Imagem capturada na Internet Fonte: Pixabay |
Já foi tempo que eu adorava pregar uma peça nos colegas, alunos ou familiares no dia 1° de abril, considerado o “Dia da Mentira”. Mas, devo confessar que, também, caí muito com as mentiras dos outros do tipo: “Peguei, primeiro de abril! ”
Como hoje, 1° de Abril, é o Dia da Mentira, vou reproduzir o artigo que eu publiquei há 14 anos acerca da origem deste dia.
Na verdade, trata-se da transcrição de um artigo de Tatiane Leal, publicado na Revista Ciência Hoje das Crianças (n° 186, abril de 2009).
Hoje, procurei o link da mesma e não a encontrei, nem mesmo no site da respectiva Revista. Não sei se é pelo fato da data ser muito antiga...
O que a maioria não sabe é que o Dia da Mentira tem
tudo a ver com o Ano Novo...
Transcrição do artigo publicado...
Feliz primeiro de abril! Feliz ano novo?
A instituição de primeiro de abril como o dia da mentira tem suas raízes na celebração do ano novo. Ué, mas o ano novo não começa no dia primeiro de janeiro? Pois é. Só que nem sempre foi assim.
Antigamente, o ano novo era celebrado em março, no dia em que ocorre o chamado equinócio. Nessa data, a posição do Sol em relação à Terra faz com que a duração do dia seja igual à da noite. Esse fenômeno ocorre em 21 de março – ou 22, nos anos bissextos – e marca o início da primavera no hemisfério Norte e do outono no hemisfério Sul.
No passado, o final de março era marcado por uma série de festividades que faziam a despedida do ano velho. O primeiro dia útil do ano ficava sendo, então, o primeiro de abril. Viu como era diferente?
Um nó na cabeça!
Mas onde entra a parte da mentira nessa história? Imagine só: você certamente está acostumado a celebrar o ano novo na passagem de 31 de dezembro para primeiro de janeiro. De repente, um comunicado avisa que a festa foi transferida para junho. Não ia dar uma confusão na sua cabeça? Pois foi mais ou menos isso o que aconteceu!
No ano 44 antes de Cristo, foi elaborado o calendário juliano, no Império Romano. Uma das mudanças instituídas por ele foi a transferência do início do ano para primeiro de janeiro. Só que, na prática, não foi bem isso o que aconteceu. “Como a informação não circulava, cada aldeia fazia do seu jeito e muita gente continuou a celebrar o ano novo em primeiro de abril”, conta o astrônomo Alexandre Cherman, da Fundação Planetário da Cidade do Rio de Janeiro.
Já em 1582, o papa Gregório XVIII ordenou que passasse a ser
utilizado o calendário gregoriano. Nele, o ano novo também era celebrado em
janeiro. Mas, dessa vez, a teoria iria ser posta na prática, pois um decreto do
rei da França deixou bem claro: o ano novo deveria passar a ser festejado em
janeiro.
O dia dos tolos
Só que algumas pessoas continuaram insistindo em manter a celebração em primeiro de abril. Começaram a ser chamadas de tolos. Muitos debochavam delas, já que agora o primeiro de abril era uma grande mentira! Por causa disso, a data ficou conhecida como o dia da mentira ou o dia dos tolos, como é chamada nos países de língua inglesa.
Com o passar do tempo, desenvolveu-se o hábito de pregar peças
e contar mentiras no dia primeiro de abril nos países da Europa e nos
colonizados por europeus, como o Brasil.
Imagem: Revista Ciência Hoje das Crianças N° 186 (abril de 2009) |
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