Imagem capturada na Internet (Facebook - autoria desconhecida)
No dia 5 de novembro, o estado de Minas Gerais vivenciou um acontecimento que foi classificado
como o pior desastre ambiental de sua história. Episódio este protagonizado
por uma enxurrada de lama, rejeitos das atividades
de extração e beneficiamento da mineradora Samarco
(minério de ferro), os quais foram liberados após o rompimento de uma de suas
barragens.
A enxurrada de lama arrasou e causou mortes no distrito de Bento Rodrigues, no município de Mariana, cidade histórica do estado, que foi o primeiro a ser atingido pelo fluxo intenso dos rejeitos.
A enxurrada de lama arrasou e causou mortes no distrito de Bento Rodrigues, no município de Mariana, cidade histórica do estado, que foi o primeiro a ser atingido pelo fluxo intenso dos rejeitos.
Imagem capturada na Internet para fins ilustrativo
e modificada no Adobe Photoshop
Fonte: G1
Misturado às águas fluviais que serviram como agente de
transporte dos mesmos, o rio Doce seguiu
o seu curso e, por conseguinte, os efeitos destrutivos deste acidente se
estenderam a mais de um distrito de Mariana e em outros municípios mineiros,
bem como em cidades do Espirito Santo, indo em direção a sua foz,
no litoral espírito-santense (ou capixaba), junto ao oceano Atlântico.
Imagem capturada na Internet para fins ilustrativo
Fonte: Gazeta On Line
O mar ou “tsunami” de lama, como muitos se referiram,
se deve ao fato de sua força ter tido um poder de destruição tanto quanto de um
tsunami, arrasando tudo que estava no seu percurso. Até o presente momento, no distrito de Bento Rodrigues (o mais devastado e o primeiro a ser atingido), sete
mortes foram confirmadas, há cerca de quinze pessoas desaparecidas
e 500 desabrigadas.
Veja a força da enxurrada em vídeo, AQUI!
A cor marrom se deve à composição dos rejeitos de
atividades de extração e beneficiamento de minério de ferro, da mineradora Samarco,
os quais, em sua maior parte, é constituído por areia e óxido de ferro. De
acordo com especialistas, o material não é tóxico e, por isso, não apresenta riscos à
saúde. No entanto, para o ecossistema e para a população que depende direta e/ou indiretamente do rio, os problemas são grande e graves.
A mineradora Samarco é controlada pelas empresas Vale
S.A. e da anglo-australiana BHP Billiton Brasil Ltda, sendo
considerada a 10ª maior exportadora do país, operando em Minas Gerais e no Espírito
Santo. Na localidade do acidente, a mineradora mantinha um sistema de rejeitos
constituído por três barragens, a Germano, Fundão e Santarém.
Imagem capturada na Internet para fins ilustrativo
Fonte: Portal do Geólogo
Embora, as mídias tenham publicados que as duas últimas barragens,
citadas acima, tivessem sido rompidas na ocasião do acidente, a mineradora em
questão retificou, segundo o Portal G1, no último dia 16 do mês corrente, divulgando que foi só a barragem
do Fundão, localizada a montante do distrito Bento Rodrigues e a 893 metros
de altitude.
Imagem capturada na Internet para fins ilustrativo
e modificada no Adobe Photoshop
No entanto, eu – no meu conhecimento ínfimo – não consegui entender
muito bem esta nova informação, tendo em vista que a barragem rompida se
encontra localizada à montante da barragem de Santarém. E, com o rompimento da
primeira, a estrutura da segunda represa (Santarém), fatalmente, seria abalada mediante o fluxo intenso e
turbulento da lama, como é bastante visível no vídeo acima, compartilhado e, em outros, disponíveis na Internet.
Contrariamente, ao referido Portal de notícias, a quase totalidade dos meios de comunicação, confirmam o
rompimento de duas barragens, a do Fundão e de Santarém.
Considerando estes novos dados, o volume de rejeitos de
mineração liberados no acidente passou de 62 milhões para 55 milhões de metros cúbicos,
o que equivale a 55 bilhões de litros
ou mais de 20 mil
piscinas olímpicas cheias.
De acordo com as últimas notícias, tanto a barragem de Germano quanto
a de Santarém apresentam riscos de rompimento e, por isso, ambas estão sendo
monitoradas e as empresas responsáveis confirmaram intervenções emergenciais para
assegurar a estabilidade das mesmas, a fim de se evitar novo desastre ambiental
na área.
Com o rompimento da barragem, a força do material de rejeito destruiu
não só o distrito de Bento Rodrigues,
como afetou outros da cidade de Mariana (Paracatu, Pedras, Ponte do Gama, Bicas
e Campinas), os distritos de Barretos e Gesteiras, em Barra Longa, assim como
as cidades do Rio Doce e Santa Cruz do Descalvado e outros, levado pelo curso do rio Doce.
Escoada e misturada às águas do referido rio, a lama já
chegou ao Espírito Santo, atingindo as cidades de Regência, Linhares, Baixo
Gandu e Colatina.
Segundo, especialistas na área ambiental, os distritos de
Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo devem se transformar em desertos de lama.
Ainda não há informações precisas quanto às causas
do rompimento da barragem. Sabe-se, no entanto, que houve registro de,
pelo menos, dois tremores de terra (sismos) de baixa magnitude na
área, no mesmo dia, cerca de duas horas antes do rompimento.
Tais tremores foram confirmados tanto pelo Observatório
Sismológico da Universidade de São Paulo (USP) quanto pelo Observatório
Sismológico da Universidade de Brasília (UnB), mas até o presente momento,
não se sabe se estes foram de ordem natural ou de ordem antrópica (em razão do
próprio peso e/ou desestruturação dos reservatórios de rejeitos).
O problema maior é o rastro de devastação que a enxurrada de
lama provocou em centenas de quilômetros, por onde passou, desde o ponto da
barragem que se rompeu (distrito de Bento Rodrigues) até a foz do rio Doce. Cenário
desolador que implica em danos nas esferas ambiental, social e econômica, na
maioria dos casos, irreversíveis.
Só para se ter uma ideia dos impactos ambientais que este
acidente causou e ainda poderá causar, eu listei alguns que foram mencionados pelos especialistas na área:
- Perdas materiais (residências, igrejas, escolas, postos de saúde, cemitérios, veículos etc.) e humanas (óbitos);
- Remoção total da população (desabrigados) do distrito de Bento Rodrigues, que foi varrido do mapa e que, de acordo com os especialistas, não deve voltar a ser ocupado pelo homem;
- Poluição intensa da água fluvial (águas de vários rios);
- Comprometimento da Bacia Hidrográfica do rio Doce (a quinta mais importante do Brasil);
- Alteração do pH da água dos rios;
- Interrupção do fornecimento da água às cidades das áreas atingidas, que aproveitam a água do rio Doce;
- Perda das áreas agricultáveis e de pastagem;
- Assoreamento do leito do rio Doce e outros cursos d’água (afluentes) da mesma bacia hidrográfica submetidos ao excesso de sedimentos (rejeitos);
- Mudanças (desvio) dos cursos dos rios;
- Colmatagem dos rios (entulhamento do leito e o rio seca);
- Morte de espécies da fauna (peixes, gado, capivara, entre outros) e da flora (mata ciliar, vegetação em geral);
- Interrupção da atividade pesqueira;
- Ameaça e riscos à fauna marinha após o deságue no oceano Atlântico, em razão da natureza dos sedimentos.
- Perdas materiais (residências, igrejas, escolas, postos de saúde, cemitérios, veículos etc.) e humanas (óbitos);
- Remoção total da população (desabrigados) do distrito de Bento Rodrigues, que foi varrido do mapa e que, de acordo com os especialistas, não deve voltar a ser ocupado pelo homem;
- Poluição intensa da água fluvial (águas de vários rios);
- Comprometimento da Bacia Hidrográfica do rio Doce (a quinta mais importante do Brasil);
- Alteração do pH da água dos rios;
- Interrupção do fornecimento da água às cidades das áreas atingidas, que aproveitam a água do rio Doce;
- Perda das áreas agricultáveis e de pastagem;
- Assoreamento do leito do rio Doce e outros cursos d’água (afluentes) da mesma bacia hidrográfica submetidos ao excesso de sedimentos (rejeitos);
- Mudanças (desvio) dos cursos dos rios;
- Colmatagem dos rios (entulhamento do leito e o rio seca);
- Morte de espécies da fauna (peixes, gado, capivara, entre outros) e da flora (mata ciliar, vegetação em geral);
- Interrupção da atividade pesqueira;
- Ameaça e riscos à fauna marinha após o deságue no oceano Atlântico, em razão da natureza dos sedimentos.
"A
perda de habitat é enorme, e
o dano provocado no ecossistema é
irreversível."
Ambientalista Marcus Vinicius Polignano
(coordenador do
Projeto Manuelzão)
Distrito de Bento Rodrigues:
o antes e o depois do rompimento da barragem
Reprodução/Digital Globe First Look
Fonte: UOL Notícias
Devastação geral:
o antes e o depois do rompimento da barragem
Reprodução/Digital Globe First Look
Fonte: UOL Notícias
Imagem capturada na Internet
Imagem capturada na Internet
Imagem capturada na Internet
Fontes de Consulta
. G1 (várias edições)
. Jornal O GLOBO (impresso - várias edições)
Nossa,que coisa horrível que aconteceu, quantas famílias ficaram sem nada, perderam tudo e ninguém toma atitudes cabiveis, espero que tudo por lá melhore nesse 2016
ResponderExcluir(Danielle - Turma :1801 Dilermando Cruz)
Que tristeza ter acontecido isso, deixou várias famílias desamparadas, sem lar. Destruiu lares,escolas... Muito triste ter acontecido isso. Desejo que tudo isso melhore.
ResponderExcluir(Williane Turma:1803 Dilermando Cruz)