domingo, 2 de maio de 2021

Atualizando: Pandemia da Covid-19 no Brasil e no Mundo

 
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Fonte: Pixabay

Mesmo a Índia estando no centro das atenções e das notícias devido ao aumento e recorde mundial de novos casos diários da Covid-19, inclusive, tendo ultrapassado o Brasil no ranking de casos diagnosticados com a doença, o quadro do nosso país está longe de despertar, em nós, uma ponta de orgulho seja pelas políticas de tratamento preventivo à Pandemia (incluindo neste, a Campanha de vacinação) seja pelo comportamento irresponsável de uma parcela significativa de nossa população, que insiste em não seguir as medidas preventivas.  

Se, por um lado, a Índia passou o nosso país e, agora, ocupa o 2° lugar na listagem dos países com mais casos confirmados da Covid-19 (o Brasil passou para o 3° lugar), nas estatísticas dos números de óbitos, a mesma se encontra na 4ª posição, enquanto o Brasil se mantém na 2ª colocação. Em ambos os dados estatísticos, os EUA lideram os rankings.  

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Fonte: Link abaixo

De acordo com os dados de hoje, 02/05/2021 (17:20) divulgados no Mapa Interativo da Universidade John Hopkins, os 10 países que lideram ambas as estatísticas são:  

. CASOS CONFIRMADOS da Covid-19

1°. Estados Unidos (32.417.394)

2°. Índia (19.557.457)

3°. BRASIL (14.725.975)

4°. França (5.713.393)

5°. Turquia (4.875.388)

6°. Rússia (4.768.476)

7°. Reino Unido (4.435.831)

8°. Itália (4.044.762)

9°. Espanha (3.524.077)

10°. Alemanha (3.425.865)

 

 . ÓBITOS causados pela Covid-19 ou por complicações desta:

1°. EUA (577.010)

2°. BRASIL (406.437)

3°. México (217.168)

4°. Índia (215.542)

5°. Reino Unido (127.796)

6°. Itália (121.177)

7°. Rússia (109.011)

8°. França (104.980)

9°. Alemanha (83.215)

10°. Espanha (78.216)

No mundo todo são mais de 32 milhões de pessoas diagnosticadas com Covid-19 e quase de 3,2 milhões de óbitos.

Por detrás dos números do nosso país, como estamos cansados de saber, se encontram, entre outros fatores:

- O discurso negacionista de muitos governos (diferentes instâncias de poder) quanto à gravidade da Pandemia, sobretudo, do nosso presidente;

- Os entraves e atrasos quanto aos trâmites para aquisição de vacina contra a Covid-19;

- Situação política, de planejamento e logística marcada por corrupção e desvio de dinheiro às custas da conjuntura pandêmica do país;

- Colapso na rede hospitalar em muitos estados e capitais, com falta de leitos na UTI, de insumos hospitalares, equipamentos e recursos humanos;

-  Campanha de Vacinação lenta e com atraso, sobretudo, por falta de doses da vacina;

- Parcela da população, principalmente, de jovens ignorando e desrespeitando as medidas preventivas, provocando aglomerações nas ruas, nas praias, nas festas clandestinas, em bares etc.  

Daí a CPI da Covid, em vigor, que pretende apurar as ações e omissões do Governo Federal durante o período de enfrentamento à Pandemia da Covid-19. 

Vale ressaltar quanto aos rankings que são divulgados nas mídias que, é claro que há grandes diferenças entre os países, as quais interferem na mensuração de sua posição nestes rankings, bem como em outros associados à conjuntura pandêmica. 

Por isso, devemos levar em conta, na análise de um determinado país, não só o seu nível desenvolvimento, como a sua extensão territorial e o tamanho da população (população absoluta). 

Daí, como afirma FIGUEIREDO, em seu artigo na Revista Veja, a análise dos dados da pandemia por grandeza proporcional do país (referida em percentagem) mostra-se mais justa e fiel à realidade, sobretudo, quando são feitas comparações entre países, totalmente, discrepantes.  

No referido artigo, FIGUEIREDO cita – como exemplo – a comparação dos dados de Israel com a China e Índia, quando o primeiro tem menos de 10 milhões de habitantes, enquanto que as duas são as nações mais populosas do mundo, tendo cerca de 1,4 bilhão de habitantes cada uma.  

É por isso que, muitas das vezes, aparecem nas mídias interpretações diferentes quanto aos dados da pandemia em países do mundo.  

Como referência para este tipo de análise, por grandeza proporcional, FIGUEIREDO aponta os sites de estatística Worldometer e Our World in Data 

Segundo o Worldometer, o Brasil é 13º colocado em mortes por milhão de habitantes – destacadamente o pior da América Latina em números proporcionais e também em números absolutos, com mais de 406 mil óbitos. Ele está melhor que um dos países mais industrializados da Europa, a Itália, que se encontra em 12º lugar, e pior que os Estados Unidos, no momento em 17º. O número 1 em mortes por milhão é a Hungria e, na América do Sul, depois do Brasil, encontram-se Peru (15º), Colômbia (28º) e Argentina (30º). A Índia, atual foco de atenção, está em 117º lugar e a China, de onde provavelmente se originou o vírus, em 195º. (...)”  

Em relação à Campanha de vacinação, o Brasil se encontra em 11º lugar, com 13,71% da população já imunizada, ao menos, por uma dose da vacina. Tendo uma população em torno de 213 milhões, isso significa que 29 milhões de pessoas já foram vacinadas.  

Mas, esses dados ainda não nos deixam em uma situação segura e confortável, pois para conter a pandemia é preciso, segundo os especialistas, que ao menos 70% da população esteja imunizada. Só assim, o vírus vai circular menos no país, deixando de ser replicado.  

De acordo com os dados apresentados pelo Our World in Data e citado na Revista Veja, Israel aparece na 1ª posição no ranking dos países com maior porcentagem da população vacinada, apresentando mais de 60% de seus habitantes imunizados. Na América Latina, o Chile é o melhor colocado, estando em 4º lugar no cenário mundial.  

Entre as grandes economias, com quase 44% de sua população imunizada, os EUA lideram (3º lugar no ranking geral). Em território estadunidense foram mais de 145 milhões de pessoas imunizadas com, pelo menos, uma dose da vacina.  

É claro que há países em pior situação que o nosso, mas o maior problema que temos que enfrentar, junto com a Pandemia da Covid-19, é a banalização atribuída à pandemia que muitos ratificam, explicitamente e/ou implicitamente, em seus discursos e em suas condutas diárias.

Fontes

 . Especialistas calculam mínimo necessário de pessoas imunizadas para conter a Covid – Jornal Nacional 

. Números proporcionais revelam a real posição do Brasil na pandemia – Veja 

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