Somália
Imagem capturada na Internet
Fonte: IstoÉ
Dando prosseguimento ao artigo sobre os atentados
terroristas na Somália...
Como mencionei anteriormente, no ranking dos
países com mais registros de ataques terroristas no mundo, definido em 2016 e publicado
pelo Global Terrorism Index, a Somália
aparece entre os dez primeiros países, ocupando a sétima posição, estando atrás do Iraque, Afeganistão, Nigéria, Paquistão, Síria e Iêmen.
Mas, por que os recentes ataques terroristas
ocorridos, este mês, em Mogadíscio, capital da Somália, não tiveram tanta
repercussão nas mídias quanto a outros atentados no Ocidente que aconteceram,
por exemplo, em algum país europeu ou em território estadunidense (EUA)?
Por que os atentados terroristas praticados em diferentes países do mundo recebem tratamento internacional distinto? Sobretudo, das mídias?
Perguntas estas, que deixam qualquer pessoa encasquetada quando se depara com ambas, as situações. Ainda mais sabendo que, a discrepância entre os números de mortos e de feridos é muito grande, quando comparados. Não dá para entender... Ou dá?
Só para se ter uma ideia, no ano passado (2016), mais de 34.000 pessoas morreram em consequência dos mais de 13.400 ataques terroristas registrados no mundo inteiro no mesmo período. Entre essas vítimas fatais, inclui-se as mais de 11.600 mortes por agressões.
No entanto, pouco soubemos desses quantitativos alarmantes (ataques versus mortos), capazes de assombrar a qualquer um. E um dado interessante fornecido por esse levantamento, realizado e publicado pela Universidade de Maryland, EUA (START Background Report), no mês de agosto passado, é que, apesar dos atentados terroristas tenham sido registrados em 108 países, geograficamente, sua concentração, tanto em termos de ataques (87%) e mortes (97%), deu-se na Ásia (Oriente Médio e Sul da Ásia) e na África (África Subsaariana e norte do continente africano), ou seja, em países subdesenvolvidos.
Por que os atentados terroristas praticados em diferentes países do mundo recebem tratamento internacional distinto? Sobretudo, das mídias?
Perguntas estas, que deixam qualquer pessoa encasquetada quando se depara com ambas, as situações. Ainda mais sabendo que, a discrepância entre os números de mortos e de feridos é muito grande, quando comparados. Não dá para entender... Ou dá?
Só para se ter uma ideia, no ano passado (2016), mais de 34.000 pessoas morreram em consequência dos mais de 13.400 ataques terroristas registrados no mundo inteiro no mesmo período. Entre essas vítimas fatais, inclui-se as mais de 11.600 mortes por agressões.
No entanto, pouco soubemos desses quantitativos alarmantes (ataques versus mortos), capazes de assombrar a qualquer um. E um dado interessante fornecido por esse levantamento, realizado e publicado pela Universidade de Maryland, EUA (START Background Report), no mês de agosto passado, é que, apesar dos atentados terroristas tenham sido registrados em 108 países, geograficamente, sua concentração, tanto em termos de ataques (87%) e mortes (97%), deu-se na Ásia (Oriente Médio e Sul da Ásia) e na África (África Subsaariana e norte do continente africano), ou seja, em países subdesenvolvidos.
Será que não é sob este aspecto, estritamente
econômico, que reside a razão do descaso e da falta de interesse em tratar
seriamente os inúmeros ataques terroristas nesses países, justamente, da Ásia e
da África? Tal como aconteceu com a Somália, país africano, que teve o pior
atentado terrorista de sua história no último dia 14 deste mês?
Por isso, não será o fator econômico que rege o
jogo de interesse por detrás das manchetes dos principais meios de comunicação
(jornais, revistas, Internet etc.)?
Se a Nova Ordem Mundial estabelecida, após
o fim da Guerra Fria (início dos anos 90 do Século XX), substituiu o poder militar pelo poder econômico e financeiro,
não há dúvidas quanto a isso...
Vejamos, por exemplo, outro fato que nos chama a
atenção em relação às manchetes do jornalismo. Consisti no caso dos refugiados
da Síria, que agrega - como principais
fatores da migração - a guerra civil instalada no país em 2012 e, também, as atrocidades
praticadas pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI). A Síria ocupa a quinta
posição no mesmo ranking publicado pelo Global Terrorism Index.
As repercussões nas mídias acerca dos fluxos de refugiados sírios na Europa passaram e passam, ainda, a ideia que
o continente europeu é o que mais recebeu e recebe a população síria em busca de
refúgio.
Sírios chegaram à ilha grega de Lesbos
Imagem capturada na Internet
As imagens foram emblemáticas quanto a isso, quando - na verdade – os
próprios países vizinhos do Oriente Médio é que receberam o maior quantitativo,
como a Turquia, o Líbano e a Jordânia, que mantêm suas fronteiras abertas e
ainda recebem os refugiados sírios.
O interesse nesse tipo de abordagem, em sua
divulgação e de sua própria ênfase condiz aos efeitos que tais ações implicam
no mundo dos negócios, no sistema financeiro, colocando em risco o crescimento econômico
dos países envolvidos.
No entanto, segundo Erin Miller - diretora de programas da Global Terrorism Database
– as razões para tais manchetes, ou seja, aos destaques nas mídias dos casos de
ataques terroristas registrados em países do Ocidente decorrem por estes serem atípicos nessas áreas, ao contrário, do
que parece “corriqueiro” (grifo meu) no Oriente
Médio.
(BBC Brasil).
Mas, ela reconhece a maioria dos "ataques
terroristas" que ocorreram no mundo, no ano passado, se concentraram tanto na Ásia
(Oriente Médio e Sul da Ásia) quanto na África (África Subsaariana e norte do
continente africano).
Os atentados terroristas registrados nos países do
Ocidente, segundo dados de 2016 da Global
Terrorist Data-base, representaram apenas 2,5% de todos os ocorridos no
mundo no mesmo período.
A verdadeira razão não está no fato de ser algo atípico no Ocidente... E o número de vidas que são perdidas, também, não requer tratamento distinto, um maior interesse por parte das autoridades e mídias internacionais?
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