segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Início de Ano Turbulento nos Estados Unidos

 

Imagem capturada na Internet

O ano mal começou e um fato, sem precedente, na história política dos Estados Unidos abalou a capital do país, Washington D.C., bem como todo o território estadunidense, surpreendendo o mundo inteiro 

Considerado como tentativa de Golpe de Estado, esse episódio ocorreu na 4ª feira passada, dia 06 de janeiro, quando diversos manifestantes, apoiadores do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vindos de diversos estados se uniram e invadiram o Capitólio (o Congresso dos EUA), localizado na capital estadunidense, interrompendo a sessão de contagem final dos votos que iria oficializar a vitória do presidente eleito Joe Biden, cuja posse irá ocorrer no dia 20 deste mês.  

Imagem capturada na Internet
Fonte: S//Mundo 

O que foi transmitido pelas mídias foram cenas de grande violência e de desrespeito à democracia, protagonizadas por grupos supremacistas brancos sob a influência direta do presidente Donald Trump, que sempre incitou e alimentou este tipo de conduta e de ideias em seus discursos.  




Imagens capturadas na Internet
Fonte: S//Mundo   

E, como é de conhecimento geral, o presidente Donald Trump nunca aceitou a sua derrota na última eleição presidencial do país, ocorrida em 03 de novembro de 2020, quando pleiteou a sua reeleição. Ele perdeu tanto no voto popular quanto no colégio eleitoral para o seu adversário do Partido Democrático, Joe Biden 

Trump colocou em dúvida a lisura do resultado, alegando que houve fraude, sem – contudo – apresentar provas. E, desde então, o seu discurso sempre foi este, infundindo a sua suposta vitória sobre o democrata e a ideia de fraude eleitoral.  

Donald Trump é o quinto presidente estadunidense a ser rejeitado nas urnas para reeleição e, dentre estes, o quarto republicano. Os quatro candidatos, anteriores a ele, que fracassaram e não conseguiram ser reeleitos foram: o republicano Herbert Hoover (1932), o republicano Gerald Ford (1976), o democrata Jimmy Carter (1980) e o republicano George H. W. Bush (1992).  

No entanto, o seu poder de convencimento sempre foi grande entre os seus seguidores e, em virtude disso, mesmo com a vitória de Joe Biden (46º presidente dos EUA), o país se encontra dividido, tendo forte e ativo o chamado movimento “trumpismo”.  

Por isso era de se esperar alguma reação por parte de Trump e, sobretudo, por seus apoiadores, neste dia.  

E essa sua forte influência e poder de persuasão sobre estes chegou ao extremo na última quarta-feira, movidos pelas redes sociais e pelo discurso inflamado em seu comício, no mesmo dia, antes do episódio no Capitólio. Foi ele mesmo que sugeriu que os seus seguidores marchassem até o Congresso. 

E assim, eles fizeram...  

Após transgredirem as barreiras policiais, os manifestantes pró-Trump invadiram o Congresso (Capitólio), quebrando janelas e portas. Por várias horas, de acordo com as mídias, eles saquearam e danificaram várias partes do prédio. Muitos manifestantes estavam caracterizados com trajes distintos, portavam faixas da campanha presidencial de Trump e, também, bandeiras dos Estados Confederados, estas últimas símbolos de extrema direita 

A ação dos policiais federais evitou que o ataque tivesse consequências maiores e mais graves. Mas, mesmo assim, o resultado foi nefasto: cinco pessoas morreram, sendo quatro manifestantes e um policial do Capitólio. 

Imagem capturada na Internet
Fonte: BBC News 

Imagem capturada na Internet
Fonte: S//Mundo   

Imagem capturada na Internet
Fonte: BBC News  

Para alguns especialistas e políticos, a invasão ao Congresso dos EUA por manifestantes Pró-Trump foi um ato de “terrorismo doméstico”, pois o mesmo ocorreu de sob força violenta, por um grande grupo de pessoas (terroristas domésticos), cuja intenção era desorganizar as Instituições e fragilizar o poder do próprio estado em que vivem (JUSTO, Exame).

Em entrevista à BBC News Mundo, Steven Levitsky, professor de governabilidade da Universidade Harvard, disse que a invasão do Capitólio pelos apoiadores de Trump foi uma "tentativa de autogolpe". E que "a grande diferença entre esse autogolpe e os autogolpes na América Latina é que Trump foi completamente incapaz de obter o apoio dos militares" e "um presidente que tenta permanecer no poder ilegalmente sem o apoio dos militares tem poucas chances de sucesso".  

Outra referência à América Latina citada também neste episódio e polêmica foi a comparação feita, por muitos políticos e jornalistas, inclusive, pelo ex-presidente do país, George W. Bush, dos EUA a uma “República das Bananas”.

Essa expressão, atualmente, se refere a países da América Latina, “marcados pela monocultura e dotados de instituições governamentais fracas e corruptas, nos quais uma ou várias empresas estrangeiras tem o poder de influir nas decisões nacionais” (BBCNews).

A vitória do presidente eleito, Joe Biden, foi – finalmente – confirmada na manhã do dia seguinte (07/01). E, embora, o presidente Trump tenha dito que deixará o cargo e que a transição será ordeira, os seus seguidores já anunciaram que haverá novos protestos e ameaçaram com novos “distúrbios” no dia da posse de Biden, em 20 de janeiro. 

De acordo com as últimas notícias, mais de 90 pessoas, ligadas à invasão do Capitólio, já foram identificadas e presas. Inclusive, no sábado passado (09/01), foi a vez de Jacob Anthony Angeli Chansley, mais conhecido como Jake Angeli, que foi considerado, por algumas mídias, o símbolo da invasão ao Capitólio. Este se destacou por seu traje inusitado: sem camisa, com o rosto pintado com as cores da bandeira dos EUA (vermelho, azul e branco), um gorro de pele de urso enfeitado com dois chifres na cabeça. 

Imagem capturada na Internet

Além das prisões efetuadas pelo FBI (polícia federal norte-americana), muitas empresas estão demitindo seus funcionários em caso de envolvimento com a invasão.

O Professor Associado da Faculdade de Direito da USP, Alberto do Amaral Júnior, ressalta que esta insurreição, ocorrida no Congresso dos Estados Unidos, pode desencadear efeitos nocivos e similares em outras nações, incentivando lideranças autoritárias a também se organizarem e promoverem manifestações contra a democracia em seus respectivos países.  

Ele cita, como exemplo, o nosso presidente Jair Bolsonaro,

Ele já organizou, no ano passado,

manifestações contra o Congresso,

e nada impede que, no futuro, 

estimulado por ações como essa,

ele tente repetir atos semelhantes no Brasil”


Fontes

. ALVES, Maíra. Pesquisas, protesto e invasão: entenda o que ocorreu em Washington nesta quarta – Correio Braziliense  

. Após ataque ao Capitólio, secretário de Estado nega que EUA seja uma 'república das bananas' – Mundo ao Minuto  

. EUA: Após invadir Capitólio, militantes de extrema direita marcam novos protestos – Carta Capital  

. JUSTO, Gabriel. Invasão ao Capitólio incitada por Trump é considerada “terrorismo doméstico” – entenda - Exame  

. LOVERA, Patricia Sulbarán. Autogolpe de Trump fracassou por não ter apoio militar, diz Steven Levitsky, autor de Como as Democracias Morrem - BBC News

. Mais de 90 são presos nos EUA por invasão ao Capitólio – Poder 360  

. MILITÃO, Bruno. “Invasão do Capitólio configura tentativa de golpe de Estado” – Jornal da USP  

. RALHA, Leonardo. “Homem dos chifres” da invasão do Capitólio detido nos Estados Unidos – O JornalEconômico  

. SAID, Flávia. Cinco pessoas morreram durante invasão ao Congresso dos EUA, diz polícia – Metrópoles

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Uma Imagem vale mais do que Mil Palavras

 

Imagem capturada na Internet
Foto: Go Nakamura/ Getty Images North America/
Getty Images via AFP


No ano passado, essa imagem viralizou na Internet, mais precisamente, no final do mês de novembro. Ela foi registrada no Dia de Ação de Graça, conseguindo retratar um turbilhão de emoções que envolvem todo o contexto da Pandemia da Covid-19 na vida das pessoas (pacientes, médicos, equipe de profissionais do hospital e familiares dos pacientes).  

O forte impacto e o turbilhão de emoções são notórios, pois envolve os seguintes elementos: um ambiente de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) hospitalar; um paciente idoso, com Covid-19, angustiado e um médico altamente profissional e sensibilizado com o estado do paciente. Como pano de fundo, se assim posso me referir, a conjuntura pandêmica extremamente grave e, ao mesmo tempo, delicada, tendo em vista que é uma doença solitária.  

Essa cena foi registrada no United Memorial Medical Center, em Houston, Texas (EUA). O médico é o Dr. Joseph Varon, chefe de equipe do referido hospital.  

Segundo o Portal do próprio United Memorial Medical Center, na véspera do Dia de Ação de Graça, o médico declarou à CNN, se referindo ao período do Natal e no sentindo das pessoas não mudarem a sua conduta perante à pandemia,

"a América verá os dias mais sombrios da história médica americana moderna. 

Naquela ocasião, além do médico estar trabalhando durante 251 dias seguidos com pacientes com COVID-19, o referido hospital tinha atingido a sua capacidade máxima, já tendo ampliado o número de vezes para dar lugar aos doentes (pacientes), que chegavam a todo momento.  

No seu 252º dia consecutivo de trabalho, ou seja, no Dia de Ação de Graças (26 de novembro),  ele – ao entrar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da covid-19 - viu um paciente idoso, em pé (fora da cama), querendo sair da Unidade. Este se mostrava aflito e estava chorando.  

Foi, neste momento, que a compaixão e o sentimento altruísta do profissional falaram mais alto, aniquilando qualquer dúvida quanto à intervenção e assistência mais adequadas ao paciente na situação configurada.   

A atitude do Dr. Joseph Varon foi abraçar e tentar confortar o paciente idoso, cujo nome não foi divulgado (eu, pelo menos, não consegui descobrir em minhas pesquisas). De acordo com as mídias, o idoso estava chorando e, em desabafo ao médico, disse que queria ficar com a sua esposa.  

Este momento de relação entre o médico e o paciente, a do abraço, foi capturado pela câmera do fotógrafo Go Nakamura e viralizou no mundo inteiro.  

De acordo com o médico, esse paciente não foi o único a tentar sair da UTI. A internação e o isolamento em si, é difícil para muitos pacientes, sobretudo, para os idosos, segundo o mesmo. Daí ele ressaltar a importância das devidas precauções em meio à pandemia, alertando aqueles que não respeitam as medidas preventivas...  

“ (...) O que as pessoas precisam saber é que não quero ter que abraçá-las. Elas precisam fazer as coisas básicas – manter distanciamento social, usar máscaras, lavar as mãos e evitar ir a lugares onde há muitas pessoas.”  

Realmente, se parte da população que se mostra incrédula à gravidade da pandemia, ao menos, respeitasse o outro, a coletividade, evitando as aglomerações, a ida a bares, às praias e outros locais públicos, os hospitais não estariam à beira de um colapso, com falta de vagas nas enfermarias e nem de leitos nas Unidades de Tratamentos Intensivos (UTI).  

Assim como as estatísticas da Pandemia em nosso país não estariam altas, tanto no que diz respeito aos números de casos confirmados quanto ao número de óbitos.  

Atualizando os dados do nosso país, com os números de hoje, o Brasil registrou até às 17h22: 7.810.400 casos confirmados de Covid-19 e 197.732 mortos pela doença ou por complicações dela.  

Ah, já ia me esquecendo... Eu pesquisei, mas não encontrei nada acerca do quadro atual do idoso da foto. Gostaria de ter notícias de sua saúde.

 

Fontes de Consulta

. Foto de médico confortando idoso com covid no Texas viraliza - IstoÉ  

. United Memorial Medical Center - UMMC

sábado, 2 de janeiro de 2021

Janeiro: Datas Comemorativas

 

11 de janeiro: Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos
Imagem capturada na Internet

Anualmente, no início de cada um deles, eu publicava as datas comemorativas do mês vigente. No entanto, em 2019, depois de tantos problemas de saúde sérios (fratura do quinto metatarso do pé esquerdo/acidente de trabalho e Pneumonia/internação em CTI) e de ter interrompido com as postagens, eu nunca mais as publiquei. 

Este ano, por sua vez, resolvi voltar a publicar e aproveitei para atualizar as datas comemorativas.     

 JANEIRO  

1º. Confraternização Universal

       Dia Mundial da Paz

 

02. Dia da Abreugrafia

        Dia do Sanitarista

 

03. Dia Nacional do Juiz de Menores

 

04. Dia do Hemofílico

        Dia Mundial do Braille

 

05. Criação da 1ª Tipografia no Brasil

 

06. Dia de Reis

        Dia da Gratidão

 

07. Dia da Liberdade de Cultos

       Dia do Leitor

 

08. Dia do Fotógrafo

        Dia Nacional da Cultura

 

09. Dia do Fico (1822)

       Dia do Astronauta

 

11. Dia Internacional do Obrigado

       Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos

 

12. Dia do Empresário de Contabilidade

 

13. Dia do Internacional Leonismo

 

14. Dia do Enfermo

       Dia do Lavador de Carros

       Dia do Treinador de Futebol

 

15. Dia Mundial do Compositor

       Dia dos Adultos

       Dia Nacional do Jogo Limpo e de Combate ao Doping nos Esportes



16. Dia dos Cortadores de Cana-de-Açúcar

 

17. Dia dos Tribunais de Contas do Brasil

 

18. Dia Internacional do Riso



19. Dia do Terapeuta Ocupacional



20. Dia do Farmacêutico

        Dia de São Sebastião

        Dia Nacional da Parteira Tradicional



21. Dia Mundial da Religião

       Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

       Dia do Surfista



22. Dia da Fundação de São Vicente (primeira vila brasileira, em 1532)



23. Dia Internacional da Medicina Integrativa



24. Dia da Previdência Social

        Dia dos Aposentados

        Dia da Constituição

        Dia da Instituição do Casamento Civil no Brasil

 

25. Dia da Fundação de São Paulo

       Dia do Carteiro

       Dia da Criação dos Correios

       Dia dos Telégrafos no Brasil 

       Dia Nacional da Bossa Nova

 

26. Dia da Gula

 

27. Dia da Elevação do Brasil Vice-Reinado (1763)

       Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto

       Dia do Orador

 

28. Dia da Abertura dos Portos (1808)

        Dia do Portuário

        Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo

        Dia do Auditor Fiscal do Trabalho


29. Dia do Jornalista

        Dia Nacional da Visibilidade Trans (transexualidade)

 

30. Dia da Saudade

        Dia da Não-Violência

        Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos

 

31. Dia Mundial do Mágico

       Dia do Hanseniano

       Dia da Solidariedade

       Dia Nacional das Reservas Particulares do Patrimônio Natural

sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

O Ano de 2020 acabou e, agora, como ficamos?

Imagem capturada na Internet

O ano de 2020 acabou... Em outras épocas, estaríamos eufóricos com a chegada do novo ano, pois venhamos e convenhamos, esse período é regido por uma certa magia, capaz de transformar os nossos pensamentos, alimentando-os com esperanças, alegrias e otimismo em tempos melhores. Por mais que o ano em vigência tivesse sido difícil, as nossas esperanças eram renovadas e nos conduziam a um estado de espírito otimista.   

Ontem, excepcionalmente, em muitos países, assim como no Brasil, não houve perspectiva de ocorrer essa prévia magia. Na verdade, teremos que rezar muito para que 2021 se converta na própria magia, no sentido de transmutar a nossa realidade pandêmica para uma vivência geral sem riscos eminentes de contágios, de doença e de mortes por causa desta ou por complicações em razão de doenças pré-existentes. Seria o chamado “novo normal” mais tranquilo...  

Só que as coisas não caminham nesta direção, pelo menos, no momento...  

A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) fez, recentemente, um alerta preocupante sobre a dinâmica da pandemia da Covid-19 e das fortes possibilidades de vir “algo” pior (ainda desconhecido), no futuro, capaz de rebaixar o nível da atual pandemia como a mais grave do Século.   

No entanto, com todo esse cenário sombrio, certa “magia” já tomou sentido em 47 países no mundo, uma vez que estes já iniciaram a vacinação contra a Covid-19. 

Imagem capturada na Internet
e manipulada no Adobe Photoshop
Fonte: Poder 360

Alguns começaram a Campanha de vacinação meses atrás, mas a maioria em dezembro (veja a imagem abaixo). 

Imagem capturada na Internet
Fonte: Poder 360

Enquanto isso, o nosso país continua a “pecar” por manter sua posição negacionista tanto em relação à gravidade da Pandemia do Novo Coronavírus quanto aos estudos e às orientações da Comunidade Científica, inclusive e também, sobre a eficácia das vacinas. O presidente Jair Bolsonaro mesmo declarou que não se vacinará.  

Suas declarações e posturas negativistas, frente à Pandemia, só vêm a provocar mais dúvidas e incertezas em parte da população. Suas atitudes chegam a ser surreais a um Chefe de Estado e de Governo. 

De acordo com a epidemiologista Carla Domingues, em reportagem no Diário de Cuiabá,

Esse tipo de atitude semeia dúvidas desnecessárias e abala a confiança da população. O brasileiro historicamente aderia à vacinação. A urgência e a necessidade de imunizantes são consenso entre cientistas. Também há uma clara mensagem de negação da ciência. Isso é tudo o que não precisamos, num momento em que os casos e mortes só aumentam. Do presidente aos prefeitos, todas as autoridades precisam demonstrar clara e explicitamente seu apoio à vacinação. É isso que trará a adesão à vacinação e nos livrará da pandemia.”  

Por outro lado, o nosso Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o Brasil se encontra “em uma posição de ‘vanguarda’ em termos de planejamento e de campanhas de vacinação” contra a Covid-19. Só que o mundo inteiro não o enxerga sob este mesmo nível, pelo contrário! 

É preciso ter um plano bem estruturado sob uma única linguagem, a qual deve ser a favor da vacinação (e não contra à Campanha). E, principalmente, que a imunização alcance cerca de 70% da população brasileira 

Segundo os especialistas, só evitaremos a perpetuação da pandemia em nosso país se interrompermos a circulação do Novo Coronavírus e isso só será possível por meio da vacinação e alcançando a imunidade de cerca de 70% da população, ou seja, aproximadamente 140 milhões de pessoas

No entanto, de acordo com os atuais planos do governo, estes se encontram bem aquém deste percentual, tendo em vista que ele pretende vacinar 25% da população (51 milhões de pessoas) até o final de 2021O que inviabilizará a imunidade coletiva de forma mais rápida, fazendo com que tenhamos – por mais tempoo Novo Coronavírus circulando entre a população e, com isso, mais casos confirmados da doença e de óbitos.

Serão necessários 212 milhões de doses para vacinar, com uma única dose, toda a população do Brasil ou, no caso de duas doses, fazer uso de 424 milhões de doses de imunizantes.  

O fato de o governo não ter apresentado, há mais tempo, um plano de vacinação contra a Covid 19, bem estruturado (eficiente), o fez cometer outro erro e gerar um problema adicional devido à falta de insumos necessários à referida Campanha, pois faltam seringas, agulhas e outros produtos imprescindíveis para iniciar a vacinação da população brasileira.  

O desenvolvimento de vacinas contra a Covid 19, por diferentes farmacêuticas, está sendo considerado o de menor tempo em toda a história de criação de imunizantes para erradicar doenças, tendo em vista que, em geral, este processo e sua aprovação leva muitos anos, segundo os especialistas.  

Todavia, durante essa corrida pela vacina contra o Novo Coronavírus e, consequentemente, à Covid 19, o mundo presenciou uma dinâmica surpreendente da pandemia. Embora, alguns especialistas afirmem que isso é comum de ocorrer, os fatos são preocupantes. Soubemos da mutação do vírus (novas cepas, mais transmissíveis e contagiosas, inclusive, com registro em São Paulo), de casos de reinfecção e de infecções graves em crianças e adolescentes, os quais eram considerados, até então, o grupo de menor risco para o Novo Coronavírus.  

E o pior é que, provavelmente, segundo os especialistas, este Grupo (crianças e adolescentes) não será imunizado no próximo ano, talvez, só depois de 2021.  

A pandemia do Novo Coronavírusmatou 1.823.445 de pessoas no mundo inteiro (dados de hoje, das 15h22). O Brasil contabiliza 194.949 óbitos, o que o coloca na segunda posição no ranking dos países com maiores número de mortes pela Covid 19 ou por complicações desta. Os Estados Unidos lideram este ranking, com 346.687 óbitos. Atrás do Brasil, na 3ª colocação, está a Índia, com 148.994 mortos 

Esses três países também lideram o ranking dos países com mais casos confirmados da doença, cabendo a liderança aos EUA, com 20.037.736 casos diagnosticados, seguido pela Índia, com o total de 10.286.709 casos e o Brasil, totalizando 7.675.973 casos.  

Um fato, no entanto, me chamou a atenção, hoje. Ontem, eu havia anotado os dados do Mapa da Universidade Johns Hopkins (Baltimore, EUA), que mostra o avanço da pandemia do Novo Coronavírus no mundo inteiro, diariamente. 

Eu não cheguei a publicar este artigo no Blog, ontem, porque tive crise renal e fui a um hospital próximo (morrendo de medo de ser contaminada pelo Novo Coronavírus, confesso!).  

Devidamente medicada e ainda com dor, mas de menor intensidade, não fiquei bem o dia inteiro. Em razão disso, decidi postar, hoje, mas tomando o cuidado de atualizar os dados. E foi aí que eu percebi algo estranho...  

Entre os dados dos três primeiros países que considerei no texto (EUA, Brasil e Índia), o único que não apresentou alteração, de um dia para o outro, referente ao número de mortos e ao de casos confirmados foi o nosso país 

Segundo consta, a atualização do referido Mapa é realizada, diariamente, de acordo com os dados fornecidos pelas autoridades sanitárias dos países e pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O que leva a crer que fato de não ter sido sofrido nenhuma alteração, não houve – por parte das autoridades brasileiras – a divulgação do boletim oficial com os números referentes aos casos confirmados da Covid 19 e de mortos em nosso país.  

Não consegui obter respostas quanto à falta de atualização dos últimos dados do Brasil, no referido Mapa Interativo da Universidade Johns Hopkins.  

Um fato é certo! A situação está muito difícil em nosso país, pois temos o Novo Coronavírus circulando, descobriram mais uma variante deste (descoberta recente, em São Paulo) e uma taxa de transmissão elevada. As dificuldades aumentam porque, por outro lado, temos um governo que se posiciona contra as medidas de prevenção à Covid-19 e à própria vacina, bem como uma parcela significativa da população que segue a mesma postura (negacionista), como se a Pandemia Global tivesse acabado.  

Ela não acabou e, pelo contrário, vem apresentando registros altos, conforme dados do Consórcio de veículos de imprensa (Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL) em parceria com as 27 Secretarias Estaduais de Saúde. Só para se ter uma ideia deste agravamento, o Brasil apresentou, ontem, no período de 24 horas, o terceiro dia consecutivo de mais de 1.000 mortes

Em breve publicarei acerca da nossa situação frente à corrida de imunização da população contra a Covid-19 (vacinas).  


Fontes

. Ações de Bolsonaro ameaçam imunidade coletiva contra Covid-19, dizem especialistas - Diário de Cuiabá

. Mapa Interativo da Universidade Johns Hopkins

. 47 países começaram a vacinação contra covid-19; leia a lista – Poder 360

Mensagem: O Tempo

Imagem capturada na Internet
Fonte: Pixabay


O TEMPO

Roberto Pompeu de Toledo

 

Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,

a que se deu o nome de ano,

foi um indivíduo genial.

 

Industrializou a esperança,

fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

 

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar

e entregar os pontos.

 

Aí entra o milagre da renovação

e tudo começa outra vez, com outro número

e outra vontade de acreditar

que daqui para diante tudo vai ser diferente.


Nota: Em contradição à postagem anterior, eu espero que esta magia da virada do ano possa não só renovar as nossas esperanças e o nosso otimismo, como concretizar a aplicação de uma vacina eficaz contra a Covid-19. Este é o meu maior desejo para 2021!

Feliz Ano Novo para todos! Cuidem-se!