Nuvem Cumulonimbus
Foto do meu acervo particular
Na 2ª feira passada (25/02), muitos moradores da Zona Norte da
cidade do Rio de Janeiro presenciaram um tipo de precipitação, a chamada “chuva de pedra”, ou melhor, chuva de granizo.
Em razão disso e do conteúdo que está sendo trabalhado, eu
aproveitei para sondar, os meus alunos do Ensino Médio e, também, do Ensino
Fundamental II, acerca de uma situação muito comum entre as pessoas, que é a confusão
que existe quanto ao termo certo: granizo
ou granito.
Como era de se esperar, todas as turmas, com exceção de uma
(em um total de nove classes), as opiniões se dividiram.
Na verdade, as expressões granizo e granito são muito
parecidas e, por isso, causam certa dúvida. Elas são classificadas como palavras parônimas, isto é, são palavras
escritas e pronunciadas de forma parecida, cujos significados são distintos.
Já ciente que eu iria encontrar esse resultado, levei uma
amostra de granito (rocha magmática) a fim de esclarecer e acabar com as possíveis dúvidas.
Granito
Foto do meu acervo particular
(a mesma mostrada aos alunos)
A precipitação de granizo provoca grandes prejuízos tanto nas áreas rurais (nas lavouras) quanto nas áreas urbanas (danos materiais) como,
por exemplo, estragos em telhados ou vidraças de residências e lojas.
Esse tipo de precipitação (granizo) está associado às
condições de altas temperaturas (muito
quente) e
de umidade do ar elevada, sendo –
por isso – de ocorrência mais comum nas regiões
equatoriais e tropicais. Daí ela não ocorrer nas regiões polares.
No entanto, ela pode cair - de forma rara - em outras regiões
(extratropicais e temperadas), como já houve registros, segundo especialistas.
O granizo é formado
no interior da nuvem “cumulonimbus”, mais conhecida como
nuvem de temporais, a qual é responsável, também, pelos relâmpagos e trovões,
além das fortes chuvas.
Os tornados também
se encontram associados às nuvens cumulonimbus.
Imagem capturada na Internet
Fonte: Jornal Estado de Minas
Essas nuvens se desenvolvem verticalmente e, em seu estágio
maduro, quando atinge altitudes mais altas da atmosfera, os ventos horizontais
são responsáveis pelo aumento do seu comprimento e, também, pelo formato de uma
bigorna em seu topo.
Em seu interior ocorrem intensas correntes ascendentes e descendentes (correntes verticais), cujas gotas
de água se congelam ao atingirem as camadas mais elevadas da nuvem, onde as
temperaturas são negativas. A sua base permanece constituída por gotículas
d'água, enquanto o seu topo é composto de cristais de gelo.
Com o aumento do gelo, em seu interior, a nuvem fica pesada, precipitando
as pedras de gelo em direção à superfície terrestre, ou seja, provocando a queda
de granizo.
Granizo
Foto do meu acervo particular
Só para se ter uma ideia das condições atmosféricas do tempo,
na 2ª feira (25/02), a temperatura já era bem elevada desde o início da manhã,
apresentando uma sensação térmica em torno de 46ºC por volta das 7h00.