Foto Marcelo Piu - O Globo
Como professora da rede estadual de ensino manifesto, aqui, a minha indignação quanto à falta de respeito e total desvalorização aos profissionais de Educação.
Embora, eu não estivesse presente – hoje - na passeata no Centro da Cidade, cujo destino final era a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj/Palácio Tiradentes), onde estava previsto a votação do Projeto de Lei 2474 (e foi votado), as cenas transmitidas no Jornal Nacional expressaram muito bem essa situação de descaso com a Educação e com os seus profissionais.
Não só pela necessidade premente da manifestação em si (reinvidicações justas da categoria), mas também pela forma como os manifestantes foram recebidos pelos policiais militares.
Não estou aqui para culpar uma categoria ou a outra em termos de ter iniciado o tumulto, pois como falei, eu não estava presente. Mas, de antemão, saber que o Batalhão de Choque foi direcionado para o local para lidar com profissionais de Educação, equipados com um suporte material que compreendia bombas de efeito moral (bomba de gás lacrimogêneo), além de balas de borracha, é algo irreal.
Imagem capturada na Internet
Reconheço que, em certas situações, estas atitudes possam até ser justificáveis, mas estamos falando de educadores, funcionários e estudantes.
Também sei que não é a primeira vez que somos tratados assim, pois em outras manifestações que participei, sob o mesmo contexto que permeia o estado de greve da categoria da Educação (ela é antiga e não muda), eu presenciei e fui submetida a situações de confronto com a polícia. E, considero um absurdo!
Os professores, junto e com o apoio do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE), se dirigiram à Alerj, a fim de impedirem que os deputados votassem no Projeto de Lei 2474. A luta era em defesa do plano de carreira e contra o referido Projeto de Lei.
Para isso, o estado de greve por tempo indeterminado já estava fechado a acontecer, caso as reivindicações da categoria não fossem atendidas.
Para aqueles que desconhecem, a proposta original do Governo do estado estabelecia:
- a incorporação da atual gratificação do Nova Escola ao salário (detalhe, esta incorporação não seria imediata e sim durante seis anos, a completar a sua total incorporação em 2015);
- a redução de 12% para 7,5% entre os níveis de tempo de serviço e de formação (um absurdo!).
O SEPE procurou negociar com os deputados algumas alterações através de emendas, que poderiam ser incluídas no referido Projeto de Lei, as quais seriam:
- a manutenção dos 12% entre os níveis;
- a diminuição do prazo para a incorporação do Nova Escola;
- a inclusão dos professores de 40 horas, dos Animadores Culturais e funcionários administrativos no Plano de Carreira;
- a inclusão de mestrado e doutorado como níveis do Plano de Carreira;
- a data-base para o funcionalismo.
Pelo que eu pude acompanhar pela televisão e na Internet, o Projeto de Lei acabou sendo votado pelos deputados, com a presença de profissionais da Educação nas galerias da Assembléia, mas não obtivemos todas as reivindicações da categoria atendidas.
Pelo que eu pude acompanhar pela televisão e na Internet, o Projeto de Lei acabou sendo votado pelos deputados, com a presença de profissionais da Educação nas galerias da Assembléia, mas não obtivemos todas as reivindicações da categoria atendidas.
De acordo com O GLOBO, o Projeto de Lei foi aprovado com quatro emendas e na forma de um substitutivo.
A matéria não cita todas as modificações votadas e aprovadas, mas confirma a manutenção dos 12% de aumento entre os níveis, cujo texto original estabelecia a redução para 7,5% (vitória, nossa!) e que a incorporação do Nova Escola vai ocorrer gradativamente, mesmo, durante seis anos (ou seja, a incorporação total ao salário passará por dois governos, o atual e o vencedor da próxima eleição).
Os professores decidiram continuar em greve por tempo indeterminado e o SEPE já marcou uma outra manifestação para a próxima 5ª feira, no Palácio Guanabara (Laranjeiras), para protestar e reivindicar a inclusão dos profissionais que trabalham em regime de 40 horas e de rever o tempo de incorporação da gratificação do Nova Escola ao salário, isto é, reduzir o tempo.
Como a votação foi à noite, espero que amanhã as mídias divulguem mais detalhes ou a própria página do SEPE.
Professora, eu vi no jornal depois que cheguei da escola, tinha muita gente lá.
ResponderExcluirProfessora, um avião foi sequestrado no méxico :s
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1298140-5602,00-AVIAO+E+SEQUESTRADO+EM+CANCUN+E+POUSA+NA+CIDADE+DO+MEXICO+DIZ+GOVERNO.html
que coisa horrivel, parece que tem 3 sequestradores dentro do avião :x
Tamiris, esta é a situação da Educação no país e, infelizmente, na rede pública estadual, cujo salário baixo já demarca cerca a saída diária de cerca de 2 profissionais do quadro de servidores, segundo o SEPE (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação).
ResponderExcluirÉ uma vergonha!
Quanto ao sequestro do avião, eu só tomei conhecimento depois. Loucura, não? E você viu a justificativa do sequestrador?
Sequestro de avião nos remete a duas coisas: estamos no mês de setembro e as Torres Gêmeas dos EUA.
Na próxima sexta feira, muitos lembrarão das consequências dos ataques terroristas nos EUA. Foi há 8 anos, no dia 11 de setembro de 2001.
Muitas homenagens deverão ser prestadas no chamado Ponto Zero (Ground Zero), local onde estavam localizadas as Torres do World Trade Center.
Terrível, não?
Beijos