sábado, 8 de março de 2025

Trabalhando com Charges: Dia Internacional da Mulher

Jornada Dupla Feminina
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Fonte: Paraíba Feminina

 

Quem é meu seguidor ou foi meu aluno sabe que eu adoro trabalhar com charges 

As charges, abaixo, estão relacionadas com o Dia Internacional da Mulher (08 de março), mas algumas podem ser trabalhadas, também, no Dia Nacional da Mulher, que é comemorado no próximo 30 de abril.



























08 de Março: Dia Internacional da Mulher

 

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Fonte: Aprova Total


DIA DA MULHER 

                                   Bráulio Bessa


Um só dia.

Um só dia é muito pouco para celebrar a Mulher.

Um só poema.

Uma rosa.

Uma homenagem qualquer.

 

Palavras são muito pouco.

Não importa o que eu disser.

E mesmo assim.

Dizer é o meu dever.

 

É dever da humanidade reconhecer que a mulher,

É força.

É dignidade.

É o que é e o que quer ser.

 

E ela quer ser liberdade.

Quer ser mãe.

Quer ser artista.

Ser sozinha, aventureira.

Empresária, agricultora.

Ser juíza, sacoleira.

 

Quer ser talvez, Bossa Nova.

Mas também quer ser Funkeira.

Quer ser simples, popular.

Quer ser a joia mais cara.

Quer ser muitas e ser plural.

E ainda assim, quer ser rara.

 

Quer ser livre, corpo e mente.

Quer ser e é diferente.

E a diferença é clara.

A diferença é a força.

A garra, a resistência.

A coragem, a sabedoria.

A pressa e a paciência.

 

É tão claro e evidente.

Ser igual e diferente.

Faz parte da sua essência.

Feliz Dia Internacional da Mulher!

sexta-feira, 7 de março de 2025

Biografia Resumida de Júlio Emílio Braz, ex-aluno da E.M. Dilermando Cruz

 

Escritor Júlio Emílio Braz
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Fonte: Literafro

Seu nome é Júlio Emílio Braz, nascido em 16 de abril de 1959 (65 anos, hoje), no município de Manhumirim, em Minas Gerais. 

Aos cinco anos, ele - junto com sua família - veio para o Rio de Janeiro. Aos seis anos, aprendeu a ler sozinho folheando tirinhas dos gibis (Histórias em Quadrinhos), que sua tia Geralda (irmã de seu pai) ganhava do seu patrão e lhe presenteava.  

Sua família era muito pobre e eles não tinham TV em casa. Viam tudo somente pelo "teleburaco", ou seja, pelo buraco feito a partir de um nó da madeira da parede do barraco em que morava, na Maré. Era por este buraco que eles assistiam um pouco de televisão do vizinho.  

Em razão das condições financeiras precárias de sua família, ele também não possui nenhum registro fotográfico, pelo menos, até os vinte anos de idade 

Júlio Emílio Braz estudou o antigo Primário (Ensino Fundamental I) e o antigo Ginásio (Ensino Fundamental II) na E. M.  Dilermando Cruz. Suas matérias favoritas eram Português e História 

Embora, sua mãe fosse analfabeta, ela era uma pessoa excepcionalmente inteligente e ética. Ela se chamava Geralda, tal como a sua tia por parte de pai. Júlio Emílio Braz sempre contou com o apoio dela, a quem nunca quis desapontar e decepcionar.  

Seu gosto pela leitura e pela escrita cresceumais ainda - com o passar dos anos escolares. De acordo com o próprio escritor, citado em um artigo publicado pela Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto: 

O primeiro texto que escrevi

e que pode ser considerado literário foi aos 12 anos,

em um concurso de redação promovido pela

Rede Ferroviária Federal.

Na escola, eu era aquele aluno

que não saía da sala da diretora,

que todo dia levava bilhetinho para a mãe,

então percebi que escrevendo

poderia limpar minha barra”.

 

Apesar da matéria História ser a sua preferida, esta sua grande paixão passou a ocupar a segunda posição na escala de preferência, sendo superada pela Literatura devido ao seu entusiasmo pela leitura e, sobretudo, pela produção de textos literários.  

No Segundo Grau (atual Ensino Médio), ele fez o Curso de Contabilidade no Colégio Cardeal Leme, à noite, em Olaria. Este foi a única Unidade Escolar particular que ele estudou. De dia, ele trabalhava em Copacabana 

Após concluir o Segundo Grau, ele cursou a Faculdade de História (Licenciatura) na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, a UNIRIO 

Foi na década de 80, com 21 anos, que Júlio Emílio Braz passou a escrever profissionalmente, mas, na verdade, sua carreira de escritor começou “por um acaso” 

Quando perdeu o seu emprego de Técnico de Contabilidade, ele precisou arrumar outra forma de ganhar dinheiro. Nesta ocasião, um amigo de seu irmão sugeriu que ele oferecesse as suas histórias, já escritas, para uma editora 

E, assim, ele fez, indo na Editora Vecchi que publicava várias revistas de quadrinhos de terror e estava necessitando de roteiristas, na época. 

E foi aí que o seu perfil profissional mudou de vez...  

No início, nada foi fácil, mas, ele não desistiu, mantendo-se perseverante em seu objetivo, conseguindo - em seguida - alcançar o seu intento...  

Após a publicações de suas histórias em quadrinhos, que também foram lançadas em outros países (Portugal, Bélgica, França, Cuba e EUA), ele escreveu diversos contos de bang-bang, em formato de livros de bolso, sob 39 pseudônimos diferentes.   

Posteriormente, ele participou da equipe de sketchistas do Programa humorístico “Os Trapalhões”, da TV Globo e, em seguida, durante suas frequentes viagens a São Paulo, ele passou a se dedicar à literatura infanto-juvenil 

Suas obras estão ligadas a temas de cunho social, englobando assuntos de grande relevância, principalmente para o público jovem, como o alcoolismo, a violência, o preconceito, a pobreza, o racismo, entre outros tópicos. 

Sua verdadeira inspiração, segundo o mesmo, provém de suas leituras diárias, sejam por meio dos livros, revistas, jornais ou outros materiais, que acabam se transformando em ideias para suas novas narrativas.  

Júlio Emílio Braz, também, reconhece e enfatiza a importância da literatura produzida por afrodescendentes e explica que ela  

“é instrumento óbvio e identitário

para as gerações de negros

que apenas recentemente começaram

a se ver apresentadas e representadas

nos meios de comunicação

e no cotidiano social brasileiro,

longe do papel social de subalternidade

a que foi relegado há séculos

pela escravização de seus antepassados.”

 

Dotado de um amplo senso de humor e, ao mesmo tempo, de uma grande humildade - no sentindo de não querer se exibir como melhor que o outro - hoje, Júlio Emílio Braz é um famoso escritor de literatura infanto-juvenil, com cerca de 180 livros publicados, muitos dos quais premiados nacionalmente e internacionalmente, além de contar com publicações de seus livros, traduzidos em diferentes países. 

 

SEU CONSELHO AOS ALUNOS:

“Se você quer mesmo alguma coisa na vida, tem que se preparar de acordo com a grandiosidade do que deseja, tem que estar preparado para fracassar e recomeçar, para ouvir muitos NÃOS, pois ninguém é imprescindível até que efetivamente se torna imprescindível e isso é para poucos. Ah, e estudar um bocado, porque na mão nós só temos os dedos. ”

Recordando a Minha Mensagem e o Encerramento do Ano Letivo de 2024


Outro trabalho que realizei, no ano passado, com as minhas turmas do 8° Ano, que foi muito legal, teve a ver com a minha despedida da escola e, também, com o encerramento do Ano Letivo de 2024.  

Como já mencionei anteriormente, neste momento, encontro-me de Licença-Especial, devendo me aposentar da rede Municipal de Educação (SME/RJ) em agosto

Não queria deixar a escola sem fazer um trabalho motivacional, que ressaltasse a importância dos Sonhos de cada aluno, deles acreditarem e não desistirem dos seus planos (sonhos) mesmo diante das dificuldades.  

Para isso, fiz um levantamento, previamente, com as minhas cinco turmas, no qual perguntei a cada aluno acerca das atividades que eles praticavam em seu tempo livre e a profissão que pretendiam seguir (e o motivo do seu interesse).  

Aos que confirmaram fazer alguma atividade, cogitei a possibilidade de me enviarem, via WhatsApp, um registro fotográfico deles praticando a mesma.  

Concomitantemente, ao receber a fotografia dos alunos foi entregue um Termo de Autorização de Uso de Imagem, a ser assinado pelo responsável, já que a minha intenção era montar um grande painel com todas as fotos dos alunos.  

Além da fotografia, devidamente, identificada com o nome e a Turma do aluno, abaixo da mesma haveria a descrição de sua (s) habilidade (s) e do seu SONHO (profissão desejada).







Aqueles que afirmaram que não praticavam nenhuma atividade, eu só registrei o seu SONHO ou quando nem estes puderam me informar, adicionei as seguintes alegações: “ainda não definiu” ou “ainda não sabe”. 

No âmbito das habilidades houve, ainda, os alunos que optaram por apresentar desenhos e poesia, que foram totalmente aceitos. 

Admito que foi um trabalho muito árduo e demorado, pois muitos demoraram a entregar o material para a exposição (fotografia, desenho ou poesia), além da autorização dos responsáveis devidamente assinada. Mas, o resultado final me surpreendeu e até superou a minha expectativa... 

O trabalho em si e as fotografias dos alunos, executando as suas devidas habilidades, foram capazes de incentivar, ainda, alguns alunos a começarem alguma atividade extracurricular. 

Lembro-me muito bem de um aluno da Turma 1804 (sem citar o seu nome), que não fazia nenhum esporte ou outra atividade no seu tempo livre. Ele, ao ver as fotos de seus colegas de turma e de outras executando uma atividade, se empolgou e perguntou-me que se ele entrasse em uma academia – eu colocaria a foto dele no Painel dos Sonhos.  Eu respondi que sim, mas o alertei que fizesse alguma atividade não, simplesmente, por fazer, mas por gostar da mesma. 

Dias depois, ele veio com a novidade que havia entrado em uma academia de Jiu-jitsu e estava muito feliz. Semanas depois, ele ficou mais feliz, ainda, quando soube – por mim – que a sua foto com o instrutor de Jiu-jitsu, que me enviou, já estava no Painel. Ele correu para vê-la. Jamais vou esquecer da alegria estampada em seu rosto. 

Além de envolver os alunos neste projeto, eu também realizei uma pesquisa com alguns adultos, que foram ex-alunos da E.M. Dilermando Cruz. 

A contribuição dos relatos pessoais de cada um serviu como exemplo de como o processo de vida, de cada um, pode transcorrer, da juventude até à concretização dos seus respectivos sonhos. 

Para tal propósito, selecionei cinco pessoas, mas – infelizmente - só obtive resposta de três: dois professores da nossa Unidade Escolar (atuam há tempo até hoje) e um escritor. Todos, ex-alunos da nossa escola, como mencionei anteriormente. Cada um deixou, ainda, uma mensagem para os alunos, em geral. 

O meu objetivo principal era reforçar a não desistência dos SONHOS, mesmo diante de tantas dificuldades impostas no caminho trilhado. 

Na montagem do “Painel dos Sonhos”, usei mensagens reflexivas, a letra de um Rap sobre futebol (com link para posterior acesso à mesma), além de todo o material recebido dos alunos, dos professores e do escritor (fotografias, desenhos, poesia e biografias). 


MENSAGENS INTRODUTÓRIAS DO PAINEL

A IMPORTÂNCIA DOS SONHOS NA VIDA HUMANA

Stanley Martins Frasão 

 “ (...) quando paramos de sonhar, a vida perde parte de seu significado. Os sonhos são como combustível para nossa caminhada diária, impulsionando-nos a buscar mais, a alcançar novos patamares e a tornar realidade aquilo que imaginamos. 

Sabemos que nem todos os sonhos se realizam. É inevitável encontrar obstáculos no caminho que nos impeçam de alcançar nossos objetivos. No entanto, essa não realização não deve ser motivo para desânimo, mas sim de uma oportunidade para sonhar novamente, para buscar novos horizontes e para reinventar nossa jornada. 

(...) E mesmo diante dos fracassos, é fundamental manter viva a chama dos sonhos, porque são eles que nos guiam e nos motivam a continuar avançando, mesmo diante das adversidades. 

Enquanto houver sonhos, haverá vida, esperança e possibilidades infinitas. ” 


Em seguida, colei a letra da música “Nunca Pare de Sonhar” (Gonzaguinha), cuja letra é maravilhosa e bastante contextualizada em relação aos objetivos do meu projeto. Vejam o vídeo AQUI!


NUNCA PARE DE SONHAR (Gonzaguinha) 

Ontem um menino que brincava me falou

Que hoje é semente do amanhã

Para não ter medo que esse tempo vai passar

Não se desespere, nem pare de sonhar

 

Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs

Deixe a luz do Sol brilhar no céu do seu olhar

 

Fé na vida, fé no homem, fé no que virá

Nós podemos tudo

Nós podemos mais

Vamos lá fazer o que será

 

Ontem um menino que brincava me falou

Que hoje é semente do amanhã

Para não ter medo que esse tempo vai passar

Não se desespere, nem pare de sonhar

 

Nunca se entregue, nasça sempre com as manhãs

Deixe a luz do Sol brilhar no céu do seu olhar

 

Fé na vida, fé no homem, fé no que virá

Nós podemos tudo

Nós podemos mais

Vamos lá fazer o que será

 

Na sequência, colei as fotografias dos alunos, sob o título "HABILIDADES E SONHOS"










Após as fotos, expus a letra de um RAP que fala de FUTEBOL e do SONHO de ser JOGADOR. Escolhi este, pois a grande maioria dos alunos, sobretudo, os meninos têm o sonho de ser, um dia, jogador de futebol. Basta observar as fotos. 

Vejam o vídeo AQUI!


                ACREDITE NO SEU SONHO (FutRap)                                                                                          

O FUTEBOL é apaixonante e nos consome

Quem nunca se imaginou vivendo tudo isso aí?

Torcida do seu time querendo gritar seu nome

E até o FutRap fazendo um rap pra ti

 

Tem coisa que desperta em nós um brilho no olhar

Se chama sonho e é isso que nos move

E se você também tem esse sonho de jogar

Mostre que é capaz, corra atrás, lute e prove

 

Prove pra quem falou que você não nasceu pra isso

Prove pra quem acredita, apoia e tá contigo nisso

E o mais importante de tudo

Prove para você mesmo que você é capaz, mesmo sabendo que é difícil

 

Veja o Modric que jogava em meio à uma guerra

Veja o Kanté que recolhia recicláveis na Copa

Veja o Lukaku e todas as dificuldades que passou na infância

Quem disse que é fácil, tropa?

 

Essa é pra você que é um sonhador

Pra você que busca o seu lugar ao Sol                    BIS

O céu é o limite, mostre o seu valor

Acredite, lute e corra atrás, isso é futebol

 

O mundo do FUTEBOL não é só alegria

Desculpa, mas eu tenho que te mandar a real

É treino intenso e sacrifício todo o dia

É jogo de interesses e haters falando mal

 

Mas, nada impede se você nasceu para brilhar

Deus não te dá um fardo que não possa carregar

Então vai lá, conquiste o seu e vai além

Lembrando sempre de subir sem precisar se escalar em alguém

 

Sua família quer teu bem,

eles não são o problema

São seus maiores aliados da vida terrena

Largar os estudos, mano, não é opção

Porque até jogador precisa de Educação

 

Eu também quis ser jogador e não fui, de boa, mano

Hoje tô fazendo rap do esporte que tanto amo

Manda o aviso para os antis sem noção

Que amanhã, você pode até desistir, mas hoje não! Hoje não!

 

Tem que ter motivação, então, se animar

Quando faltar motivação

tem que ser na disciplina

Então bora treinar, se esforçar, vai à luta

Afinal, corrida hoje, vitória amanhã, meu truta!

 

Essa é pra você que é um sonhador

Pra você que busca o seu lugar ao Sol                   (BIS)

O céu é o limite, mostre o seu valor

Acredite, lute e corra atrás, isso é futebol



Continuando... Após a sequência de fotos foram colados os desenhos e uma poesia sobre racismo, de autoria da aluna Stephany Rocha de Oliveira (Turma 1802).











Com título "SONHOS E REALIZAÇÔES", as biografias do escritor Júlio Emílio Braz e dos professores Geysy Lopes (Ciências) e Alexandre da Cunha (Matemática) também foram expostas junto com suas respectivas fotos mensagens para os alunos.