados ou
depressões de terreno;
17. Manter fossas sépticas em perfeito estado de conservação e
de funcionamento;
18. Colocar peixes barrigudinhos em charcos, lagoa ou na água
que não possam ser drenadas;
19. Não despejar lixo em valas, valetas, margens de córregos e
riachos, mantendo-os desobstruídos;
20. Manter os subsolos e garagens permanentemente secos.
Vale ressaltar ainda a importância de cada um, como cidadão
responsável no combate aos criadouros do mosquito transmissor da dengue, denunciando
a um agente ou órgão público de saúde, ao constatar alguma situação de risco com
água acumulada e parada, sobretudo, em imóveis fechados (ou até aberto), para
que medidas eficazes possam ser adotadas para encerrar o ciclo de vida do
mosquito.
Fontes de Consulta
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