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Escritor Júlio Emílio Braz Imagem capturada na Internet Fonte: Literafro |
Seu nome é Júlio Emílio Braz, nascido em 16 de abril de 1959 (65 anos, hoje), no município de Manhumirim, em Minas Gerais.
Aos cinco anos, ele - junto com sua família - veio para o Rio de Janeiro. Aos seis anos, aprendeu a ler sozinho folheando tirinhas dos gibis (Histórias em Quadrinhos), que sua tia Geralda (irmã de seu pai) ganhava do seu patrão e lhe presenteava.
Sua família era muito pobre e eles não tinham TV em casa. Viam tudo somente pelo "teleburaco", ou seja, pelo buraco feito a partir de um nó da madeira da parede do barraco em que morava, na Maré. Era por este buraco que eles assistiam um pouco de televisão do vizinho.
Em razão das condições financeiras precárias de sua família, ele também não possui nenhum registro fotográfico, pelo menos, até os vinte anos de idade.
Júlio Emílio Braz estudou o antigo Primário (Ensino Fundamental I) e o antigo Ginásio (Ensino Fundamental II) na E. M. Dilermando Cruz. Suas matérias favoritas eram Português e História.
Embora, sua mãe fosse analfabeta, ela era uma pessoa excepcionalmente inteligente e ética. Ela se chamava Geralda, tal como a sua tia por parte de pai. Júlio Emílio Braz sempre contou com o apoio dela, a quem nunca quis desapontar e decepcionar.
Seu gosto pela leitura e pela escrita
cresceu – mais ainda - com o passar dos anos
escolares. De acordo com o próprio escritor, citado em um artigo
publicado pela Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto:
“O primeiro texto que escrevi
e
que pode ser considerado literário foi aos 12 anos,
em
um concurso de redação promovido pela
Rede
Ferroviária Federal.
Na
escola, eu era aquele aluno
que
não saía da sala da diretora,
que
todo dia levava bilhetinho para a mãe,
então
percebi que escrevendo
poderia
limpar minha barra”.
Apesar da matéria História ser a sua preferida, esta sua grande paixão passou a ocupar a
segunda posição na escala de preferência, sendo superada pela Literatura
devido ao seu entusiasmo
pela leitura e, sobretudo, pela
produção de textos literários.
No Segundo Grau (atual Ensino Médio), ele fez o Curso de Contabilidade no Colégio Cardeal Leme, à noite, em Olaria. Este foi a única Unidade Escolar particular que ele estudou. De dia, ele trabalhava em Copacabana.
Após concluir o Segundo Grau, ele cursou a Faculdade de História (Licenciatura) na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, a UNIRIO.
Foi na década de 80, com 21 anos, que Júlio Emílio Braz passou a escrever profissionalmente, mas, na verdade, sua carreira de escritor começou “por um acaso”.
Quando perdeu o seu emprego de Técnico de Contabilidade, ele precisou arrumar outra forma de ganhar dinheiro. Nesta ocasião, um amigo de seu irmão sugeriu que ele oferecesse as suas histórias, já escritas, para uma editora.
E, assim, ele fez, indo na Editora Vecchi que publicava várias revistas de quadrinhos de terror e estava necessitando de roteiristas, na época.
E foi aí que o seu perfil profissional mudou de vez...
No início, nada foi fácil, mas, ele não desistiu, mantendo-se perseverante em seu objetivo, conseguindo - em seguida - alcançar o seu intento...
Após a publicações de suas histórias em quadrinhos, que também foram lançadas em outros países (Portugal, Bélgica, França, Cuba e EUA), ele escreveu diversos contos de bang-bang, em formato de livros de bolso, sob 39 pseudônimos diferentes.
Posteriormente, ele participou da equipe de sketchistas do Programa humorístico “Os Trapalhões”, da TV Globo e, em seguida, durante suas frequentes viagens a São Paulo, ele passou a se dedicar à literatura infanto-juvenil.
Suas obras estão ligadas a temas de cunho social, englobando assuntos de grande relevância, principalmente para o público jovem, como o alcoolismo, a violência, o preconceito, a pobreza, o racismo, entre outros tópicos.
Sua verdadeira inspiração, segundo o mesmo, provém de suas leituras diárias, sejam por meio dos livros, revistas, jornais ou outros materiais, que acabam se transformando em ideias para suas novas narrativas.
Júlio Emílio Braz, também, reconhece e enfatiza a importância da literatura produzida por afrodescendentes e explica que ela
“é
instrumento óbvio e identitário
para
as gerações de negros
que
apenas recentemente começaram
a
se ver apresentadas e representadas
nos
meios de comunicação
e
no cotidiano social brasileiro,
longe
do papel social de subalternidade
a
que foi relegado há séculos
pela
escravização de seus antepassados.”
Dotado de um amplo
senso de humor e, ao mesmo tempo, de uma grande humildade - no sentindo de não querer se exibir como melhor
que o outro - hoje, Júlio Emílio Braz
é um famoso escritor de literatura
infanto-juvenil, com cerca de 180
livros publicados, muitos dos quais premiados nacionalmente e
internacionalmente, além de contar com
publicações de seus livros, traduzidos em diferentes países.
SEU
CONSELHO AOS ALUNOS:
“Se
você quer mesmo alguma coisa na vida, tem que se preparar de acordo com a
grandiosidade do que deseja, tem que estar preparado para fracassar e
recomeçar, para ouvir muitos NÃOS, pois ninguém é imprescindível até que
efetivamente se torna imprescindível e isso é para poucos. Ah, e estudar um
bocado, porque na mão nós só temos os dedos. ”
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