quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Feira Cultural: A Influência Africana na Cultura Brasileira - Turma 1701

 

Cartaz confeccionado e pregado na porta da sala

No dia 05 de setembro, na E.M. Dilermando Cruz, foi realizada a Feira Cultural, evento previsto para 3° Bimestre.  

Cada turma do Ensino Fundamental II, de ambos os turnos do diurno (manhã e tarde), esteve sob a coordenação de um ou mais professores, cuja temática abordada era focada na ancestralidade. 

Eu e outros professores estivemos à frente das turmas 1701 e 1705, estando a primeira sob a coordenação dos professores Alex (Educação Física), minha (Geografia) e Fábio (Matemática). 

A turma 1705 ficou sob a responsabilidade dos professores Valter (Matemática), eu (Geografia) e Daniela (Ciências).  

Para efeito descritivo de cada uma das abordagens, vou especificá-las separadamente. 

Problemas quanto à elaboração e à apresentação propriamente dita, no dia da referida Feira Cultural, ocorreram em ambas as turmas. 

Ademais, por recomendação da Direção e da Coordenação, as salas de aulas tiveram que ser divididas em dois espaços, sendo um para a turma da manhã e o outro para os alunos da tarde. Medida esta que dificultou muito o desenvolvimento dos trabalhos e o espaçamento dos estudantes.  

Não restam dúvidas que esta situação é normal e até previsível. No entanto, é algo que nos aborrece muito, pois explicamos passo a passo como deve ser feito e, muitos alunos, não seguem as nossas orientações. 

O tópico principal da Turma 1701 foi a influência africana na cultura brasileira. Para este tópico foi tomado - por base - o samba-enredo da Mocidade Independente de Ilhabela, SP (2014), o qual já trabalhei com o Ensino Médio, em outra Feira Cultural e, como tópico no Círculo de Leitura, neste ano. 

ÁFRICA BRASILEIRA

Edmara Gonçalves (enredo) e Osvaldo de Filinho (samba-enredo)

Samba enredo da Mocidade Independente de Ilhabela, SP (2014)

 

Vem no batuque Iô Iô, vem Ia Iá

Vem com a Mocidade nosso canto entoar

            Tem agogô, ago, tem berimbau   (3 x)

Na batida do tambor

A gente faz o ¨Carnaval¨

 

Ó Mãe África

Berço da existência humana

A vida se refaz

na sua fértil savana

Viemos louvar o seu povo

Que mesmo na dura escravidão

Preservou sua cultura e a sua devoção

Com seu trabalho muito contribuiu

no alvorecer das riquezas do Brasil, do meu Brasil

 

Então chegou Zumbi

E a luta pela liberdade

Valeu, valeu Zumbi

Hoje a luta continua pela igualdade

 

E tem também Maracatu, Caxambu, Afoxé

E o batuque da senzala

que virou samba no pé (BIS)

 

Reis e Rainhas e

suas Divindades

Salve Mandela,

Salve a Mocidade

 

Os tambores vão rufar a noite inteira

E o samba vai até de manhã

E a Águia Guerreira com a velha afã

Vem na esperança de ser Campeã...


  

Apesar da letra conter uma falha, pois não menciona a influência africana na culinária brasileira, um dos subgrupos explanou a respeito. 

Além do subgrupo de alunos que trabalharam com o Prof. Fábio (Matemática), os demaissob a minha orientação e do Prof. Alex (Educação Física) – abordaram os seguintes tópicos: 

1° Subgrupo: África: Do Berço da Humanidade ao Tráfico de Escravos;

         - A razão da África ser o Berço da Humanidade;

         - A Escravidão na África e o tráfico de escravos

            para o Brasil;             

         - Principais rotas do tráfico de escravo África-Brasil.

 

2° Subgrupo: África Brasileira: A Influência Africana em 

                             nossa Cultura;

         - As diversas contribuições da cultura africana em 

            nosso país (os alunos subdivididos por tópico):

                   2.1. Instrumentos Musicais;

                   2.2. Culinária;

                   2.3. Danças;

                   2.4. Religiões e o Sincretismo Religioso.

 

3° Subgrupo: Personalidade/Zumbi;

         - Quem foi, o seu papel junto ao Quilombo dos 

            Palmares e sua morte.


4° Subgrupo: Personalidade/Nelson Mandela.

         - Quem foi, o seu papel contra o regime de segregação 

            racial (Apartheid) na África do Sul e sua morte. 

Os alunos da 1701 foram muito prejudicados, pois a apresentação oral deles e a atividade finalizadora do Grupo (cantar o samba-enredo) foram afetadas diretamente pela turma, ao lado, que fez uso de instrumento musical de grande sonoridade, o bumbo. 

Esses problemas foram relatados à Direção, sem prejuízo à avaliação da turma. 

Em termos de lembrancinha para os professores-visitantes e responsáveis foi oferecido junto, a um tambor, a “Lenda do Tambor Africano”, que consiste em um conto popular da Guiné-Bissau. 

A sorte dos alunos foi que o comércio do SAARA (Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega) já estava vendendo peças natalinas, como o tambor para enfeite de árvore de Natal.

 


FEIRA CULTURAL 2023 - TURMA 1701

Conto Popular da GUINÉ-BISSAU

 

 LENDA DO TAMBOR AFRICANO 

Dizem na Guiné que a primeira viagem à Lua foi feita pelo 

Macaquinho de nariz branco.

 

Segundo dizem, certo dia, os macaquinhos de nariz branco 

resolveram fazer uma viagem à Lua 

a fim de trazê-la para a Terra.   

 

Após tanto tentar subir, sem nenhum sucesso, 

um deles, dizem que o menor,

teve a ideia de subirem uns por cima dos outros, 

até que um deles conseguiu chegar à Lua.

 

Porém, a pilha de macacos desmoronou e todos caíram, 

menos o menor, que ficou pendurado na Lua. 

Esta lhe deu a mão e o ajudou a subir.

 

A Lua gostou tanto dele que lhe ofereceu, 

como regalo, um tamborinho.

 

O macaquinho foi ficando por lá, 

até que começou a sentir saudades 

de casa e resolveu pedir à Lua que o deixasse voltar.

     

A lua o amarrou ao tamborinho para descê-lo pela corda, 

pedindo a ele que não tocasse antes de chegar à Terra e, 

assim que chegasse, 

tocasse bem forte para que ela cortasse o fio.

 

O Macaquinho foi descendo feliz da vida, 

mas na metade do caminho, 

não resistiu e tocou o tamborinho. 

Ao ouvir o som do tambor a Lua pensou 

que o Macaquinho houvesse chegado à Terra 

e cortou a corda.

 

O Macaquinho caiu e, antes de morrer,

ainda pode dizer a uma moça que o encontrou, 

que aquilo que ele tinha era um tamborinho, 

que deveria ser entregue aos homens do seu país.

 

A moça foi logo contar a todos sobre o ocorrido. 

Vieram pessoas de todo o país e, 

naquela terra africana, 

ouviam-se os primeiros sons de tambor. 


Imagem do meu acervo particular
Alguns alunos do Grupo do Prof. Fábio 
(Matemática)





Grupos orientados por mim e pelo Prof. Alex

1° Subgrupo (África)

2° Subgrupo 
(2.1. Influência africana na Música)






2° Subgrupo
(2.2. e 2.3. Influência africana na Culinária e
na Dança)

2° Subgrupo
(2.4. Influência africana na Religião)


3° e 4° Subgrupos
(Personalidades: Zumbi e Mandela)

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