publicado no G1 - Natureza)
Fontes:
Espaço que transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem acerca do universo de abrangência da Geografia e de outras áreas de conhecimentos.
Demorei, mas consegui terminar os artigos, cujo tema é o mais comentado e, ao mesmo tempo, controverso. Todo ano, o referido assunto levanta muitas discussões entre os grupos de defesa com os que condenam.
E este ano não foi diferente, mas, para ser sincera, ultimamente, está sendo até pior, pois parte deles tem o apoio e se fortalece com os mandos e desmandos do governo federal na área ambiental.
Sob interesses escusos, em diversas situações, vê-se o descrédito atribuído ao papel das Ciências, a desvalorização dos trabalhos dos próprios órgãos federais que fazem o monitoramento, o menosprezo a determinados grupos sociais, sobretudo, os povos indígenas e comunidades tradicionais, a legislação não sendo aplicada efetivamente, o direcionamento da responsabilidade dos fatos a quem não pertence a culpa, entre outros aspectos.
Não foi e nem é a minha intenção, aqui, me aprofundar no seu campo de sua abrangência. A minha mera explanação se baseia em tudo que aprendi, ao longo dos anos, seja nas aulas da Graduação e da Pós-Graduação (Especialização em Meio Ambiente) seja participando de Congressos, Palestras, bem como em minhas pesquisas em artigos científicos, em reportagens publicadas nas mídias, entre outros recursos.
Sobre uma linha contínua de raciocínio, foquei mais nos aspectos principais dos fatos, nas reportagens divulgadas nas mídias e naqueles em que os meus alunos sempre apresentaram dúvidas.
Como o artigo ficou muito extenso, muito extenso mesmo, eu optei por compartilhá-lo em várias postagens, as quais são sequenciais de acordo com a minha ideia inicial, sob uma mesma epígrafe: “Todo ano é a mesma coisa...”
Para contemplar o texto em sua continuidade, ao final de cada postagem, disponibilizei o link de acesso, tanto em termos de prosseguir "Próximo" à leitura sequencial quanto em termos de retornar à postagem "Anterior".
Por fim, vou compartilhar diversas charges, como sugestões para trabalhar em atividades de leitura e interpretação crítica do tema com alunos. Eu, particularmente, gosto muito de trabalhar em exercícios, atividades dirigidas, testes e provas.
Minha mãe, ao centro, e as filhas
Texto atualizado em 18/11/2020 às 20h50
Ontem comemorou-se o Dia do Professor (15 de outubro) e, como já comentei neste espaço, justamente, em referência a esta data, eu poderia ter postado uma bonita mensagem, criada por mim mesma ou transcrita, afinal a Internet oferece uma ampla riqueza de opções e de imagens contextualizadas, mas optei por não fazer nenhuma delas.
E quem me fez tomar outra direção foi o meu sobrinho Bruno Martins, mais conhecido, como Bruno Mad (32 anos), professor de Educação Física e Personal Trainer, em Niterói.
Em homenagem às tias (todas professoras) e à avó dele, minha mãe Edith Fontes (já falecida), ele publicou no Grupo da Família, no WhatsApp, uma foto onde todas nós estávamos reunidas (a foto acima). Da direita para esquerda, Sueli, Eu (Marli), Roseli, Doroti, Nanci e minha mãe, ao centro.
E, as lembranças vieram na mesma hora, assim como toda a nossa história movida sob uma relação não apenas entre mãe e filhas, mas de educadora, também.
Nascida em Chavantes (São Paulo), minha mãe foi professora primária na capital paulista e deixou de dar aula, assim que casou com o meu pai e veio morar no Rio de Janeiro. Por opção própria, ela não voltou mais a lecionar por causa do nascimento da primeira filha, da segunda, da terceira... da quinta filha. Isso mesmo, cinco meninas... Quanto trabalho!
Mas, tanto a sua dedicação como mãe quanto o amor à sua formação docente, a fez ser nossa primeira professora, ao ensinar as primeiras sílabas, a ler e escrever antes de estarmos em um estabelecimento de ensino formal. E, também, ao acompanhar todo o processo escolar de cada uma de nós, orientando e tirando as dúvidas quando estas surgiam ou em preparação para as provas.
Sendo assim, além de mãe, ela foi uma grande professora, dedicada e amorosa. E foi a sua dedicação que nos despertou o gosto e o interesse para aquele que seria a nossa profissão futura, o magistério.
Dizem que a vocação se desenvolve com base na aptidão e no
interesse da pessoa, sendo o primeiro um potencial inato e o segundo, de
caráter externo, sob influência das experiências vividas e do ambiente em que
se vive. Daí ser compreensível a escolha de nós cinco, da mais velha a mais
nova, Nanci, Sueli (já aposentada), eu, Roseli e Doroti em sermos professoras. E
eu posso assegurar, a escolha foi por vocação! Sempre fizemos por amor, tal
como ela sempre fez.
É claro que a realidade de uma sala de aula é totalmente diferente! Mas, as péssimas condições de trabalho, quando das aulas regulares (antes da pandemia da Covid-19), com salas superlotadas, falta de material didático, infraestrutura escolar precária e/ou inadequada, indisciplina dos alunos, falta de acompanhamento familiar, entre outros problemas, não são capazes de nos fazer desacreditar em nossa capacidade de encontrar outros caminhos e estratégias para alcançarmos nossos objetivos.
Ou seja, mesmo enfrentando esses desafios diários, não desistimos nunca, pois sabemos a importância da Educação e, sobretudo, do nosso papel como agente transformador, responsável pela formação e preparação do aluno para a vida.
Parabéns a todos os professores!
"Quando uma
pessoa ama o seu trabalho,
ela se destaca
entre as demais,
visto que é capaz de viver com
uma paixão e alegria constantes"
(autor desconhecido)
Amanhã, dia 13 de outubro, estaremos completando 7 meses de adoção de medidas de segurança e sanitária para conter o avanço do Novo Coronavírus e, consequentemente, da doença Covid-19, no Rio de Janeiro ou, praticamente, em quase todos os estados brasileiros.
Entre as medidas tomadas pelos governos do estado do Rio de
Janeiro e da Prefeitura da cidade do Rio, como em todo território nacional, constava
o isolamento social, o fechamento de estabelecimentos comerciais (não-essenciais), a suspensão das aulas
nas escolas da rede pública e privada,
entre outras.
Ultimamente, muitas notícias foram publicadas nas mídias quanto ao retorno das aulas presenciais na rede pública de ensino (Municipal e Estadual) do Rio de Janeiro. Entre os anúncios de retorno, já com data fixada e, posteriormente, recuos nestas decisões e a continuidade das aulas remotas (on lime), algumas escolas da rede privada retornaram às atividades presenciais, após a liberação por determinação judicial (Tribunal de Justiça do Estado do Rio - TJRJ). Contudo, o retorno marcado para o início do mês (1° de outubro) foi baixo.
Há uma perspectiva da rede
estadual ter o retorno de suas aulas presenciais no dia 19 de outubro, mas só para as turmas da 3ª Série do Ensino Médio. Na rede municipal (Rio de Janeiro) ainda não há previsão de retorno.
Eu vou ser sincera, na conjuntura atual, ainda sob a vigência da pandemia Global, enquanto não houver uma vacina eficaz de combate ao Novo Coronavírus e à própria doença Covid-19, o melhor é aguardar.
Eu reconheço que a situação é muito delicada e complexa, mas as notícias que chegam de outros países acerca de decisões a favor do retorno e, depois, os mesmos voltarem atrás, é uma questão que tem de ser tomada com base na opinião da Comunidade Científica, dos especialistas na área da Saúde. É a minha opinião...
O que era uma epidemia na China, se espalhou pelo mundo - graças à evolução dos meios de transportes (avião, principalmente) – e se converteu em uma pandemia global. O pior é que parece que está longe de terminar. Houve uma desaceleração em sua propagação, mas os números de novos contaminados não devem ser ignorados. Eles continuam altos.
No dia 28 de setembro passado,
o número de mortos, vítimas da Covid-19, chegou à marca de 1 milhão de pessoas. Ontem (11/10), segundo os dados do mapa interativo da Universidade John Hopkins, esse número atingiu
1.074.492, estando o Brasil na segunda
posição do ranking dos países com maior
número de óbitos, com um total de 150.198
mortos, atrás dos Estados Unidos (214.639). Hoje, 12 de outubro, no entanto, esse número
aumentou e o nosso país já contabiliza 150.488
mortos, ou seja, o acréscimo foi de 290
pessoas mortas por causa
da Covid-19, em 24 horas. Ele
permanece atrás dos EUA.
A tendência é desses números de óbitos não parar de crescer, uma vez que a única medida que poderia frear o avanço do Novo Coronavírus e o aumento tanto do número de casos de infeccionados e de mortos seria haver uma vacina de combate à Covid-19 ou medicamento eficaz, disponível e acessível a todos. Fatos que ainda não podemos contar.
Só que o comportamento de uma parcela significativa da população parece não acreditar nos riscos e na real necessidade de seguir as orientações do Ministério e das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. É preciso que todos cooperem usando a máscara corretamente, seguindo a medida de isolamento social, evitando as aglomerações, entre outras regras. Mas, o que a gente observa nas ruas, seja a qualquer hora do dia, não condiz com isso e, sendo assim, infelizmente, esse problema de saúde pública vai ser de longa duração e mais mortes teremos.
Infelizmente, nem todos podem cumprir o isolamento social, pois precisam trabalhar. Mas, enfatizo os bares, as praias e outros pontos que estão aparecendo com forte concentração de pessoas e, a maioria, sem uso de máscaras.
E o pior é que, segundo o Correio Braziliense, a cidade do Rio de Janeiro (capital do estado) é a que apresenta o maior número de óbitos, com 11.406 mortos, seguido pelos municípios de Duque de Caxias (758), São Gonçalo (739), Nova Iguaçu (630), São João de Meriti (463), Niterói (452), Campos dos Goytacazes (400), Belford Roxo (311), Magé (231) e Petrópolis (227).
De acordo com o mesmo, até ontem, o estado do Rio de Janeiro possuía 19.308 óbitos e 283.675
casos confirmados, sendo que 372
óbitos se encontram em investigação.
Em função disso e de sabermos que, verdadeiramente, a única maneira de estarmos seguros seria poder contar com uma vacina eficaz de combate à Covid-19, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE-RJ) e o Sindicato dos Professores do Município do Rio (SINPRO-Rio), em assembleias realizadas, neste último final de semana, decidiram manter “greve pela vida”, tal como a categoria já havia demonstrado seguir.
"Os professores e funcionários das escolas estaduais
mantiveram as posições contrárias à volta do trabalho presencial
nas
unidades escolares como forma de resguardar
a saúde
da categoria, dos alunos e da população em geral
em um momento em que a média diária
de casos
do coronavírus se mantém elevada"
(Comunicado do SEPE-RJ)
E eu concordo! A greve é pela vida! Já perdi duas primas, vários colegas de profissão e conhecidos, responsáveis e parentes de alunos, todos por causa da Covid-19. Temo, inclusive, pela minha vida, pois faço parte do Grupo de Risco, sou diabética e hipertensa. Não há como ficar tranquila!
Como sempre falo para os meus alunos nas aulas remotas,
“Devemos continuar seguindo todas as orientações sanitárias e preventivas da Organização Mundial de Saúde (OMS), do Ministério e das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde. Todo cuidado é pouco! Não se exponham muito, afinal o Novo Coronavírus ainda circula em nossa sociedade, pegando carona em muitas pessoas. Só a gente que não vê (inimigo invisível)!
Fiquem em CASA! Só saiam se for muito, mas muito necessário! E, pela sua saúde e de terceiros, não deixem de usar a máscara corretamente, cobrindo a boca e os olhas. Além disso, cumprindo com as demais medidas preventivas (não tocar no rosto com as mãos, lavá-las sempre água e sabão de forma adequada, usar sempre álcool em gel após tocar objetos e superfícies, tirar e lavar toda a roupa que esteve na rua e tomar banho).
Vamos evitar o aumento dos números de casos da Covid-19!”