Por estar desenvolvendo um projeto novo (ideia antiga), tive que me ausentar do Blog. Mas, prometo que assim que este for concluído e, sobretudo, aprovado, eu comentarei neste espaço. Por enquanto, ele está sendo finalizado e, se Deus quiser, ele será posto em prática, ou seja, será desenvolvido em breve.
Por causa disso, muitos temas deixaram de ser mencionados e tratados aqui e, entre estes, a segunda etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), cujas provas foram realizadas no domingo passado (24/01).
Como já era de se esperar, o índice de abstenção foi alto e superior ao primeiro dia do exame, alcançando 55,3% do total de candidatos inscritos. Com isso, este foi o maior índice de abstenção já registrado em todas edições do Enem.
Eram esperados, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), mais de 5,5 milhões de candidatos. No entanto, compareceram às provas só 2.470.396 inscritos.
Tal como já havia pronunciado, por ocasião da primeira prova (17/01), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, reafirmou e atribuiu à responsabilidade pelos altos índices de faltosos tanto ao medo dos riscos de contágio pelo Novo Coronavírus quanto a campanha da mídia contrária à realização do concurso.
Tanto o Ministério de Educação e Cultura (MEC) quanto o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) avaliaram positivamente a realização das provas do Enem, independente de todo o contexto que envolveu e iria envolver o processo do seu público alvo quanto à preparação prévia e a sua realização sob uma conjuntura de pandemia da Covid-19.
Preparação prévia
dos alunos
Estamos vivenciando, desde o ano passado, uma crise mundial de saúde devido a pandemia do Novo Coronavírus (SARS-CoV2) e, a partir do reconhecimento pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em março de 2020, que a epidemia que começou na cidade de Wuhan, na China, em 31 de dezembro de 2019, se espalhou e se configurou – geograficamente - em uma pandemia, as aulas presenciais foram suspensas em muitos países e no Brasil, também.
Por causa das grandes desigualdades sociais, em nosso país, a maioria dos alunos da rede pública de ensino não teve condições de acompanhar efetivamente as aulas on line, nas Plataformas de Ensino disponibilizadas pelas suas respectivas Secretarias Estaduais de Educação. Falta de celular e computador conectado (Internet), dificuldades de acesso e de navegação na Plataforma, problemas quanto à interatividade, baixar vídeos e/ou materiais didáticos disponibilizados pelos professores, entre outros
Fatos recorrentes
nos dias das Provas (17 e 24 de janeiro)
Quem dependeu do transporte público tinha noção que os riscos de contaminação pelo Novo Coronavírus seriam altos. Que haveriam aglomerações na entrada e na saída dos locais das provas, como foram vistos no primeiro dia (17/01), as quais foram confirmadas também no segundo dia do exame. E que nem todos os protocolos de saúde foram seguidos, rigorosamente. De acordo com os relatos de muitos candidatos, publicados nas mídias (G1, Catraca Livre, Estadão e outras), o distanciamento social em algumas salas não foi respeitado, muitos alunos sem máscara na aglomeração formada na entrada dos locais dos exames e dentro das salas, durante a realização das provas.
A situação em que vivemos não era nada propícia para a realização do ENEM. Continuo com a mesma opinião... Ele deveria ter sido cancelado. Mas, já passou e foi feito! O que fazer?!
Amanhã (31 de janeiro) e em 7 de fevereiro haverá, pela primeira vez na história do Exame, o Enem digital, isto é, provas para os candidatos que se inscreveram nesta modalidade (informatizada). As provas serão feitas diretamente no computador, seguindo a mesma estrutura de dois dias de provas e as áreas de conhecimentos pertinentes, em laboratórios de informática de diversas faculdades do país, no âmbito das cidades selecionadas.
31/01: Redação,
Prova de Linguagens e de Ciências Humanas (Geografia, História, Filosofia e
Sociologia)
07/02: Prova de Ciências da Natureza (Química, Física e Biologia) e de Matemática
Agora, aqueles candidatos que não realizaram as provas do Enem regular seja por questão de diagnóstico de Covid-19 seja por terem sido barrados nas salas (por se encontrarem lotadas) e que entraram com pedido de reaplicação das provas (prazo já encerrado) deverão aguardar os resultados, que sairão no dia 12 de fevereiro. A reaplicação das provas ocorrerá nos dias 23 e 24 de fevereiro, seguindo a mesma sequência das áreas de conhecimentos:
23/02: Redação,
Prova de Linguagens e de Ciências Humanas
24/02: Prova de Ciências da Natureza e de Matemática
Nestes dias serão realizadas, também, as provas dos candidatos privados de liberdade ou sob medida socioeducativa com privação de liberdade, no chamado Enem de Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL).
De acordo com o INEP, em ambos os casos, tanto o formato quanto o tempo de duração e o nível de dificuldade das provas serão os mesmos do Enem 2020, só que com questões diferentes.
Na 4ª feira passada (27/01), o site do INEP publicou o gabarito oficial das Provas do ENEM 2020 dos dois dias (17 e 24/01) e de todas as cores (amarela, branca, azul, rosa, laranja e verde). Mas, no dia seguinte, houve uma retificação do mesmo, com alteração da resposta correta, tendo em vista que ambas consideradas foram interpretadas sob teor de racismo, sendo rebatidas muito nas redes sociais.
Uma questão era da prova de Inglês (questão sobre um trecho da obra "Americanah", da autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichi) e a outra de Português (sobre o processo de seleção de novos alunos a uma tradicional faculdade britânica e o envolvimento atual do Google).
A resposta de ambas foi corrigida
e o gabarito publicado no dia anterior foi atualizado. O Gabarito Oficial do
Enem 2020 pode ser encontrado em diversos sites na Internet. Se houver
interesse, clique no G1 – Educação para conferí-lo.
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