No dia 29 de maio (domingo passado), além do 80˚ aniversário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comemorou-se o Dia do Geógrafo, isto é, o bacharel em Geografia.
Para quem desconhece, o Curso de Graduação em Geografia (Ensino Superior) oferece duas modalidades distintas de formação: o bacharelado e a licenciatura.
O bacharel em Geografia tem a
habilitação para exercer estudos e atividades de pesquisa em sua área de
concentração, enquanto que o licenciado é habilitado a atuar como docente, isto
é, dar aulas de Geografia (professor) tanto no Ensino Fundamental quanto no
Ensino Médio (professor). Ele, ainda, pode ser professor de Universidade (Ensino
Superior), no caso de ter a titulação exigida para trabalhar neste nível de
ensino (Mestrado e/ou Doutorado, por exemplo).
Nesta última modalidade de
ensino, professor universitário, tanto o bacharel quanto o licenciado podem
ministrar aulas de Geografia ou de áreas afins mediante as titulações de
pós-graduação mencionadas (Mestrado e/ou Doutorado).
O bacharel em Geografia,
legalmente habilitado através da Lei 6664/79, pode ter o seu registro junto ao
Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) de seu estado. Estando
regularmente associado ao CREA e desenvolvendo atividades de pesquisa, o
Geógrafo pode emitir parecer técnico, elaborar EIA (Estudo de Impacto
Ambiental) e RIMA (Relatório de Impacto do meio Ambiente), tanto em empresas
privadas quanto estatais.
Eu, particularmente, obtive as
duas habilitações na área de Geografia, ou seja, tanto sou geógrafa (bacharel) quanto
professora de Geografia (licenciada), formada pela Universidade Federal
Fluminense (UFF), em Niterói (RJ).
Além de docente, por muitos anos
trabalhei em pesquisa, desde o período da faculdade, como bolsista do CNPq, tendo
apresentado e publicados trabalhos em Congressos, em Simpósios e em livro.
Como bolsista (graduanda) trabalhei
no Departamento de Geologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ),
na área de Geomorfologia e Sedimentologia. Depois, já formada e tendo as duas
titulações (bacharelado e licenciatura) dei aula no mesmo Departamento da UERJ
na disciplina Geomorfologia Ambiental, com contrato temporário e, depois, fui contratada como docente no
Centro Universitário de Araguaína (da antiga UNITINS, hoje, UFT), para dar aula na Faculdade
de Geografia (Licenciatura) e no Colégio de Aplicação.
Neste período em Araguaína (TO) fiz parte da Comissão
Organizadora do I Encontro de Geografia do Tocantins (1º ENGETO), realizado na mesma cidade, em 1993.
Foi, inclusive, em Araguaína que
conheci o meu atual esposo, também, Geógrafo.
Embora, goste de atuar em pesquisas, desde que saí de Araguaína e estando grávida, não mais me dediquei a exercer junto a algum profissional nesta área. Dediquei-me na tarefa de ser mãe e, depois, também, minha mãe caiu doente e precisou da nossa ajuda em seus cuidados (eu e mais duas irmãs sob o sistema de rodízio).
Hoje, atuo exclusivamente como docente na rede municipal e estadual do Rio de Janeiro, ministrando aulas no Ensino Fundamental (6º ao 9º Ano) e no Ensino Médio (1ª e 3ª Série).
Sinto saudades deste tempo, mas não me arrependo de ter traçado outros caminhos, pois estes nunca perderam o foco em Geografia.
Mais uma vez, a minha homenagem aos
Geógrafos, cuja importância é, sem dúvida, essencial a muitos trabalhos sob o contexto das relações e intervenções humanas no ambiente, mesmo ciente que os
mesmos ainda não têm o valor devido em face da falta da integração dos seus
estudos e pesquisas em diferentes planejamentos de ordem social, econômica, ambiental e
política.
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