sábado, 30 de setembro de 2023

Desastres Naturais que Marcaram Setembro de 2023 - Parte I

 

Desastres naturais sempre nos surpreendem, pois – em geral – somos pegos de surpresa. Mas, dois, três ou mais fenômenos naturais ocorrendo consecutivamente em diversos pontos do mundo é assustador.  

De forma negativa, o meio ambiente e a sociedade sofrem direta e/ou indiretamente os efeitos dos seus impactos. 

Entre os desastres naturais mais comuns podemos destacar, tanto os causados por agentes endógenos, como vulcanismo, terremotos e a formação de tsunamis quanto aqueles gerados por agentes exógenos, como são ciclones, furacões, tornados, inundações e deslizamentos. 

Neste mês de setembro, pudemos observar alguns destes, entre os quais destaco: 

Ciclone Extratropical
Imagem capturada na Internet
Fonte: G1/Globo
Foto: Reprodução/Regional and Mesoscale Meteorology Branch


. BRASIL (04 de setembro) 

Um ciclone extratropical se formou sobre o oceano Atlântico, após a passagem da frente fria e atingiu a Região Sul do Brasil, provocando muita chuva, fortes rajadas de vento e até queda de granizo. Os estados mais afetados foram o Rio Grande do Sul e Santa Catarina 

Muitas cidades sofreram temporais, enchentes, danos nas redes elétricas, quedas de árvores e de galhos, destelhamentos de casas e de estabelecimentos comerciais, entre outros problemas. 

De acordo com o Boletim do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), divulgado no último dia 20/09, no período de 1º a 19 de setembro, os volumes de chuvas - registradas no Rio Grande do Sul - ficaram em torno de 450 milímetros (mm). 

Não restam dúvidas as destruições causadas pelo ciclone extratropical e as enchentes no Rio Grande do Sul foram as mais devastadoras, principalmente, na região do Vale do Taquari, a qual é constituída por trinta e seis municípios. 

Classificado como o segundo maior desastre natural do Rio Grande do Sul, em número de vítimas fatais, ao todo foram 49 mortos e 09 desaparecidos, segundo dados divulgados no último dia 20/09. 

De acordo com Portal do G1, a principal causa das mortes na região foi por afogamento. Mediante a subida do nível de água dos rios, muitos carros, casas e pessoas foram levadas pelas correntezas.

Cidade de Muçum, no Vale do Taquari
Imagem capturada na Internet
Fonte: G1/Globo
Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini


Além da influência do Aquecimento Global, que tem colaborado para o surgimento de ciclones extratropicais atípicos (formação mais rápida e mais impactante), os especialistas concordam que o fenômeno El Niño está potencializando ainda mais a força das precipitações pluviais (chuvas), justamente pelo aumento da umidade (aquecimento das águas do oceano Pacífico). 

Alagamento e Destruição em Venâncio Aires (RS)
Fonte: BBC News Brasil

Formados nas médias e altas latitudes, fora dos trópicos, os ciclones extratropicais são centros de baixa pressão atmosférica (áreas ciclonais). Ele é formado pelo contraste de duas massas de ar de temperaturas diferentes, isto é, uma massa quente e a outra fria. 

Como é de conhecimento de muitos, os ventos são gerados e se deslocam das áreas de alta pressão (onde existe mais ar e é mais frio/áreas anticiclonais) para as áreas de baixas pressões atmosféricas (menos ar e mais quente/ áreas ciclonais). 

Parte da sua ação é sugar toda a umidade para a região do centro da área de baixa pressão e jogar para a atmosfera, onde há a condensação e a transformação da umidade do ar em nuvens. É nesse processo há precipitação pluviométrica (chuvas) e a ação dos ventos. 

Os ciclones extratropicais costumam se formar no extremo sul do país, entre o Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai. 

Em comparação com os ciclones tropicais, os ciclones extratropicais se caracterizam por ventos mais fracos e de efeitos de menor duração. 

Relembrando, os três diferentes tipos de ciclones: 

. Ciclones Tropicais: conhecidos, também, como furacões ou tufões, estes se formam em regiões equatoriais (próximas à linha do equador), sobre os oceanos, retirando sua energia do calor extraído dos mares e oceanos; 

. Ciclones Extratropicais: são gerados em áreas de latitudes médias e altas, sendo formados pelo contraste de temperaturas de diferentes massas de ar (quente e fria); 

. Ciclones Subtropicais: possuem características de ambos anteriores. Tipicamente, estes se formam quando um ciclone extratropical se desenvolve sobre o oceano e encontra temperaturas na superfície do mar mais aquecidas. 

Segundo Estael Sias (meteorologista do MetSul Meteorologia), 

"Ciclones extratropicais no Oceano Atlântico

se formam toda semana, dezenas deles às vezes.

Mas é comum que se formem perto do polo sul, muito distante.

Por isso não mencionamos na previsão do tempo

- um ciclone extratropical a mil quilômetros da costa

não vai causar nenhum efeito para a população." 


Além da influência do Aquecimento Global, que tem colaborado para o surgimento de ciclones extratropicais atípicos (formação mais rápida e mais impactante), os especialistas concordam que o fenômeno El Niño está potencializando ainda mais a força das precipitações pluviais (chuvas), justamente pelo aumento da umidade (aquecimento das águas do oceano Pacífico).

Formados nas médias e altas latitudes, fora dos trópicos, os ciclones extratropicais são centros de baixa pressão atmosférica (áreas ciclonais). Ele é formado pelo contraste de duas massas de ar de temperaturas diferentes, isto é, uma massa quente e a outra fria. 

Como é de conhecimento de muitos, os ventos são gerados e se deslocam das áreas de alta pressão (onde existe mais ar e é mais frio/áreas anticiclonais) para as áreas de baixas pressões atmosféricas (menos ar e mais quente/ áreas ciclonais). 

Parte da sua ação é sugar toda a umidade para a região do centro da área de baixa pressão e jogar para a atmosfera, onde há a condensação e a transformação da umidade do ar em nuvens. É nesse processo há precipitação pluviométrica (chuvas) e a ação dos ventos. 

Os ciclones extratropicais costumam se formar no extremo sul do país, entre o Rio Grande do Sul, Argentina e Uruguai. 

Em comparação com os ciclones tropicais, os ciclones extratropicais se caracterizam por ventos mais fracos e de efeitos de menor duração 

Relembrando, os três diferentes tipos de ciclones: 

. Ciclones Tropicais: conhecidos, também, como furacões ou tufões, estes se formam em regiões equatoriais (próximas à linha do equador), sobre os oceanos, retirando sua energia do calor extraído dos mares e oceanos;  

. Ciclones Extratropicais: são gerados em áreas de latitudes médias e altas, sendo formados pelo contraste de temperaturas de diferentes massas de ar (quente e fria); 

. Ciclones Subtropicais: possuem características de ambos anteriores. Tipicamente, estes se formam quando um ciclone extratropical se desenvolve sobre o oceano e encontra temperaturas na superfície do mar mais aquecidas. 

Segundo Estael Sias (meteorologista do MetSul Meteorologia),  

"Ciclones extratropicais no Oceano Atlântico

se formam toda semana, dezenas deles às vezes.

Mas é comum que se formem perto do polo sul, muito distante.

Por isso não mencionamos na previsão do tempo

- um ciclone extratropical a mil quilômetros da costa

não vai causar nenhum efeito para a população."

 

O pior é que neste período do ano, eles são mais comuns, tendo formações sucessivas durante as semanas.  

Vale ressaltar aqui que os outros desastres naturais que escolhi para esta postagem, vou deixar para as próximas, senão esta publicação vai ficar muito extensa.

 

Fontes de Consulta:

. El Niño 2023: saiba detalhes sobre o monitoramento, previsões e os possíveis impactos do fenômeno no Brasil (2023) – Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) 

. KESSLER, Ticiano: Pelo menos 10 mil casas e prédios foram atingidos pelas enchentes no RS (2023) – Jornal da Band  

. PEIXOTO, Roberto: Ciclone extratropical: entenda como se forma e por que fenômeno se tornou mais comum no Brasil (2023) – G1/Meio Ambiente 

. Relatório aponta que 10 mil imóveis foram afetados por enchentes no RS; em Muçum, um terço dos prédios foram atingidos (2023) – G1/Rio Grande do Sul 

. Saiba quem são as vítimas do ciclone que atingiu o RS em setembro (2023) – G1/Rio Grande do Sul

Nenhum comentário:

Postar um comentário