Ilustração do fenômeno Micro explosão feito pela NASA
Imagem capturada na Internet
Fonte: Diego Rhamon
É de assustar! São tantos os
fenômenos atmosféricos que a cada notícia que chega, sobretudo, no que se
refere aos de maior poder de destruição nos causam sobressaltos, ainda mais, quando
acontecem em nosso território.
Recentemente, as mídias
divulgaram várias ocorrências de um fenômeno chamado “micro explosão” (ou microexplosão).
Algumas cidades em Santa Catarina e em São Paulo tiveram os seus momentos de pânico em
meio à tempestade, com fortes rajadas de ventos e os seus efeitos destrutivos no
solo, com inúmeras perdas materiais. Em alguns casos, como nas duas cidades de
catarinenses de Ponte Alta do Norte e Porto União, afetadas pelo fenômeno, em
meados do mês passado (15/05), houve também perdas humanas.
Domingo passado, dia 05/06, foi a vez de Campinas, em São Paulo... Grande destruição, perdas materiais, corte de energia, quedas de diversas árvores e uma vítima fatal.
Domingo passado, dia 05/06, foi a vez de Campinas, em São Paulo... Grande destruição, perdas materiais, corte de energia, quedas de diversas árvores e uma vítima fatal.
Muitos
nunca tinham ouvido falar, outros já, mas não com ocorrência em território
nacional. Para quem não o conhece, eu descreverei de forma sucinta o referido
fenômeno.
MICROEXPLOSÃO
MICROEXPLOSÃO
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Definição: Fenômeno meteorológico caracterizado por correntes de ar
descendentes a partir de uma nuvem que, ao tocar a superfície (solo), espalha-se
horizontalmente como uma explosão com ventos radiais.
A corrente de ar se desloca da
base da nuvem e cai em linha reta, em direção ao solo, sob a forma de um
"corredor ou coluna de vento", em grande velocidade, irradiando para os lados ao tocar o
solo.
A micro explosão pode ser úmida (associada à chuva) ou seca, quando só há a corrente de ventos (rajadas de ventos).
Imagem capturada na Internet
Fonte: Dammous
.
Extensão de seus efeitos no solo: Pode atingir até 4 Km. Se essa
extensão for superior a 4 Km, ele é classificado em “macro explosão”.
. Sentido do seu deslocamento no solo: Unidirecional, ou seja, uma única direção alinhada.
. Sentido do seu deslocamento no solo: Unidirecional, ou seja, uma única direção alinhada.
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Velocidade dos ventos: Superior a 90 km/h podendo chegar a 400 Km/h.
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Origem/tipo de nuvem (nuvem-mãe): Origina-se a partir de nuvens de grande desenvolvimento vertical, altas, denominadas de Cumulonimbus, formadas pelo encontro de massas de ar frio e de ar quente, que gera ventos muito fortes.
A Cúmulo-nimbo ou Cumulonimbus (Cb) se encontra associada à ocorrência de tempestades com muitos raios, trovoadas, além da queda de granizo. Ela pode ocorrer isoladamente ou em grupo.
A Cúmulo-nimbo ou Cumulonimbus (Cb) se encontra associada à ocorrência de tempestades com muitos raios, trovoadas, além da queda de granizo. Ela pode ocorrer isoladamente ou em grupo.
O ar quente, mais leve, eleva-se, condensa-se, formando a nuvem. Ao atingir altura elevada, várias das parcelas se resfriam e mergulham de volta por dentro da própria nuvem, fazendo com que haja um confronto entre correntes descendentes (parcelas resfriadas) e correntes ascendentes (novas parcelas elevadas e aquecidas), carregando gotas de água, gelo e diversos particulados.
As velocidades das correntes atingem 200km/h e as colisões entre elas podem chegar aos impressionantes 400km/h. Tais colisões são as responsáveis pelo surgimento de carga estática dentro da nuvem (eletricidade), com ocorrência de relâmpagos e trovoadas (trovões). Em seguida, há precipitação de chuva forte, podendo haver ou não a formação de tornados ou de micro explosão.
Fonte: Climatologia Fácil
As velocidades das correntes atingem 200km/h e as colisões entre elas podem chegar aos impressionantes 400km/h. Tais colisões são as responsáveis pelo surgimento de carga estática dentro da nuvem (eletricidade), com ocorrência de relâmpagos e trovoadas (trovões). Em seguida, há precipitação de chuva forte, podendo haver ou não a formação de tornados ou de micro explosão.
A nuvem Cumulonimbus, devido aos ventos superiores (alta troposfera), pode configurar-se como uma torre com expansão horizontal, lembrando uma bigorna de ferreiro ou, também, o cogumelo de uma explosão atômica.
Nuvem Cumulonimbus
Imagem capturada na Internet
Fonte: Storms
Imagens capturada na Internet e
trabalhadas no Adobe Photoshop
.
Consequências: Como é um fenômeno pontual, de ventos muito fortes e de alto poder
destrutivo, os seus efeitos no solo ocasionam ampla destruição, capaz de
derrubar construções, arremessar veículos a grandes distâncias, destelhar
habitações, provocar quedas de árvores, postes e até de aeronaves, entre outros
eventos.
Os destroços, no entanto, ficam alinhados em uma única direção. Isso facilita a identificação do fenômeno e do sentido do deslocamento do ar.
. Micro explosões ≠ Tornados: A micro explosão e o tornado são muito parecidos, causando – muitas vezes – certa confusão na sua identificação, sobretudo, quando a constatação é feita após a sua ocorrência.
Vejamos algumas semelhanças e diferenças entre eles...
. Semelhanças
Os destroços, no entanto, ficam alinhados em uma única direção. Isso facilita a identificação do fenômeno e do sentido do deslocamento do ar.
. Micro explosões ≠ Tornados: A micro explosão e o tornado são muito parecidos, causando – muitas vezes – certa confusão na sua identificação, sobretudo, quando a constatação é feita após a sua ocorrência.
Vejamos algumas semelhanças e diferenças entre eles...
. Semelhanças
- Ambos são fenômenos
meteorológicos, caracterizados por correntes descendentes de ar extremamente
fortes;
- São originários do mesmo tipo de nuvem, ou seja, tendo início a partir da base da nuvem Cumulolimbus;
- Podem estar associados ou não a tempestades;
- Ambos possuem alto poder de destruição, no entanto os maiores efeitos destrutivos acontecem ao atingir o solo.
. Diferenças
- A corrente de ar de micro explosão despenca em linha reta, unidirecional, como uma “coluna ou corredor de vento". No tornado, a corrente de ar se apresenta sob a forma de espiral (corrente em redemoinho);
- São originários do mesmo tipo de nuvem, ou seja, tendo início a partir da base da nuvem Cumulolimbus;
- Podem estar associados ou não a tempestades;
- Ambos possuem alto poder de destruição, no entanto os maiores efeitos destrutivos acontecem ao atingir o solo.
. Diferenças
- A corrente de ar de micro explosão despenca em linha reta, unidirecional, como uma “coluna ou corredor de vento". No tornado, a corrente de ar se apresenta sob a forma de espiral (corrente em redemoinho);
- A corrente de ar dos tornados,
em redemoinho, gera uma nuvem-funil que avança para baixo, girando, tornando-se
maior conforme o fenômeno fique mais forte (vide imagem abaixo);
- A coluna de ar dos tornados, em
espiral, giram muito rápido e se deslocam rapidamente, enquanto que a coluna de
ar descendente da micro explosão – ao atingir o solo – produz um grande impacto
(explosão de ar) que se irradia para os lados, em alta velocidade;
- O poder de destruição dos tornados é maior que o da micro explosão;
- Em ambos, os efeitos
destrutivos mais efetivos acontecem no solo, no entanto, por apresentarem
correntes de ar em redemoinho (espiral), os tornados são mais violentos e visíveis em decorrência
da poeira e destroços levantados do solo;
- Os destroços gerados após a
ocorrência de uma micro explosão ficam alinhados em uma única direção, já os
produzidos pela passagem de um tornado ficam totalmente desordenados;
- Os tornados apresentam velocidades
dos ventos superiores as das micro explosões.
Fonte: Climatologia Fácil
Tornado - Imagem capturada na Internet
Fonte: Mundo Educação
Fontes de Pesquisa
. As Nuvens - Faculdade de Ciências de Lisboa
. Cisalhamento de Vento - Tempo João Pessoa
. Material Didático particular
. Micro-Explosões - Dammous
. Sistemas de Meso Escala: As Trovoadas – Faculdade de Filosofia, Letras e de Ciências Humanas - Disponível em PDF
. STEINKE, Ercília Torres. Climatologia Fácil. 2012, São Paulo
. Tornado - Wikipédia
. Cisalhamento de Vento - Tempo João Pessoa
. Material Didático particular
. Micro-Explosões - Dammous
. Sistemas de Meso Escala: As Trovoadas – Faculdade de Filosofia, Letras e de Ciências Humanas - Disponível em PDF
. STEINKE, Ercília Torres. Climatologia Fácil. 2012, São Paulo
. Tornado - Wikipédia
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