Imagem capturada na Internet (Fonte: Veja Ciências)
Se já não bastassem os conflitos internos,
armados, a pobreza, o HIV e, o problema da fome - na África Subsaariana - ter aumentado
em mais de 60 milhões, segundo dados da Organização das Nações Unidas para
Agricultura e Alimentação (FAO), o continente está novamente em destaque nas
mídias, desde o mês de março deste ano, em razão de mais uma epidemia de ebola.
No entanto, esta chegou e avançou de tal forma na porção Ocidental da África, afetando mais
especificamente quatro países, que a própria Organização Mundial da Saúde (OMS)
já a classificou como a pior de todos os surtos já ocorridos no referido continente.
A febre hemorrágica ebola ou ebola, como é mais
comumente denominada, é uma doença viral causada pelo vírus ebola e, consta
como mais uma mazela do continente africano, não tendo tido nenhum registro de
seu foco ou da doença ou de vítimas fatais em outro continente até a presente
data.
Embora, a atual epidemia do ebola esteja limitada
em quatro países da África Ocidental, Guiné, Serra Leoa, Libéria e Nigéria, a
preocupação de todos, sobretudo, da Organização Mundial de Saúde (OMS) é que a
doença ultrapasse as fronteiras destes e atinja outras nações da
região e/ou se espalhe pelo espaço continental.
Imagens capturadas na Internet e trabalhada no Adobe Photoshop
(Respectivas Fontes: Rfi Português e Wikipédia)
Apesar da doença ser altamente transmissível e mortal
em 90% dos casos, a sua transmissão só acontece por meio de contato com fluidos
corporais dos doentes infectados, ou seja, por meio de contato direto com o
sangue, suor, urina e saliva ou, ainda, através do consumo de carne de animais
infectados.
Outro fator que tem contribuído muito para a
disseminação do vírus tem a ver com as práticas culturais dos povos africanos,
como por exemplo, o hábito tradicional de lavar os corpos de pessoas mortas antes
do seu sepultamento.
Embora, ainda existam dúvidas, os morcegos
frutívoros são apontados como possíveis hospedeiros naturais do vírus Ebola, sobretudo,
as espécies dos gêneros Hypsignathus monstrosus, Epomops franqueti e
Myonycteris torquata.
Em algumas áreas do continente africano, no
entanto, além da infecção ter sido documentada por meio do contato com morcegos
frutívoros, há registros pelo contato com outros animais, como chimpanzés,
gorilas, macacos, antílopes selvagens e porcos-espinhos contaminados, os quais
foram encontrados mortos ou doentes na floresta tropical.
Desde 1994, os surtos de Ebola têm sido
observados em chimpanzés e gorilas. No entanto, presume-se que estes, assim
como os demais animais mencionados acima, sejam “hospedeiros acidentais”, assim
como o próprio ser humano infectado.
De acordo o site MedicinaNET, o gênero Ebola (vírus)
compreende cinco espécies distintas entre si, quanto à virulência em seres
humanos, as quais foram denominadas de Zaire, Sudão, Costa do Marfim,
Bundibugyo e Reston (nomes atribuídos conforme a localidade de sua origem).
Dessas cinco cepas, apenas quatro causam a
doença, a febre hemorrágica ebola, em humanos. Embora, o vírus Reston possa
infectar, não há registro de doença e/ou morte associada a este. Vale ressaltar,
ainda, que esta espécie (Reston) só foi identificada nas Filipinas (sem
registro da doença ou surto) e não na África.
No entanto, as espécies mais associadas aos
grandes surtos na África são as Zaire, Sudão e Bundibugyo.
Modelo molecular com partes dos vírus do Ebola
Imagem capturada na Internet (Fonte: BBC Brasil)
Os sintomas da doença podem surgir de 2 a 21
dias após a exposição ao vírus, estes são: febre repentina, dores musculares,
fraqueza,
dores de cabeça e inflamação na garganta. Com a avançar da doença, novas complicações
podem surgir, tais como vômitos, diarreia, coceiras, deficiência nas funções
hepáticas e renais, podendo ocorrer em alguns casos, sangramento interno e
externo, erupções cutâneas, olhos avermelhados, soluços, dores no peito e
dificuldade para respirar e engolir.
Embora, a Organização Mundial da Saúde (OMS)
considere baixo o risco de contágio entre pessoas fora do âmbito territorial da
África, isso não é algo impossível de acontecer, diante dos deslocamentos
inter-regionais (internos) e internacionais.
Daí, uma das medidas preventivas tomadas pelas
autoridades responsáveis ter sido o controle e/ou fechamento das fronteiras
terrestres dos países afetados a fim de que o vírus ebola não seja levado para
outras regiões da África e nem para outros países do mundo.
Não é a primeira vez que uma epidemia do vírus
ebola é registrado na África, no entanto, de acordo com a Organização Mundial
da Saúde (OMS) e dos números de vítimas fatais, a deste ano (2014) pode ser
considerada a pior já verificada no referido continente.
O primeiro surto de ebola, ocorrido em 1976, foi
registrado simultaneamente em Nzara, no Sudão, e em Yambuku, uma aldeia
localizada na República Democrática do Congo (ex-Zaire), próximo do rio Ebola
(daí, a denominação do vírus de ebola).
O número de óbito chegou a 431 vítimas fatais e,
embora, novos surtos tenham acontecido em outros anos, a soma de todos os
números de mortes registrados nestas epidemias, não atingiu o número de óbitos
verificados até então, o qual, com certeza e infelizmente, deverá aumentará ainda
mais.
De acordo com o que se tem noticiado na
imprensa, a epidemia está fora de controle.
Desde a sua descoberta, em meados da década de
70 (Século XX), poucos avanços ocorreram em termos de tratamento e cura
(vacina) para a doença e respectivo vírus. O procedimento-padrão seguido, até hoje,
consiste no isolamento dos pacientes e tratamento para aliviar os sintomas,
como beber muito líquido (água).
Após a cura, todos os pacientes são submetidos a
um banho de cloro. Além disso, os mesmos são obrigados a desfazer-se de suas
antigas roupas, pois estas também se encontram contaminadas.
Nos quatro países afetados (Guiné, Serra Leoa, Libéria
e Nigéria), o número de mortos já ultrapassa 2.000 pessoas, tendo cerca de 4.000 pacientes
infectados, segundo o último boletim divulgado
pela OMS, ontem (05/09). Daí, a mesma estar sendo considerada a pior de todas
já verificadas no continente africano.
De acordo com as matérias divulgadas na imprensa,
a atual epidemia surgiu em março, na Guiné e se alastrou para Serra Leoa, após o
deslocamento de um curandeiro africano, infectado, entre os dois países.
Muitos profissionais da área da Saúde, nacionais
e/ou estrangeiros, acabaram sendo vitimados pelo mesmo vírus em contato com os
doentes. E, para agravar mais ainda situação caótica nas regiões com a
epidemia, além da escassez de profissionais de saúde, os médicos e enfermeiros que
trabalham na Libéria, um dos países afetados pela epidemia, entraram em greve
reivindicando o pagamento dos salários em atraso e, também, a falta de equipamentos
pessoais - apropriados – de proteção ao vírus.
As Nações Unidas fizeram um pronunciamento à
imprensa acerca da necessidade urgente de levantar verbas para ajudar os quatro
países africanos afetados pela epidemia de ebola, pois faltam recursos para compra
de materiais básicos e outros, como remédios, ambulâncias e camas hospitalares.
Segundo a OMS a necessidade é na ordem de US$ 600 milhões.
Imagem capturada na Internet (Fonte: Wn.com)
Imagem capturada na Internet (Fonte: Público Ciências)
Fontes:
. @ Verdade
. G1. Globo.com (vários artigos)
. Jornal O Globo impresso (diversas edições)
. Medicina Net
. Médicos Sem Fronteiras
. Público Ciências
. RTP Notícias
. Tecno Curioso
. Vestibular Brasil Escola
Nossa prof será que esse virus irá chegar no Brasil?Espero que não já houve tantas mortes,o mundo já tem tanta coisa ruim não precisamos de mais doenças nem virus nem pragas para deixa-lo pior..
ResponderExcluirBeatriz figueira gomes -1901
Essa febre hemorrágico está virando uma epidemia, ou já podemos dizer que é uma epidemia, essa febre está em zona de edema na Nigéria, porém nós brasileiros correr sérios riscos de essa febre chegar no Brasil, pois o Brasil tem um convênio com a África.
ResponderExcluirÉ direito dos brasileiros e dever do Gorveno proporciona um país melhor para nós.
Aluno - Carlos Alberto, turma 2002 Scudese