Minha mãe, ao centro, e as filhas
Texto atualizado em 18/11/2020 às 20h50
Ontem comemorou-se o Dia do Professor (15 de outubro) e, como já comentei neste espaço, justamente, em referência a esta data, eu poderia ter postado uma bonita mensagem, criada por mim mesma ou transcrita, afinal a Internet oferece uma ampla riqueza de opções e de imagens contextualizadas, mas optei por não fazer nenhuma delas.
E quem me fez tomar outra direção foi o meu sobrinho Bruno Martins, mais conhecido, como Bruno Mad (32 anos), professor de Educação Física e Personal Trainer, em Niterói.
Em homenagem às tias (todas professoras) e à avó dele, minha mãe Edith Fontes (já falecida), ele publicou no Grupo da Família, no WhatsApp, uma foto onde todas nós estávamos reunidas (a foto acima). Da direita para esquerda, Sueli, Eu (Marli), Roseli, Doroti, Nanci e minha mãe, ao centro.
E, as lembranças vieram na mesma hora, assim como toda a nossa história movida sob uma relação não apenas entre mãe e filhas, mas de educadora, também.
Nascida em Chavantes (São Paulo), minha mãe foi professora primária na capital paulista e deixou de dar aula, assim que casou com o meu pai e veio morar no Rio de Janeiro. Por opção própria, ela não voltou mais a lecionar por causa do nascimento da primeira filha, da segunda, da terceira... da quinta filha. Isso mesmo, cinco meninas... Quanto trabalho!
Mas, tanto a sua dedicação como mãe quanto o amor à sua formação docente, a fez ser nossa primeira professora, ao ensinar as primeiras sílabas, a ler e escrever antes de estarmos em um estabelecimento de ensino formal. E, também, ao acompanhar todo o processo escolar de cada uma de nós, orientando e tirando as dúvidas quando estas surgiam ou em preparação para as provas.
Sendo assim, além de mãe, ela foi uma grande professora, dedicada e amorosa. E foi a sua dedicação que nos despertou o gosto e o interesse para aquele que seria a nossa profissão futura, o magistério.
Dizem que a vocação se desenvolve com base na aptidão e no
interesse da pessoa, sendo o primeiro um potencial inato e o segundo, de
caráter externo, sob influência das experiências vividas e do ambiente em que
se vive. Daí ser compreensível a escolha de nós cinco, da mais velha a mais
nova, Nanci, Sueli (já aposentada), eu, Roseli e Doroti em sermos professoras. E
eu posso assegurar, a escolha foi por vocação! Sempre fizemos por amor, tal
como ela sempre fez.
É claro que a realidade de uma sala de aula é totalmente diferente! Mas, as péssimas condições de trabalho, quando das aulas regulares (antes da pandemia da Covid-19), com salas superlotadas, falta de material didático, infraestrutura escolar precária e/ou inadequada, indisciplina dos alunos, falta de acompanhamento familiar, entre outros problemas, não são capazes de nos fazer desacreditar em nossa capacidade de encontrar outros caminhos e estratégias para alcançarmos nossos objetivos.
Ou seja, mesmo enfrentando esses desafios diários, não desistimos nunca, pois sabemos a importância da Educação e, sobretudo, do nosso papel como agente transformador, responsável pela formação e preparação do aluno para a vida.
Parabéns a todos os professores!
"Quando uma
pessoa ama o seu trabalho,
ela se destaca
entre as demais,
visto que é capaz de viver com
uma paixão e alegria constantes"
(autor desconhecido)
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