sexta-feira, 1 de março de 2019

Chuva de Granizo


Nuvem Cumulonimbus
Foto do meu acervo particular
 
Na 2ª feira passada (25/02), muitos moradores da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro presenciaram um tipo de precipitação, a chamada “chuva de pedra”, ou melhor, chuva de granizo.
 
Em razão disso e do conteúdo que está sendo trabalhado, eu aproveitei para sondar, os meus alunos do Ensino Médio e, também, do Ensino Fundamental II, acerca de uma situação muito comum entre as pessoas, que é a confusão que existe quanto ao termo certo: granizo ou granito.
 
Como era de se esperar, todas as turmas, com exceção de uma (em um total de nove classes), as opiniões se dividiram.
 
Na verdade, as expressões granizo e granito são muito parecidas e, por isso, causam certa dúvida. Elas são classificadas como palavras parônimas, isto é, são palavras escritas e pronunciadas de forma parecida, cujos significados são distintos.
 
Já ciente que eu iria encontrar esse resultado, levei uma amostra de granito (rocha magmática) a fim de esclarecer e acabar com as possíveis dúvidas.
 
Granito
Foto do meu acervo particular
(a mesma mostrada aos alunos)
 

A precipitação de granizo provoca grandes prejuízos tanto nas áreas rurais (nas lavouras) quanto nas áreas urbanas (danos materiais) como, por exemplo, estragos em telhados ou vidraças de residências e lojas.
 
Esse tipo de precipitação (granizo) está associado às condições de altas temperaturas (muito quente) e de umidade do ar elevada, sendo – por isso – de ocorrência mais comum nas regiões equatoriais e tropicais. Daí ela não ocorrer nas regiões polares.
 
No entanto, ela pode cair - de forma rara - em outras regiões (extratropicais e temperadas), como já houve registros, segundo especialistas.
 
O granizo é formado no interior da nuvem “cumulonimbus, mais conhecida como nuvem de temporais, a qual é responsável, também, pelos relâmpagos e trovões, além das fortes chuvas.
 
Os tornados também se encontram associados às nuvens cumulonimbus.
 
 Imagem capturada na Internet
 
Essas nuvens se desenvolvem verticalmente e, em seu estágio maduro, quando atinge altitudes mais altas da atmosfera, os ventos horizontais são responsáveis pelo aumento do seu comprimento e, também, pelo formato de uma bigorna em seu topo.
 
Em seu interior ocorrem intensas correntes ascendentes e descendentes (correntes verticais), cujas gotas de água se congelam ao atingirem as camadas mais elevadas da nuvem, onde as temperaturas são negativas. A sua base permanece constituída por gotículas d'água, enquanto o seu topo é composto de cristais de gelo.
 
Com o aumento do gelo, em seu interior, a nuvem fica pesada, precipitando as pedras de gelo em direção à superfície terrestre, ou seja, provocando a queda de granizo.
 
Granizo
Foto do meu acervo particular
 
Só para se ter uma ideia das condições atmosféricas do tempo, na 2ª feira (25/02), a temperatura já era bem elevada desde o início da manhã, apresentando uma sensação térmica em torno de 46ºC por volta das 7h00.

Às 13h15, a sensação térmica sensação térmica registrada no bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste, foi recorde (a maior deste ano, 53,5°C, segundo o Alerta Rio. E, por volta de 14h, de acordo com a Infraero, a temperatura marcava 37°C, sendo a sensação térmica de 50°C no Aeroporto de Jacarepaguá.



Fontes de Consulta
 

Um comentário:

  1. Na minha casa a janela voou com essa chuva, na do meu vizinho as telhas foram todas pelo ar

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