sábado, 1 de março de 2025

Aniversário da Cidade do Rio de Janeiro: 460 anos

 
  Mureta da Urca: Vista do Cristo Redentor e arredores 
Imagem do acervo particular


Hoje, a cidade do Rio de Janeiro, a minha cidade, completou 460 anos. Ela foi fundada em 1º de março de 1565, por Estácio de Sá (sobrinho do Governador Geral, Mem de Sá), com o nome oficial de “cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro”, em homenagem ao rei D. Sebastião de Portugal 

Ao fundar a cidade, a intenção inicial de Estácio de Sá era afastar possíveis tentativas de invasões por nações estrangeiras, sobretudo, os franceses e os espanhóis. Estácio de Sá conseguiu expulsar os franceses. 

Ao longo dos séculos, o Rio de Janeiro desenvolveu uma grande e rica história, assim como constituiu importância estratégica para a economia e urbanização do nosso país, consolidando-se, atualmente, como uma cidade Global (ou Metrópole Mundial) de grande influência regional, nacional e internacional por seu aporte arquitetônico, de infraestrutura urbana, de serviços e tecnológica. 

No dia 27 de janeiro de 1763, o Brasil - que era colônia de Portugal - foi elevado ao status de “Vice-Reino” pela coroa Portuguesa e a sua antiga capital, Salvador (1549-1763) foi transferida, passando a ser a cidade do Rio de Janeiro (1763-1960).   

De acordo com diversas fontes bibliográficas, duas razões são consideradas como cruciais para a implementação desta mudança da capital do Brasil. 

Uma diz respeito à descoberta do ouro, diamante e outros minerais, em Minas Gerais e, com isso, o Nordeste canavieiro foi substituído por este novo eixo econômico do nosso território, na atual região Sudeste. 

O Rio de Janeiro como cidade portuária não só facilitaria o controle de todas as saídas dos materiais provenientes da mineração, como também de possíveis invasões. 

A segunda, também apontada como motivo da mudança, seria o interesse da coroa portuguesa em controlar e proteger a região sul de suas terras sul-americanas em face a possíveis disputas com a Espanha, temendo em perder suas terras para a América Espanhola (atual Argentina). 

O historiador e professor Paulo César Garcez Marins (Museu Paulista da USP), confirma isso, 

“Muitas interpretações reforçam que a transferência da capital

foi feita para fortalecer duas questões:

em primeiro lugar, o controle da saída de metais e pedras preciosas.

Outro aspecto importante é associado ao interesse maior

do governo português em controlar as relações

com a região do Prata, Buenos Aires e Sacramento”. 

Além da sua localização e função portuária, a escolha do Rio de Janeiro, segundo o historiador e professor Luiz Carlos Villalta (UFMG), também se deu em razão da cidade ter um papel relevante quanto ao tráfico negreiro. O trabalho escravo era imprescindível e fundamental para economia e para Portugal. 

Por vários séculos, a cidade entremeada entre serras e o mar, por trechos montanhosos e de restingas, evoluiu e, com esta evolução, diversos problemas surgiram... Vários, seja pela acentuada desigualdade social de sua população, seja pela especulação imobiliária devido a sua beleza geográfica, seja pela criminalidade, violência e insegurança urbana crescente. 

Não querendo ser pessimista em demasia, a nossa realidade diária não é mais um cartão-postal. Os índices de criminalidade (assaltos, roubos, tiroteios, entre outros) continuam em um patamar que impõe medo e o isolamento (dentro de casa) em muitos cidadãos cariocas.

 

Fontes:

 . LOBIANCO, Igor: História: há 260 anos, o Rio de Janeiro se tornava a capital do Brasil – ErreJota 

. Material particular

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