Campanha da Marvel - Imagem capturada na Internet
Fonte: Mundo HQ
Eu reconheço e admito o meu atraso em termos de postagem
acerca do “Outubro Rosa”, mas, eu
não desisti de publicar algo a respeito, mesmo estando no penúltimo dia do
referido mês, tendo em vista – inclusive – que a causa é nobre e não se
restringe a uma única ocasião. É algo para ser tratado o ano inteiro.
Afinal de conta, a Campanha no mês de outubro é para
conscientizar às mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce
do câncer de mama. Que é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo
todo, inclusive, no Brasil, depois do câncer de pele (não melanoma). De acordo
com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA),
anualmente, cerca de 25% dos novos casos da doença são de câncer de mama.
E, para quem desconhece, ele não atinge só as mulheres. Os
homens também podem desenvolvê-lo, já que possuem tecido mamário. No entanto, esse
tipo de câncer é mais raro nos homens, representando apenas 1% do total
dos casos da doença. Isso se deve ao fato das células dos dutos mamários masculinos
serem menos desenvolvidas em comparação com os das mulheres e, também, porque
eles – em geral – apresentam níveis mais baixos de hormônios femininos, que afetam
o crescimento das células da mama.
Só para se ter uma ideia deste quadro, segundo o INCA, em
2013, morreram 14.388 pessoas por causa do câncer de mama, sendo 181 do sexo
masculino e 14.206 do sexo feminino.
A maior incidência de casos de câncer de mama é acima dos 35
anos, sobretudo, após os 50 anos. Independentemente do nível de desenvolvimento
dos países, os levantamentos estatísticos indicam aumento da sua incidência
tanto nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento.
De acordo com o INCA, no Brasil, estima-se que, para este ano
(2016), novos casos de câncer de mama seja na ordem de 57.960 ocorrências.
Daí a importância de promover a conscientização para que se
alcance – cada vez mais – ações preventivas pelo seu diagnóstico precoce.
A Campanha “Outubro
Rosa” teve início nos EUA, no
final do século passado (década de 90), desde quando a Fundação
Susan G. Komen for the Cure lançou o laço
cor-de-rosa como símbolo do câncer de mama e distribuiu diversos exemplares
entre os participantes da primeira Corrida
pela Cura, realizada em Nova York
(EUA), em 1990. A Corrida pela Cura
passou, desde então, a ser um evento anual, na cidade, associado à exibição dos
laços cor-de-rosa, o símbolo oficial associado ao câncer de mama.
Mas, só foi em 1997,
que o mês de outubro foi vinculado à doença e, consequentemente, à cor rosa
(laço cor de rosa). Entidades das cidades de Yuba e Lodi, nos EUA, tomaram a
iniciativa de comemorar e promover efetivamente ações voltadas à importância da
conscientização quanto ao diagnóstico precoce do câncer de mama, escolhendo e denominando
o mês como Outubro Rosa.
Inicialmente, as cidades eram apenas enfeitadas com os laços
rosas, especialmente, os locais públicos, de maior movimentação da população.
Posteriormente, outras ações foram adotadas com a mesma finalidade, como
corridas, desfiles de moda com mulheres vítimas de câncer de mama, partidas de
boliche etc.
Desde então e, até hoje, todas ações são direcionadas a este
propósito, isto é, da conscientização da população quanto à importância da prevenção
da doença (câncer de mama) através do diagnóstico precoce, que pode ser feito,
primeiramente, por um simples autoexame da mama ou a observação de alguns
sinais de mudanças na região do peito e das axilas. Atenção dobrada para
aqueles que também têm um histórico de família, isto é, casos de câncer entre
os membros da sua família.
É claro que os procedimentos de autoexame e da observação
quanto mudanças não são eficazes para diagnosticar o câncer de mama, mas eles
se configuram como importantes sinalizadores, cabendo ao profissional da área
da saúde (médico ginecologista ou mastologista ou oncologista) realizar,
novamente, o exame de toque, assim como o encaminhamento a outros mais específicos,
como a mamografia, por exemplo, capaz de confirmar ou não a doença. Lembrando
que há outros exames de alta resolução para o diagnóstico da doença, além da
mamografia.
O Jornal Nexo fez
uma grande matéria a respeito da Campanha Outubro Rosa, bastante esclarecedora
e coloca em “xeque” a importância do autoexame. Segundo o mesmo, nem os EUA e
nem o Brasil recomendam mais o autoexame das mamas.
Eu diria, como mencionei anteriormente, ele serve como mero
sinalizador que há algo anormal, como um nódulo, por exemplo. Mas, caberia a
outros exames específicos o diagnóstico propriamente dito, que não envolvem só
a mamografia.
De acordo com o referido jornal, o INCA adverte que o exame de
mamografia quando realizado antes dos 50 anos pode conferir resultados errados.
“ (...) um
dos riscos da mamografia anual antes dos 50 anos é a maior chance de o exame
apresentar um falso-positivo levando, assim, a uma biópsia desnecessária. Há
também o impacto psicológico desse diagnóstico errôneo. E há evidências do
Instituto de Câncer da Holanda que mostram que a radiação do exame pode causar
câncer - o risco é pequeno, mas existe. A melhor forma de diagnóstico precoce é
reportando qualquer alteração nas mamas para o médico. ”
É claro que a consulta ao médico é imprescindível.
Hoje, a Campanha “Outubro Rosa” é comemorado no mundo todo. E,
além de diversas ações nas Instituições da área de Saúde (pública e/ou privada)
e nas mídias, quer seja em termos de redução do preço do exame de mamografia
quer seja a nível de divulgação, muitos monumentos turísticos e prédios
públicos, por exemplos, são iluminados com holofotes de cor rosa, como forma de
destacar e homenagear o mês de referência à referida Campanha mundial.
Na verdade, a iluminação artificial nestes monumentos e em outras
edificações consegue transmitir – de forma fácil e direta – a importância da
conscientização quanto à gravidade da doença e, ao mesmo tempo, quanto à
prevenção da mesma a partir do diagnóstico precoce. Quanto mais cedo, o câncer
for descoberto (seja o tipo que for), maior será a probabilidade de o
tratamento dar certo e de haver a cura.
Ontem, depois de muito tempo, eu consegui fotografar a Igreja
da Penha, que também aderiu à Campanha.
Igreja da Penha (RJ) iluminada de rosa em duas situações
Fotos do meu acervo particular
O interessante é que alguns comerciantes também participaram,
estabelecendo a uniformização do uso de blusa rosa a todos os funcionários
(homens e mulheres) durante este mês, sobretudo, em Magazines e/ou lojas
voltadas para o público feminino.
A Marvel, entre outras Revistas de HQ, também aderiu à Campanha
Outubro Rosa e publicou diversas capas, sobretudo, de personagens femininas em
tons rosados ou expondo o autoexame. Mas, como se pode perceber, os personagens
masculinos também foram focados na Campanha.
E, como mencionei, logo, no início desta matéria, a causa é
nobre e, por isso não deve ficar restrito ao mês de outubro. É preciso ser mais
consciente a fim de que as estatísticas - em termos de mortalidade por câncer
de mama - não continuem crescendo a cada ano.
Outubro Rosa é o ano inteiro!
Outubro Rosa é o ano inteiro!
Imagem capturada na Internet
Fonte: SOS Solteiros
Fontes de
Pesquisa
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