Infelizmente, as notícias não são boas, mas também não poderíamos esperar outra coisa mediante a postura e a política do governo federal, de outras instâncias de governação e, muito menos, de uma grande parcela da população brasileira que insiste em descumprir as medidas protetivas contra a Pandemia do Novo Coronavírus (SARS-CoV2), seguindo a vida como se não houve mais os riscos de contaminação.
Ontem, 19 de junho, o nosso país atingiu a marca de 500 mil mortes em decorrência da Covid-19. Ontem mesmo, esse número havia aumentado, chegando a 500.800 óbitos (dados registrados e mantidos até hoje, às 9:21).
Das 27 Unidades Federativas do
Brasil, 11 (onze) estados
apresentam taxas altas de óbitos, a
saber por região:
. Região Norte (3): Amapá, Roraima e Rondônia;
. Região Nordeste (2): Ceará e
Paraíba;
. Região Sul (2): Paraná e
Rio Grande do Sul;
. Região Sudeste (3): Minas
Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo;
. Região Centro-Oeste (1): Goiás.
- 13 (treze) estados
e o Distrito Federal apresentam taxas estáveis de mortes pela Covid-19, a
saber:
. Região Norte (3): Amazonas, Pará, Tocantins;
. Região Nordeste (6): Alagoas,
Bahia, Pernambuco, Sergipe, Maranhão e Piauí;
. Região Sul (1): Santa
Catarina;
. Região Centro-Oeste (3): Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal.
E apenas 03 (três) apresentam índices em queda:
. Região Norte (1): Acre (-29%);
. Região Nordeste (1): Rio
Grande do Norte (-26%);
. Região Sudeste (1): Espírito
Santo (-41%).
O Governo Federal tenta, de todas as formas, dificulta o acesso às informações, mantém sua postura negacionista à gravidade da nossa atual conjuntura pandêmica e, com isso, transmitindo uma imagem errônea e não condizente com a realidade do nosso país para muitos brasileiros.
Além de todas as polêmicas envolvendo o uso de medicamentos não comprovados cientificamente na eficácia de combate ao Novo Coronavírus, ao incentivo deliberado ao tratamento precoce, a falta de apoio e solidariedade às pessoas e famílias vítimas da Covid-19, bem como aos agentes de Saúde que lidam direta e/ou indiretamente com estes pacientes e com o vírus, o governo limitou e dificultou o acesso aos dados acerca da Pandemia. Tal medida só vem a contribuir para a desinformação geral da população e servir como estratégia de manipulação de opiniões, enveredando pelas inverdades acerca do contexto em si.
Com isso, alguns veículos de comunicação, tais como o UOL, O Globo, o G1, o Extra, O Estado de S. Paulo e a Folha de S. Paulo se uniram e formaram um consórcio, visando divulgar informações oficiais acerca da Pandemia do Novo Coronavírus (SARS-CoV2), tomando por base os dados das Secretarias Estaduais das 27 (vinte e sete) Unidades da Federação (26 estados e o Distrito Federal).
Todos os setores e segmentos da nossa sociedade se encontram divididos... Graças a Deus, sua política e comportamento não são aprovados por todos, pelo contrário!
Ontem, antes mesmo da divulgação do número estarrecedor de mortes pela Covid-19 no país (500 mil), muitos manifestantes se reuniram e foram às ruas protestar contra o Governo Federal em todo o território nacional, assim como reivindicar a vacinação para toda a população, contra os cortes na Educação e os atos do presidente na conjuntura que vivemos com a pandemia do Novo Coronavírus.
De uma forma geral, os principais slogans eram os mesmos: “Fora Bolsonaro!”, “Fora genocida!”, “Vacina para todos!” ...
Segundo AgoraRN, o presidente usou o Twitter em resposta aos protestos em
todo o país, fazendo uso de um vídeo com
a manifestação de poucas pessoas, registrada na cidade
de Paranaguá, no Paraná.
Debochando e, em tom de menosprezo, o presidente digitou na referida rede social: “Manifestação contra Bolsonaro fecha rua e paralisa o centro de Paranaguá/PR” e, logo abaixo, postou o respectivo vídeo.
Ele foi criticado pelos internautas por ter escolhido, intencionalmente, o vídeo em questão. Sua escolha foi, justamente, para passar a ideia de baixo impacto da mobilização de poucas pessoas contra a sua gestão. Mas, ontem, os principais meios de comunicação mostraram – claramente – a dimensão dos protestos em todo território nacional.
Não há como continuarmos assim... Em termos absolutos, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking dos países com maior número de mortes por Covid-19 no mundo, sendo apenas superado pelos Estados Unidos, que somam 601.741 óbitos (Mapa Interativo).
Levando em consideração o tamanho da nossa população, ele é o 8º país no ranking mundial, com 2.347 mortes por milhão de habitantes.
Tem como duvidar de quem é a
principal responsabilidade por este cenário em nosso país? Por mais que muitos
neguem, não há como não ter essa certeza!
Fontes:
. Bolsonaro debocha de protestos contra governo e compartilha vídeo com poucas pessoas; “Manifestação fecha rua” - AgoraRN
. LOPES, Sophia. Com 500 mil vítimas da covid, Brasil é o 8º
país com mais mortes por milhão – Poder 360
. Manifestantes fazem atos contra Bolsonaro e a favor da vacina em todos os estados e no DF – G1
. PORTO, Douglas, BAPTISTA, Sara e ESPINA, Ricardo. Brasil ultrapassa 500 mil mortes por covid-19 – Viva Bem UOL
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