Imagem capturada na Internet Fonte: Pixabay |
Texto modificado em 01/02/2022 às 09h25
“Todos irão pegar a Covid-19”. Esta afirmativa sustentada por uma amiga após uma conversa com sua médica, nos primeiros meses da Pandemia da Covid-19, me surpreendeu e, ao mesmo tempo, não me preocupou. Até porque, naquela época, eu não tinha a mínima ideia da dimensão da velocidade da propagação do Novo Coronavírus.
Durante os anos de 2020 e de 2021, perdi parentes e colegas de trabalho) por causa de complicações da Covid-19 e, com isso, o meu medo foi aumentando conforme as estatísticas cresciam entre os números de casos confirmados e de óbitos pela doença.
Vacinas? Só sabíamos que estavam desenvolvendo e nada mais de concreto. Tudo parecia estar muito longe de acontecer... A cada notícia do surgimento de uma nova variante do Novo Coronavírus, as perspectivas para o fim da Pandemia não eram nada positivas, animadoras.
Senti certo alívio quando anunciaram o desenvolvimento do imunizante contra a Covid-19 e do início das Campanhas de Vacinação. É claro que em nosso país, com certo atraso, tendo a chegada das primeiras doses em março do ano passado.
As minhas esperanças em deter a propagação do Novo Coronavírus e do próprio fim da Pandemia se revigoraram. A vida tensa passaria a ser sob o conceito de um “novo normal” ... Mas, nem todos pensaram e agiram conforme a “letra da música” ou fizeram corretamente o “dever de casa”.
Ainda temos que enfrentar certos discursos e posições negacionistas de autoridades da área da Saúde e do próprio Chefe de Estado e de Governo do Brasil, os quais fortaleceram o negacionismo à Ciência, à segurança e a eficácia das vacinas, influenciando uma parcela significativa da população brasileira.
Este movimento antivacina e negacionistas, expresso desde o início da Pandemia ainda persistem até hoje, inflamados pelos mesmos protagonistas, os quais têm noção que, em nosso país, já morreram 626.854 pessoas por causa da Pandemia e que, em termos de casos confirmados da doença (Covid-19), o número é na ordem de 25.348.797 pessoas. Ambos os dados são datados de hoje, 30/01, de acordo com o “Painel Coronavírus”.
Se cada um pensasse coletivamente e fizesse a sua parte, a pandemia poderia ser freada, barrando o surgimento de novas variantes.
Com o surgimento e alastramento da Ômicron (variante B.1.1.529, detectada na África do Sul em novembro de 2021), os riscos de contaminação e de reinfecção pelo Novo Coronavírus passaram a ser maiores.
No caso em particular da minha família (incluindo as minhas quatro irmãs e respectivos familiares), o número de infectados também aumentou.
No dia 06 de janeiro, eu fui a primeira a cair doente com uma gripe muito forte. Fiquei muito mal, mas não tive febre. Os sintomas por diversos dias foram: coriza constante, dor de cabeça e alguns episódios de dor de garganta, os quais atribui ao uso do ventilador para dormir.
Não fui fazer a testagem rápida, pois as filas nos Postos estavam enormes e as taxas de positividade para Covid-19, segundo os noticiários na TV, giravam em torno de 90%. Como tenho duas morbidades (hipertensão e diabetes), optei por não fazer o teste e não correr o risco de ser infectada pelo Novo Coronavírus.
Eu melhorei, graças a Deus, mas fiquei sem saber se foi uma gripe, um simples resfriado ou a própria Covid-19. Detalhe, eu não saí de casa em nenhum momento para justificar uma possível contaminação.
Mesmo sem ter esta certeza, eu, meu esposo e nossa filha seguimos todas as recomendações de isolamento no quarto, o uso de máscara dentro de casa e outras medidas preventivas.
No entanto, na semana passada, dia 24/01, meu esposo foi fazer o teste, pois já se encontrava doente alguns dias antes e em isolamento dentro do quarto. Do Posto mesmo, ele nos mandou uma mensagem, avisando que o resultado havia dado “positivo” para Covid-19 e que ele iria nos buscar para fazer o exame.
Ao contrário dos dias que antecederam o início das testagens rápidas, o Posto estava vazio e o procedimento foi bem rápido. Eu fui a primeira a obter o resultado “negativo”, mas a nossa filha – tal como o pai – positivou.
Eu acredito que a minha forte gripe foi, na verdade, um sintoma da Covid-19. Terça-feira (01/02), nós três iremos fazer novo teste, tal como recebemos a orientação de retorno.
Com isso, eu fiquei a pensar na frase dita pela
minha amiga, no início da Pandemia, em 2020... “Todos
irão pegar a Covid-19”. Como mencionei, eu cheguei a duvidar desta afirmativa, mas - agora – tenho que
admitir, ela é verdadeira e, por isso, acredito!
E, ao mesmo tempo, reconheço que, a nosso favor, contraímos a Covid-19 em um período em que nós três já estamos imunizados. Com isso e, graças às doses de vacina, os sintomas da Covid-19 foram brandos, leves.
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