Imagem capturada na Internet
Fonte: Pixabay
Desde que quando a Pandemia do Novo Coronavírus chegou ao Brasil, como já mencionei aqui, meus pensamentos oscilam e isso mexe muito comigo.
Talvez por sua letalidade “seletiva” e, ao mesmo tempo, fortuita. Ou por eu fazer parte do Grupo de Risco ou, ainda, por ter perdido parentes, amigos e conhecidos para a Covid-19.
Talvez todos esses sejam os motivos do meu caos mental, neste momento. Eu só sei que tudo começou em março e não sei quando vai terminar... Com a chegada de uma vacina eficaz, esta deveria ser a minha resposta, mas já falam em mutações do vírus, o que colocará em risco a potência desta em seu combate.
Eu escrevia essa poesia (ou não será uma poesia?) em meados de
abril e só agora resolvi publicar neste espaço.
A PANDEMIA E O CAOS MENTAL
Marli Vieira de Oliveira da Silva
Eu nunca pensei viver sob este abismo
Abismo entre a serenidade e o temor
Entre a fé e o medo
Entre o otimismo e o pessimismo
Os quais alimentam permanentemente um estado de caos mental
Capaz de nos roubar a paz interior
E aniquilar a tranquilidade e a alegria de viver.
A vida é algo pulsante na sua integridade
E de constante interação com o mundo,
Se por um lado ficar em casa nos imputa certa segurança
com relação a um certo mal que circula na sociedade
Este nos coloca, fisicamente, à parte do próprio mundo
Projetando-nos como seres inacabados
Sem sonhos e perspectivas plausíveis de um retorno à normalidade
Mas, qual normalidade? Nada mais será como antes.
Normalidade será passado, só nos restará nas lembranças
E são essas lembranças que nos trazem uma dor no peito,
A dor da saudade e de reconhecimento do valor da vida
Viveremos uma nova etapa, será algo inovador.
Uma nova normalidade, novos hábitos...
Pelo menos é o que se espera,
Pois estaremos sob os riscos de uma nova onda
E de outras e novas Pandemias.
Por enquanto, o combate não cessou.
O mal que começou
Aniquilando nossa tranquilidade, muitas
vidas e nossas esperanças
Permanece ativo e imbatível
Mas, há uma grande luz no final do túnel
Atrelada à comunidade científica e às tecnologias
Na busca incessante em desenvolver uma vacina eficaz
Capaz de barrar a sua propagação e o desenvolvimento da doença.
Muitos se foram, sem despedidas
Muitas vezes, sem saber as razões reais
Só quem ficou, sabe e chora
E sabe, com temor, pois ainda não está livre de se acometido
do mesmo mal
Eu nunca pensei viver sob este abismo...
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