sábado, 1 de abril de 2023

1° de Abril: Dia da Mentira

 

Imagem capturada na Internet
Fonte: Pixabay

Já foi tempo que eu adorava pregar uma peça nos colegas, alunos ou familiares no dia 1° de abril, considerado o “Dia da Mentira”. Mas, devo confessar que, também, caí muito com as mentiras dos outros do tipo: “Peguei, primeiro de abril! ” 

Como hoje, 1° de Abril, é o Dia da Mentira, vou reproduzir o artigo que eu publiquei há 14 anos acerca da origem deste dia. 

Na verdade, trata-se da transcrição de um artigo de Tatiane Leal, publicado na Revista Ciência Hoje das Crianças (n° 186, abril de 2009). 

Hoje, procurei o link da mesma e não a encontrei, nem mesmo no site da respectiva Revista. Não sei se é pelo fato da data ser muito antiga... 

O que a maioria não sabe é que o Dia da Mentira tem tudo a ver com o Ano Novo...

 

Transcrição do artigo publicado... 

Feliz primeiro de abril! Feliz ano novo? 

A instituição de primeiro de abril como o dia da mentira tem suas raízes na celebração do ano novo. Ué, mas o ano novo não começa no dia primeiro de janeiro? Pois é. Só que nem sempre foi assim. 

Antigamente, o ano novo era celebrado em março, no dia em que ocorre o chamado equinócio. Nessa data, a posição do Sol em relação à Terra faz com que a duração do dia seja igual à da noite. Esse fenômeno ocorre em 21 de março – ou 22, nos anos bissextos – e marca o início da primavera no hemisfério Norte e do outono no hemisfério Sul. 

No passado, o final de março era marcado por uma série de festividades que faziam a despedida do ano velho. O primeiro dia útil do ano ficava sendo, então, o primeiro de abril. Viu como era diferente?

 

Um nó na cabeça!

Mas onde entra a parte da mentira nessa história? Imagine só: você certamente está acostumado a celebrar o ano novo na passagem de 31 de dezembro para primeiro de janeiro. De repente, um comunicado avisa que a festa foi transferida para junho. Não ia dar uma confusão na sua cabeça? Pois foi mais ou menos isso o que aconteceu! 

No ano 44 antes de Cristo, foi elaborado o calendário juliano, no Império Romano. Uma das mudanças instituídas por ele foi a transferência do início do ano para primeiro de janeiro. Só que, na prática, não foi bem isso o que aconteceu. “Como a informação não circulava, cada aldeia fazia do seu jeito e muita gente continuou a celebrar o ano novo em primeiro de abril”, conta o astrônomo Alexandre Cherman, da Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro. 

Já em 1582, o papa Gregório XVIII ordenou que passasse a ser utilizado o calendário gregoriano. Nele, o ano novo também era celebrado em janeiro. Mas, dessa vez, a teoria iria ser posta na prática, pois um decreto do rei da França deixou bem claro: o ano novo deveria passar a ser festejado em janeiro.

 

O dia dos tolos

Só que algumas pessoas continuaram insistindo em manter a celebração em primeiro de abril. Começaram a ser chamadas de tolos. Muitos debochavam delas, já que agora o primeiro de abril era uma grande mentira! Por causa disso, a data ficou conhecida como o dia da mentira ou o dia dos tolos, como é chamada nos países de língua inglesa. 

Com o passar do tempo, desenvolveu-se o hábito de pregar peças e contar mentiras no dia primeiro de abril nos países da Europa e nos colonizados por europeus, como o Brasil.


Imagem: Revista Ciência Hoje das Crianças
N° 186 (abril de 2009)

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