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Fonte: Filmes para Download
No dia 24 de maio, os alunos das Turmas 1901 e
1903 (E.M. Dilermando Cruz) assistiram ao filme “Mississipi em Chamas”, longa-metragem
baseado em fatos reais, na década de 60, nos EUA, acerca da segregação racial dos
estados do Sul contra a população negra e as atividades da Ku Klux Klan.
A escolha do filme se deu em razão do seu contexto e do desaparecimento de três jovens ativistas do movimento dos direitos
civis, sendo um deles negro.
O racismo em foco e a exclusão dos negros e os
seus descendentes, materializados nas atitudes e pensamentos da população branca,
na época, tem por base todo um processo histórico e cultural consolidado desde
o período da escravidão e, sobretudo, no pós-abolição nos estados do Sul do
Estados Unidos, cuja colonização foi de Exploração e o negro africano foi
introduzido como mão-de-obra escrava. Daí a questão cultural enraizada, sociedade
branca escravocrata, a partir da imagem negativa do negro e seus descendentes
(racismo).
Antes da abolição dos escravos nas colônias do Sul,
ocorrida em 1863, os líderes sulistas (políticos e proprietários de escravos) pediram
pela secessão do Sul dos EUA (movimento separatista), na intenção de
emancipar-se do resto da União e constituir os Estados Confederados da América, sendo conhecidos, também, como os Confederados ou Sul.
A Carolina
do Sul foi o primeiro estado a emancipar-se, em dezembro de 1860, seguida –
logo depois – pela Geórgia, Alabama, Flórida, Louisiana e Mississippi, sendo repudiado pelos estados
anti-escravagistas do Norte.
Bandeiras dos Confederados do Sul
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Fonte: Hoje em Dia
Esse embate, entre estados escravagistas do Sul e
os não-escravagistas do Norte, desencadeou a Guerra Civil Americana ou Guerra
de Secessão, no período de 1861 a 1865. Com a vitória dos Norte, foi
assinada a abolição dos escravos e, também, iniciou-se um processo de
reconstrução, inclusive, na tentativa de garantir direitos civis aos escravos
libertos. Porém, esse processo não foi fácil, sendo longo e perverso aos ex-escravos e
seus descendentes, os quais foram marginalizados e segregados no âmbito da
sociedade sulista.
Evidentemente que os ex-confederados (maior parte
da população sulista) repudiavam a situação de tê-los como membros da sociedade
civil. Esse pensamento preconceituoso e racista, perdurou por séculos, assinalando
nos estados do Sul uma forte segregação racial, expressa e legitimada em
lugares públicos por meio da discriminação quanto ao uso e ocupação da
população branca, de um lado e, a de cor (negra), do outro.
Tais circunstâncias acerca do racismo eminente nos
estados do Sul favoreceram o surgimento de sociedades secretas, constituídas
por ex-confederados e pessoas de grande influência social, como a Ku Klux Klan
(KKK), que pregava e defendia a segregação racial, ameaçando e praticando violência
contra a população afro-estadunidense.
Fundada por um grupo de ex-oficiais
confederados, no Tennessee, no final de 1865, a Ku Klux Klan – ao longo de sua
trajetória - passou por três fases distintas, sendo em todas elas, a ideologia
de supremacia ariana e de segregação foram mantidas, seja contra os negros,
judeus, os comunistas, gays e outros grupos.
Suas vestimentas e capuz brancos serviam para
esconder a identidade dos mesmos e para aterrorizar as pessoas, assim como a
cruz em chamas.
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Fonte: Herdeiro de Aécio
No final do Século XIX (1882), a KKK foi declarada
ilegal pela Suprema Corte dos EUA, mas, no século seguinte, mais precisamente na
década de 20, ela ganhou novo impulso, com cerca de 5 milhões de membros.
Nas décadas de 50 e 60, a KKK reagiu violentamente
contra a política dos direitos civis aos negros no sul do país. Seu declínio teve
início nos anos 70, prosseguindo na década de 80, quando já não era mais considerada
uma sociedade secreta.
No esforço de se modernizar e manter-se em posição
ofensiva contra a população afro-estadunidense e outros grupos, alguns membros
dispersos passaram a atuar como organização de extrema-direita (ligadas ou não
ao neonazismo).
Sob esse contexto, o referido filme aborda um fato
verídico que aconteceu no estado do Mississipi e, que teve maior repercussão
nacional acerca das violações dos direitos civis da população negra e as ações
da Ku Klux Klan na cidade, a partir do desaparecimento e assassinado de três
jovens ativistas (dois brancos e um negro) e o envolvimento de dois agentes do
FBI (e sua equipe) na investigação do
caso.
Pastor e Líder Ativista dos Direitos Civis nos EUA
Martin Luther King
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Fonte: Herdeiro de Aécio
O carro dos jovens
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Fonte: Herdeiro de Aécio
O tempo do filme é longo, o
que me obrigou a passá-lo nos tempos iniciais do turno (seguidos), antes do
intervalo do recreio. O professor de História, João Carlos, me acompanhou na exibição
do mesmo, tendo em vista que ele também leciona nas duas turmas.
Ficha Técnica do Filme
Título Original: Mississippi Burning
Gênero: Drama/Suspense
Tempo de Duração: 127 minutos (2h
07 min)
Ano de Lançamento (EUA): 1988
Direção: Alan Parker
Imagens do filme
(diversas fontes)
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