sábado, 11 de abril de 2009

Páscoa

Imagem capturada na Internet

Navegando na Internet encontrei um site muito interessante, intitulado Mulher de Classe, onde você pode encontrar várias links e artigos ligados à mulher, como por exemplo, sobre saúde, etiqueta, notícias, direitos, cultura, moda, decoração, receitas culinárias, jardinagem, filhos, motivação, psicologia, entre outros.
 
Ele, inclusive, apresenta alguns artigos que expõem de forma bem detalhada sobre a Quaresma, a origem e o significado da Páscoa. E, em razão disso, estou disponibilizando os mesmos neste meu espaço.

O Tempo da Quaresma
O que quer dizer Quaresma?
A palavra Quaresma vem do Latim quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que antecedem a festa ápice do cristianismo: a Ressurreição de Jesus Cristo, comemorada no famoso Domingo de Páscoa. Esta prática data desde o século IV.
 
Na Quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas e termina na quarta-feira da Semana Santa, os católicos realizam a preparação para a Páscoa. O período é reservado para a reflexão, a conversão espiritual. Ou seja, o católico deve se aproximar de Deus visando o crescimento espiritual. Os fiéis são convidados a fazerem uma comparação entre suas vidas e a mensagem cristã expressa nos Evangelhos. Esta comparação significa um recomeço, um renascimento para as questões espirituais e de crescimento pessoal. O cristão deve intensificar a prática dos princípios essenciais de sua fé com o objetivo de ser uma pessoa melhor e proporcionar o bem para os demais.
 
Essencialmente, o período é um retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para a acolhida do Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa. Assim, retomando questões espirituais, simbolicamente o cristão está renascendo, como Cristo. Todas as religiões têm períodos voltados à reflexão, eles fazem parte da disciplina religiosa. Cada doutrina religiosa tem seu calendário específico para seguir. A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa luto e penitência.
 
Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350 d. C., a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias. Assim surgiu a Quaresma.
 
Qual o significado destes 40 dias?

Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material. Os zeros que o seguem significam o tempo de nossa vida na terra, suas provações e dificuldades. Portanto, a duração da Quaresma está baseada no símbolo deste número na Bíblia. Nela, é relatada as passagens dos quarenta dias do dilúvio, dos quarenta anos de peregrinação do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias de Moisés e de Elias na montanha, dos quarenta dias que Jesus passou no deserto antes de começar sua vida pública, dos 400 anos que durou a estada dos judeus no Egito, entre outras. Esses períodos vêm sempre antes de fatos importantes e se relacionam com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai acontecer.
 
O que os cristãos devem fazer no tempo de Quaresma?
 
A Igreja católica propõe, por meio do Evangelho proclamado na quarta-feira de cinzas, três grandes linhas de ação: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então recolher-se para a reflexão para se aproximar de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma conseqüência da penitência.

Ainda é costume jejuar durante este tempo?

Sim, ainda é costume jejuar na Quaresma, ainda que ele seja válido em qualquer época do ano. A igreja propõe o jejum principalmente como forma de sacrifício, mas também como uma maneira de educar-se, de ir percebendo que, o que o ser humano mais necessita é de Deus. Desta forma se justifica as demais abstinências, elas têm a mesma função.

Oficialmente, o jejum deve ser feito pelos cristãos batizados, na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa. Pela lei da igreja, o jejum é obrigatório nesses dois dias para pessoas entre 18 e 60 anos. Porém, podem ser substituídos por outros dias na medida da necessidade individual de cada fiel, e também praticados por crianças e idosos de acordo com suas disponibilidades.

O jejum, assim como todas as penitências, é visto pela igreja como uma forma de educação no sentido de se privar de algo e reverte-lo em serviços de amor, em práticas de caridade. Os sacrifícios, que podem ser escolhidos livremente, por exemplo: um jovem deixa de mascar chicletes por um mês, e o valor que gastaria nos doces é usado para o bem de alguém necessitado.
(...)
 
Quais são os rituais e tradições associados com este tempo?

As celebrações têm início no Domingo de Ramos, ele significa a entrada triunfal de Jesus, o começo da semana santa. Os ramos simbolizam a vida do Senhor, ou seja, Domingo de Ramos é entrar na Semana Santa para relembrar aquele momento.

Depois, celebra-se a Ceia do Senhor, realizada na quinta-feira Santa, conhecida também como o lava pés. Ela celebra Jesus criando a eucaristia, a entrega de Jesus e portanto, o resgate dos pecadores.

Depois, vem a missa da Sexta-feira da paixão, também conhecida como Sexta-feira Santa, que celebra a morte do Senhor, às 15h00. Na sexta à noite geralmente é feita uma procissão ou ainda a Via Sacra, que seria a repetição das 14 passagens da vida de Jesus.

No sábado à noite, o Sábado de Aleluia, é celebrada a Vigília Pascal, também conhecida como a Missa do Fogo. Nela o Círio Pascal é acesso, resultando as cinzas. O significado das cinzas é que do pó viemos e para o pó voltaremos, sinal de conversão e de que nada somos sem Deus. Um símbolo da renovação de um ciclo. Os rituais se encerram no Domingo, data da ressurreição de Cristo, com a Missa da Páscoa, que celebra o Cristo vivo.
 
Fonte: CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
Arquidiocese de São Paulo - Vicariato da Comunicação
 
 

SEMANA SANTA
Durante a Semana Santa acontece a celebração do maior acontecimento da história dos cristãos – a História da Salvação, quando é revivido o grande drama da Paixão, morte e Ressurreição de Jesus. Essa celebração se inicia no Domingo de Ramos e tem seu ápice no Domingo de Páscoa.


Domingo de Ramos
 
O Domingo de Ramos abre a Semana Santa, lembrando as Palmas que festejaram a entrada de Jesus em Jerusalém, no povoado de Betfagé, próximo ao Monte das Oliveiras e é recebido e aclamado como Rei, com o Messias. Muitas pessoas gritavam: "Bendito o que vem, como Rei, em nome do Senhor. Paz na terra e glória a Deus nas alturas". (Evangelho de São Mateus – Mt, capítulo 21, versículos 1-11; Evangelho de São Marcos - Mc, capítulo 11, versículos 1-11, Evangelho de São Lucas - Lc, capítulo 19, versículos 28-40 e Evangelho de São João - Jo, capítulo 12, versículos 12-19)
 
Quinta-feira Santa
 
Na quinta-feira, recordam-se dois importantes acontecimentos. O primeiro, quando o Senhor Jesus dá uma das maiores demonstrações de humildade e da sua vocação de servir ao mundo, se ajoelhando e lavando os pés dos seus discípulos. Depois, o acontecimento cuja repetição se transformou no sacramento da eucaristia, quando naquela noite, durante a última ceia com seus apóstolos, Cristo, sabendo o sofrimento que o esperava, se entrega aos seus discípulos, em corpo e sangue, simbolizados por um pedaço de pão e em um cálice vinho, como uma forma de despedida. É também nessa noite, que Jesus profetiza a traição de Judas e a negação de Pedro sem, no entanto, dizer quem serão os autores desses dois atos. (Mc 14. 22-26, Mt 26. 26-30, Lc 22. 15-20)
 
Sexta-feira Santa
 
Na Sexta-feira Santa revivemos o sofrimento e a morte de Cristo no Calvário.
 
Agora, traído por Judas que O entrega aos soldados romanos por 30 moedas de prata, sob a acusação de subversão e de perturbação da ordem, Jesus é abandonado, por seus discípulos e três vezes negado por Pedro.
 
Então se seguem uma série de humilhações e maus tratos até o Seu julgamento por Pilatos e depois por Herodes, que acaba por condena-Lo à morte, atendendo ao clamor do povo que exige que soltem Barrabás, um ladrão, e crucifiquem Jesus.
 
Conforme relata a Bíblia, mais ou menos ao meio dia da sexta-feira, o sol pára de brilhar, a escuridão cobre a terra até às três horas da tarde. Então, Jesus grita – “Pai, me tuas mãos entrego o meu espírito”. Dizendo isso Jesus morreu. (Mc 15. 33-41, Mt 26. 44-75 e 27. 1-66, Lc 22 e 23, Jô 18 e 19)
 
O corpo de Jesus foi pedido à Pilatos por José, da cidade de Arimatéia, um senhor influente na região. José de Arimatéia enrolou Jesus em um lençol de linho e O sepultou num túmulo cavado em uma rocha, jamais usado por ninguém. Maria Madalena e Maria mãe de Jesus assistiram a tudo isso.
 
Na sexta-feira não há missa em nenhum lugar do mundo. O altar da Igreja fica iluminado sem mantel, sem cruz, sem velas nem adornos.
 
Sábado de Aleluia
 
O Sábado de Aleluia é um dia de reflexão, pois para os judeus, já naquela época, era um dia de descanso e todos ficaram em casa refletindo sobre o acontecido.
 
Popularmente, no Sábado de Aleluia costuma-se fazer a Malhação de Judas. Esse costume foi trazido pelos portugueses e espanhóis para toda a América Latina,e ainda é comum no Brasil. Bonecos de palha ou de pano são pendurados em postes de iluminação pública e galhos de árvores na noite da Sexta-Feira Santa, e depois são rasgados e queimados ao meio dia do Sábado de Aleluia.
 
Em Judas são personalizadas as forças do mal que são destruídas e queimadas junto com o boneco. É costume antigo fazer-se o julgamento de Judas, sua condenação e execução. Antes do suplício, alguém lê o "testamento" de Judas, em versos, colocado especialmente no bolso do boneco. O testamento é uma sátira das pessoas e coisas locais.
 
Judas era chamado de Iscariotes por ser de Carioth, uma cidade ao Sul de Judá. Na verdade ele já tinha perdido a fé no Mestre, um ano antes de Sua Paixão, mas por comodidade e para desfrutar do que ofereciam aos apóstolos continuava a acompanhá-lo. Obcecado pelo dinheiro, antes de se afastar de Cristo, resolveu entender-se com os sinedritas - membros do Sinédrio, conselho supremo dos judeus. Mesmo tendo ouvido Jesus predizer sua tradição durante a última ceia, Judas não deixou de entregar Jesus aos inimigos e receber 30 dinheiros. Depois, arrependido, quis devolver o dinheiro, mas, foi enxotado pelos sacerdotes, e acabou enforcou-se numa corda.
 
Domingo de Páscoa
 
Foi no domingo, logo cedo, que Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago, foram visitar o túmulo, levando óleos e perfumes para ungir o corpo de Cristo, quando encontraram a pedra que fechava a entrada retirada. Então, receberam o aviso da Ressurreição de Cristo, que, como estava escrito, passou da morte para a vida. A partir desse momento a Páscoa passou a ter um novo significado e a simbolizar uma nova oportunidade para todos nós. (Lc 24. 1-12. Mc 16. 1-8, Mt 28. 1-10 e Jô. 20 1-10)
 
 

PÁSCOA
ORIGEM E SIGNIFICADO DA PÁSCOA
 
A origem da celebração da Páscoa está na história judaica relatada na Bíblia, no livro chamado “Êxodo”. Êxodo significa saída, e é exatamente a saída dos judeus do Egito que esse livro relata.

Quando Ramsés II, rei do Egito, subiu ao trono, apavorou-se com o crescimento do povo de Israel, achando que esse crescimento colocava em risco o seu poder. Essa preocupação, deu início a uma série de ordens e obras levaram os judeus a um período de grande sofrimento.
 
Conta a Bíblia que Deus, vendo o que se passava com seu povo, escolheu Moisés para tirá-los dessa situação, dando a ele os poderes necessários para o cumprimento da missão. Na semana em que o povo de Israel iniciou sua jornada para sair do Egito, Deus ordenou que só comessem só pão sem fermento e no último dia, quando finalmente estariam fora do Egito seria comemorada a primeira Páscoa, sendo esse procedimento celebrado de geração em geração.
 
Essa celebração recebeu o nome de Pessach, que em judaico significa passagem, nesse caso da escravidão à liberdade. Daí surgiu a palavra Páscoa.
 
Jesus Cristo deu novo significado à Páscoa. Ele trouxe a “boa-nova”, esperança de uma vida melhor, trouxe a receita para que o povo se libertasse dos sofrimentos e das maldades praticadas naquela época.
 
A morte de Jesus Cristo representa o fim dos tormentos. A sua ressurreição simboliza o início de uma vida nova, iluminada e regrada pelos preceitos de Deus.
 
O domingo de Páscoa marca a passagem da morte para a vida, das trevas para a luz. (...)

A DATA DA PÁSCOA
 
A Páscoa é comemorada no domingo seguinte à primeira lua cheia da primavera, ou seja, depois de 21 de março. Por isso, a celebração ocorre sempre entre 22 de março e 24 de abril. A partir dessa data, é que fica estabelecido o período de 46 dias, conhecido como Quaresma, que vai da Quarta-Feira de Cinzas até o Domingo de Páscoa.
 
A celebração da Páscoa dura cerca de 50 dias. Tem início no Domingo da Ressurreição e se estende até o fim de Pentecostes, quando se relembra a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos, sob a forma de línguas de fogo.
 

SÍMBOLOS PASCAIS
 
Ovos:Os ovos guardam em si a imagem de uma nova vida, por isso foram adotados como símbolo de renovação. Costumavam ser oferecidos em muitas civilizações como presentes. No Antigo Egito e na Pérsia, por exemplo, eram pintados em tons primaveris. Na China, antes mesmo do nascimento de Cristo já se presenteava com ovos de pata pintados em cores vivas. Na Europa católica do século XVIII, ovos coloridos passaram a ser benzidos pelos cristãos e oferecidos aos fiéis.
 
Na Polônia e na Ucrânia, essa tradição foi levada muito a sério. Edward I registra em 1290 a despesa de compra de milhares de ovos para serem distribuídos às pessoas de sua corte. No século XVII, o Papa Paulo V abençoou um simples ovo a ser usado na Inglaterra, Escócia e Irlanda. Na Alemanha, é antigo o costume de dar ovos de Páscoa às crianças, junto com outros presentes.
 
Em partes da Europa, as tribos tinham uma forma abreviada de chamar Eostre, a deusa da Primavera, e que começou a ser usada para descrever a direção do nascente - Leste. Daí a palavra Easter.
 
As primeiras cestas de Páscoa se assemelhavam aos ninhos de pássaros. Antes, as pessoas colocavam os ovos nos ninhos em honra da deusa Eostre.
 
Com o passar do tempo, passaram a ser confeitados e é aí que entra o chocolate.
 
Chocolate:O chocolate, que por muito tempo foi servido como bebida, viu sua indústria se desenvolver bastante na Inglaterra do século XIX. ......Foi nessa época que apareceu o ovo de chocolate. A partir daí, rapidamente se espalhou pelos mercados europeus e depois pelo mundo.
 
Coelho: O coelho de Páscoa é uma atualização do antigo símbolo pascoalino, a lebre (parente do coelho), considerada sagrada para a deusa Eostre. No século XVIII, colonizadores alemães levaram para os Estados Unidos a idéia dos coelhos de Páscoa.
 
Uma duquesa alemã, ao dizer que os brilhantes ovos de Páscoa tinham sido deixados pelos coelhos para as crianças, deu origem ao costume de fazer com que as crianças os encontrasse no dia de Páscoa.
 
Pomba: A Pomba ou "Colomba" pascal, pão doce e enfeitado com a forma de ave, também é um símbolo cristão. A forma de pomba era usada nos antigos sacrários, onde se guardava a Eucaristia. Atualmente, passou também a ser usada no pão doce que costuma ser compartilhado, na Europa, especialmente na Itália, no café da manhã de Páscoa e da "Pasquetta" ou Pascoela, como é chamada no Brasil a segunda-feira após a Páscoa.
 
Observações minhas: outros símbolos pascais, além destes citados no referido Portal, como o sino, o cordeiro, o peixe, o círio, a cuz, a cor branca, o pão e o vinho

TRADIÇÕES
No Canadá as crianças acreditam que o coelho da Páscoa lhes trará ovos coloridos, normalmente confeitados. Todos compram roupas novas, preparam refeições especiais e participam de celebrações religiosas.
 
Na Alemanha e da Áustria os ovos verdes eram usados na Quinta-feira Santa. Os eslavos usavam decorações douradas e prateadas em seus ovos. Os armênios costumam decorar os ovos vazios com imagens de Cristo, da Virgem Maria e outras imagens religiosas.

BRUXAS
Na Suécia, os rituais são parecidos com os nossos, inclusive o Domingo de Ramos, marcando a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, recebido com ramos de palmeiras. Porém, há também uma superstição sobre as bruxas. Dizem que elas ficam mais poderosas nessa semana e voam em suas vassouras para se juntar ao demônio num lugar chamado “Blakulla”, voltando no Sábado de Aleluia. Por isso, na manhã de Páscoa, as pessoas evitam acender suas lareiras, porque as bruxas de Páscoa podem ter deixado algum feitiço sobre as chaminés. Quando o fazem, para se assegurarem de que os feitiços serão desfeitos, queimam nove tipos diferentes de árvores antigas.
 
Também são comuns cruzes e outros símbolos sacros nas portas, tiros para o céu e outras práticas anti-bruxas.
 

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